Valor alcançou R$ 355,1 milhões nos oito primeiros
meses desta safra
A
contribuição dos agricultores mineiros para reduzir a emissão de gás carbono
continua crescendo. Segundo a Secretaria de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Seapa), no período de julho de 2012 a fevereiro de 2013, os
produtores do Estado contrataram no Banco do Brasil a soma de R$ 355,1 milhões,
por meio da linha de crédito do Programa Agricultura de Baixa Emissão de
Carbono (ABC). Houve um aumento de 66,4% em relação aos R$ 213,4 milhões
contratados em idêntico período da safra anterior. De acordo com Alceste
Fernando Lima, assessor técnico da Seapa, a região do Triângulo Mineiro/Alto
Paranaíba responde pelo maior valor contratado, R$ 136,1 milhões, cifra
correspondente a 38,3% do total repassado pelo Banco do Brasil aos agricultores
estaduais entre julho e fevereiro de 2012. Ele ainda informa que o valor do
repasse para o Triângulo/Alto Paranaíba, nos oito meses desta safra, é 37%
superior ao registrado em idêntico período da safra anterior. Para os
produtores do Noroeste de Minas, até fevereiro de 2013 foram repassados R$ 65,8
milhões. “Neste caso, o aumento foi de 120,6% em relação aos oito primeiros
meses da safra de 2011/2012. Já os agricultores da região Norte fizeram
aplicações de R$ 39,9 milhões, cifra 93% maior que a registrada em idêntico
período da safra anterior”, acrescenta Lima. Contratações de crédito
expressivas, por intermédio do Programa ABC em Minas, foram feitas também pelos
produtores das regiões Sul/Sudoeste (R$ 23 milhões), Central (R$ 20,3 milhões)
e Oeste (R$ 20 milhões). E os agricultores da Zona da Mata tiveram destaque com
o crescimento percentual de 68,4% no valor dos contratos, que alcançou R$ 14,2
milhões. Trabalho em parceria - Segundo Miriam Ester Soares, da Divisão de
Política, Produção e Desenvolvimento Agropecuário (DPDAG) da Superintendência
Federal de Agricultura (SFA-MG), embora Minas Gerais tenha destaque nos
levantamentos sobre a contratação de créditos para as ações do Programa ABC no
país, é necessário buscar maior expansão. Miriam Ester faz parte do Grupo de
Trabalho Interinstitucional para a implementação do Plano Estadual de Mitigação
e Adaptação às Mudanças Climáticas na Agricultura para a Consolidação de uma
Economia de Baixa Emissão de Carbono de Minas Gerais (Plano ABC-MG). Participam
do grupo: Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa);
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad);
Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag); Superintendência
Federal de Agricultura (SFA-MG); Empresa de Assistência Técnica e Extensão
Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG); Empresa de Pesquisa Agropecuária
de Minas Gerais (Epamig); e Embrapa Milho e Sorgo. O grupo é responsável pela
formulação de propostas para articulação técnica e institucional, respeitando
as diretrizes do Plano ABC-MG. Também estabelece as metas do Plano ABC-MG, e
coordena as ações para o cumprimento e o monitoramento das metas do Plano
ABC-MG. Uma das metas do Programa ABC em Minas, estabelecida pela Resolução
Seapa nº 1.233, de 9 janeiro de 2013, é possibilitar até 2020 a adoção, no
Estado, do sistema Integração, Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF) em 260 mil
hectares. Está prevista também a
recuperação de 2,1 milhões de hectares de pastagens degradadas, que
serão incorporadas aos 18,1 milhões de hectares atuais do Estado. Além disso,
para o cumprimento dos objetivos do ABC, a prática do plantio direto na palha,
em Minas, deve alcançar 700 mil hectares. O crédito deverá possibilitar ainda a
ampliação do uso de tecnologias para tratamento de 766,5 mil metros cúbicos de
dejetos de animais no Estado. A participação dos agricultores na busca dessas
metas é facilitada por uma linha de crédito que possibilita o pagamento em até
15 anos, com carência de oito anos e juro de 5% ao ano. Crédito indispensável -
O coordenador de Bovinocultura da Emater-MG, José Alberto de Ávila Pires, considera o Programa ABC de fundamental
importância para o desenvolvimento da
Integração Lavoura, Pecuária e Floresta. Ele explica que os objetivos das ações
estão claramente definidos: recuperação de áreas/pastagens degradadas, redução
do desmatamento e do aquecimento global. “Na maioria das vezes, as linhas de
crédito rural do Programa ABC, bem como do Pronaf, são indispensáveis aos
produtores diante do custo de implantação do sistema ILPF”, finaliza.
Crédito do Programa ABC/MG
Julho 2012 – Fevereiro 2013 X Julho 211 – Fevereiro
2012
Repasse total: R$ 355,1 milhões (+66,4%)
Ranking regional
Triângulo/Alto Paranaíba: R$ 136,1 milhões (+37%)
Noroeste: R$ 65,8 milhões (+120,6%)
Norte: R$ 39,9 milhões (+ 93%)
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