Em solenidade na Câmara Municipal, iniciativa do
vereador Arnaldo Godoy, secretário Angelo Oswaldo recebeu diploma que agracia
personalidades colaboradoras do desenvolvimento social dos deficientes visuais.
Os 50 anos do setor Braille da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa foram
tema de Reunião Especial Alusiva na Câmara Municipal de Belo Horizonte, nesta
segunda-feira (31/8). A homenagem, iniciativa do vereador Arnaldo Godoy, vem
reconhecer a sólida trajetória do setor na inclusão cultural das pessoas com
deficiência visual. Demais atividades comemorativas ao cinquentenário do setor
Braille terão início em outubro, com seminários, exposições e uma feira de
produtos e tecnologias para acessibilidade.A reunião mobilizou os
frequentadores da biblioteca pública, bem como alguns voluntários do setor
Braille. O coral do Instituto São Rafael, entidade estadual de educação
especial pioneira no atendimento de pessoas com deficiência visual, emocionou
todos os presentes, interpretando clássicos da música mineira como “Cio da
Terra”, de Milton Nascimento, e o cântico popular “Peixe Vivo”.O vereador Arnaldo
Godoy presidiu a sessão e entregou diplomas às personalidades que contribuem
efetivamente no desenvolvimento social dos deficientes visuais. Entre eles,
foram agraciados o secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, o
superintendente de Bibliotecas Públicas e Suplemento Literário, Lucas
Guimaraens, a diretora de Extensão e Ação Regionalizada da mesma
superintendência, Gildete Veloso, e o coordenador do Setor Braille da Luiz de
Bessa, Glicélio Ramos.“Agradecemos ao vereador Arnaldo Godoy por esta homenagem,
que confere ao setor Braille da Luiz de Bessa o devido prestígio. Este momento
de fraternidade nos traz entusiasmo, e é juntamente isso que sentimos ao
acompanhar, com carinho, as atividades do Setor Braille e dos seus voluntários,
pela sua atitude humanitária, que democratiza o acesso à literatura e ao
conhecimento”, disse Angelo Oswaldo, que frisou ainda a constante ampliação de
atuação do Braille. O secretário mencionou também a parceria da SEC com o coral
do Instituto São Rafael na manutenção dos instrumentos musicais da
entidade. Já Arnaldo Godoy ressaltou a ação da atual gestão na valorização
das atividades em atendimento às pessoas com deficiência visual. “Nesses
primeiros meses do governo Fernando Pimentel já é possível verificar um novo olhar
para os deficientes visuais, principalmente no âmbito da educação e da cultura.
Esta nova compreensão da vida de uma pessoa sem visão possibilitará, cada vez
mais, a ampliação do acesso”, considera Arnaldo Godoy. O vereador ressaltou
ainda a importância do Setor Braille, em um cenário de novas tecnologias de
acessibilidade.Lucas Guimaraens, superintendente de Bibliotecas Públicas e
Suplemento Literário, registrou o alcance das ações de democratização do acesso
à literatura. “Desde que cheguei à Luiz de Bessa, me sinto modificado pelo
Setor Braille. O envolvimento de todos da equipe e a assídua presença de
leitores com deficiência visual nos mostram caminhos para ampliar a dimensão do
humano, em que não há segregação pelas suas diferenças”, afirmou o superintendente.Carlito
Homem de Sá, representante dos leitores com deficiência visual e um dos
agraciados na solenidade, destacou a importância do setor na sua trajetória e
formação. O leitor já completou o ensino superior e hoje é servidor concursado
do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.Também estiveram presentes: a
coordenadora geral do Circuito Cultural Praça da Liberdade, Marcela França; o
representante da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Romerito Costa
Nascimento; a coordenadora de bibliotecas da Fundação Municipal de Cultura de
Belo Horizonte, Fabíola Farias; e o diretor do Instituto São Rafael, Juarez
Martins.Setor Braille: 50 anos de inclusão - Fundado em 21 de janeiro de 1965,
o Setor Braille se firmou nessas cinco décadas como um espaço de trabalho e
convivência, garantindo às pessoas com deficiência visual o acesso à informação
e à literatura por meio de livros em Braille, audiolivros, leitores de tela
para uso em computadores, leitura em viva voz, realizada por milhares de
voluntários que passaram pelo setor ao longo dos anos. Atividades culturais e
de incentivo à leitura, como Hora do Conto e Clube de Leitura, cursos,
exposições, exibição de filmes com audiodescrição e palestras também integram a
rotina do setor. - Secom
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