Presidente
Dilma Rousseff durante a 40ª reunião do CDES Ao afirmar que o etanol será
tratado como assunto estratégico para o País em 2013, a presidente Dilma
Rousseff gerou expectativa entre os empresários do setor sucroenergético
nacional quanto aos próximos passos que o governo poderá anunciar. Assim reagiu
a presidente executiva da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA),
Elizabeth Farina, após a manifestação de Rousseff na quarta-feira (27/02), em
discurso durante a 40a Reunião Ordinária do Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social (CDES), realizada em Brasília. "É uma sinalização
importante, que nos dá motivos para acreditar que o governo está atento às
dificuldades que todos queremos eliminar e disposto a agir. Medidas pontuais,
como a volta da mistura de 25% de etanol na gasolina, já foram anunciadas,
enquanto outras vem sendo elaboradas pelo governo. Agora, é preciso completar o
quadro, com ações que permitam estancar o processo de descapitalização e
fechamento de usinas e que viabilizem o planejamento de longo prazo e a
retomada do crescimento, com estabilidade e rentabilidade," afirmou Farina
nesta quinta-feira (28/02) ao retornar a São Paulo após dois dias de reuniões
em Brasília. Criado para assessorar a presidência da República na formulação de
políticas e diretrizes específicas e apreciar propostas de políticas públicas,
reformas estruturais e desenvolvimento socioeconômico, o CDES tem entre seus
integrantes o presidente do Conselho Deliberativo da UNICA e CEO da Bunge
Brasil, Pedro Parente. Ao reafirmar a natureza estratégica do etanol, Rousseff
se dirigiu a Parente nominalmente antes de detalhar melhor sua posição. Reconhecendo
a necessidade de enfrentar desafios que vem dificultando a atuação e o
desempenho das empresas do setor sucroenergético, a presidente disse aos
integrantes do CDES que em 2013, o biocombustível produzido a partir da
cana-de-açúcar será estimulado. “O setor teve várias dificuldades, vem tendo e
o governo fará isso. Nós temos muitas outras coisas a resolver. Temos de buscar
sempre essa articulação público-privado em todas as áreas em que estivermos.
Isto não prejudica o público, o público tem o seu espaço, nem prejudica o
privado, que tem o seu e as suas regras”, afirmou Rousseff. Para Parente, a
presidente sinalizou com suas declarações que está ciente da realidade que
envolve o setor sucroenergético. "As dificuldades são reais, a ponto de
mais de 40 usinas terem encerrado suas atividades nos últimos cinco anos. Virar
esse jogo depende de políticas públicas, como a definição do papel do etanol na
matriz energética nacional e a desoneração tributária do etanol, como já foi
feito para a gasolina, entre outras medidas," concluiu Parente. – ÚNICA.
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