quinta-feira, 3 de setembro de 2015

SETOR BRAILLE DA BIBLIOTECA PÚBLICA RECEBE HOMENAGEM PELO SEU CINQUENTENÁRIO

Em solenidade na Câmara Municipal, iniciativa do vereador Arnaldo Godoy, secretário Angelo Oswaldo recebeu diploma que agracia personalidades colaboradoras do desenvolvimento social dos deficientes visuais. Os 50 anos do setor Braille da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa foram tema de Reunião Especial Alusiva na Câmara Municipal de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (31/8). A homenagem, iniciativa do vereador Arnaldo Godoy, vem reconhecer a sólida trajetória do setor na inclusão cultural das pessoas com deficiência visual. Demais atividades comemorativas ao cinquentenário do setor Braille terão início em outubro, com seminários, exposições e uma feira de produtos e tecnologias para acessibilidade.A reunião mobilizou os frequentadores da biblioteca pública, bem como alguns voluntários do setor Braille. O coral do Instituto São Rafael, entidade estadual de educação especial pioneira no atendimento de pessoas com deficiência visual, emocionou todos os presentes, interpretando clássicos da música mineira como “Cio da Terra”, de Milton Nascimento, e o cântico popular “Peixe Vivo”.O vereador Arnaldo Godoy presidiu a sessão e entregou diplomas às personalidades que contribuem efetivamente no desenvolvimento social dos deficientes visuais. Entre eles, foram agraciados o secretário de Estado de Cultura, Angelo Oswaldo, o superintendente de Bibliotecas Públicas e Suplemento Literário, Lucas Guimaraens, a diretora de Extensão e Ação Regionalizada da mesma superintendência, Gildete Veloso, e o coordenador do Setor Braille da Luiz de Bessa, Glicélio Ramos.“Agradecemos ao vereador Arnaldo Godoy por esta homenagem, que confere ao setor Braille da Luiz de Bessa o devido prestígio. Este momento de fraternidade nos traz entusiasmo, e é juntamente isso que sentimos ao acompanhar, com carinho, as atividades do Setor Braille e dos seus voluntários, pela sua atitude humanitária, que democratiza o acesso à literatura e ao conhecimento”, disse Angelo Oswaldo, que frisou ainda a constante ampliação de atuação do Braille. O secretário mencionou também a parceria da SEC com o coral do Instituto São Rafael na manutenção dos instrumentos musicais da entidade. Já Arnaldo Godoy ressaltou a ação da atual gestão na valorização das atividades em atendimento às pessoas com deficiência visual. “Nesses primeiros meses do governo Fernando Pimentel já é possível verificar um novo olhar para os deficientes visuais, principalmente no âmbito da educação e da cultura. Esta nova compreensão da vida de uma pessoa sem visão possibilitará, cada vez mais, a ampliação do acesso”, considera Arnaldo Godoy. O vereador ressaltou ainda a importância do Setor Braille, em um cenário de novas tecnologias de acessibilidade.Lucas Guimaraens, superintendente de Bibliotecas Públicas e Suplemento Literário, registrou o alcance das ações de democratização do acesso à literatura. “Desde que cheguei à Luiz de Bessa, me sinto modificado pelo Setor Braille. O envolvimento de todos da equipe e a assídua presença de leitores com deficiência visual nos mostram caminhos para ampliar a dimensão do humano, em que não há segregação pelas suas diferenças”, afirmou o superintendente.Carlito Homem de Sá, representante dos leitores com deficiência visual e um dos agraciados na solenidade, destacou a importância do setor na sua trajetória e formação. O leitor já completou o ensino superior e hoje é servidor concursado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.Também estiveram presentes: a coordenadora geral do Circuito Cultural Praça da Liberdade, Marcela França; o representante da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Romerito Costa Nascimento; a coordenadora de bibliotecas da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, Fabíola Farias; e o diretor do Instituto São Rafael, Juarez Martins.Setor Braille: 50 anos de inclusão - Fundado em 21 de janeiro de 1965, o Setor Braille se firmou nessas cinco décadas como um espaço de trabalho e convivência, garantindo às pessoas com deficiência visual o acesso à informação e à literatura por meio de livros em Braille, audiolivros, leitores de tela para uso em computadores, leitura em viva voz, realizada por milhares de voluntários que passaram pelo setor ao longo dos anos. Atividades culturais e de incentivo à leitura, como Hora do Conto e Clube de Leitura, cursos, exposições, exibição de filmes com audiodescrição e palestras também integram a rotina do setor. - Secom

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