Ribeirão
Preto, 2 de maio de 2013 – A 14ª Rodada Internacional de Negócios da Agrishow,
promovida pelo Programa Brazil Machinery Solutions gerou nas empresas
brasileiras participantes a expectativa de que para os próximos meses mais de
55 negócios sejam realizados, tendo totalizando mais de US$22 milhões. O evento
proporcionou cerca de 300 contatos entre fabricantes brasileiros de máquinas e
implementos agrícolas e compradores estrangeiros trazidos pelo Programa. Ao
todo participaram 25 empresas brasileiras, as quais contataram compradores da
Romênia, Rússia, Nicarágua, Cazaquistão
Moçambique, Panamá, Malauí, Guatemala, Botsuana, Ucrânia, Zimbábue e
Zâmbia. No Bureau Internacional também está sendo feito todo o credenciamento
de visitantes estrangeiros. Até o momento foram registrados 600 visitantes,
vindos de 67 países entre eles Argentina, Estados Unidos, Colômbia, Bolívia,
Coreia do Sul, Japão, Tailândia, Hungria e Jamaica. A Rodada Internacional de
Negócios é uma iniciativa do Brazil Machinery Solutions, programa de exportação
fruto da parceria entre a ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de
Máquinas e Equipamentos) e a Apex-Brasil (Agência Brasileira da Indústria de
Máquinas e Equipamentos). Na edição do ano passado, a expectativa de negócios
era de US$14 milhões. Secretário do Meio Ambiente de SP divulga na AGRISHOW
aumento da colheita de colheita mecanizada de cana. Máquinas agrícolas foram
responsáveis por colher 72,6% da cana-de-açúcar da safra 2012/2013 no Estado de
São Paulo. O percentual equivale a 3,3 milhões de hectares, o mesmo que 22
cidades de São Paulo ou 4,8 milhões de campos de futebol. O anúncio foi feito
nesta quinta-feira, na 20ª Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola
em Ação) com presença do secretário de Meio Ambiente, Bruno Covas, e da
secretária da Agricultura e Abastecimento, Mônika Bergamaschi. Para se ter
ideia do avanço, na safra 2006/2007, a colheita mecânica da cana chegava a
34,2%. Na safra anterior, 2011/2011, o percentual chegou a 65,2%. Quanto mais
máquinas forem utilizadas, menos cana precisa ser queimada, prática necessária
na colheita manual. “O ganho ambiental é o equivalente à retirada de 59 mil
ônibus de circulação”, explicou o secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas.
Segundo ele, além do benefício ambiental, o ganho é social. “Ao contrário do
que pregava o mito de que a mecanização iria causar desemprego, na verdade,
passamos de 103 mil vagas criadas em 2006 para 108 mil, em 2012. Além disso, o
salário médio cresceu 28%. O emprego qualificado passou de 15 mil postos de
trabalho para 61 mil”. Também foram divulgados os números de mecanização de
cada região paulista. A região mais avançada foi a Central (São Carlos e
Araraquara), com 82,8%. Em seguida vieram Barretos (76%), São José do Rio Preto
(75,3%), Marília (75,1%), Presidente Prudente (74,5%), Franca (73,2%),
Araçatuba (72,5%), Campinas (70,4%), Bauru (66,3%), Ribeirão Preto (64,7%) e
Sorocaba (62,2%). Outro benefício foi a redução no consumo de água no
processamento industrial da cana, passando de 5 m³ por tonelada para 1,26 m³ de
água por tonelada. O objetivo para o ano que vem é que esta relação caia para 1
m³. Além disso, a palha que é deixada sobre o solo depois da colheita
mecanizada, além de melhorar a fertilidade e protegê-lo contra a ação das
chuvas e processos erosivos, também tem potencial para geração de energia
elétrica nas usinas. Se 50% da quantidade da palha gerada na safra passada
fosse aproveitada para cogeração, era possível suprir 31% do consumo
residencial paulista. “Estamos em constante pesquisa e desenvolvimento para
desenvolver variedades de cana aptas ao corte mecanizado. Entre elas, a
tecnologia da muda pré-brotada (MPB), novidade que pode ser conferida no
estande do IAC na Agrishow”, exemplificou a secretária de Agricultura e Abastecimento,
Mônika Bergamaschi. Por lei, a cana tem de deixar de ser queimada para colheita
em 2021 para as áreas planas e em 2031 para as inclinadas. O Estado de São
Paulo, contudo, adiantou o prazo para 2014 e 2017, respectivamente, por meio do
Projeto Etanol Verde. Desde o início da iniciativa, em 2007, os paulistas
deixaram de queimar 5,53 milhões de hectares e de lançar à atmosfera 20,6
milhões de toneladas de poluentes e 3,4 milhões de toneladas de gases de efeito
estufa. Montadoras têm grande expectativa de vendas na AGRISHOW - Um setor
bastante aquecido na AGRISHOW é o das montadoras de veículos. Segundo, diretor
da Santa Emília Volkswagen, Egno Silva, a meta para esta edição da feira é
concretizar até o final do evento a venda de 100 veículos modelo Amarok. “Estou
muito feliz com o que a Agrishow está nos proporcionando, pois a expectativa de
venda aumenta a cada dia de realização da feira, e com certeza vamos ter nossa
meta realizada de aumento de 66% na venda, em relação ao evento do ano
passado”. Até o terceiro dia da feira, a concessionária Santa Emília Toyota
conseguiu efetivar a venda de 30 pickups e prevê um crescimento nessa edição.
“Os estoques estão maiores para atender a demanda prevista, e a Hilux é a
preferida dos clientes do setor de agronegócios”, conta o gerente José Vitor da
Silva Junior. Test drive na AGRISHOW atraem visitantes - Na edição de 2013 da
AGRISHOW, o setor automobilístico se superou em inovações e não economizou no
quesito criatividade para chamar a atenção do público. Para os apaixonados por
automóveis, uma das grandes atrações da feira é uma pista de vidro de 300
metros. “Só no primeiro dia da feira passaram pelo nosso test Drive mais de 100
visitantes e até o momento esse número triplicou”, conta o Diretor da Santa
Emilia Volkswagen, Egno Silva. Uma pista off-road de 2.350 metros de extensão
também está disponível na AGRISHOW, onde
os visitantes podem testar a performance de seis modelos 4x4 da Toyota. No
estande da Ford, o público pode dirigir diversos modelos de caminhões. Lançamentos
e curiosidades na AGRISHOW - As empresas que participam da AGRISHOW guardam
para a feira a apresentação de novidades ao público. Além da alta tecnologia,
alguns expositores têm novidades curiosas. A Embrapa, por exemplo, trouxe para
a Feira a identificação eletrônica de peixes. Esta tecnologia consiste na
inserção de um dispositivo eletrônico, chamado tag, sob a pele do peixe, cujo
objetivo é traçar o grau de parentesco entre os peixes do plantel e controlar o
cruzamento. Outra vantagem é o rastreamento e a certificação de origem do
produto, que possibilita o controle do início ao fim da cadeia produtiva. Para
que a identificação seja feita, o peixe é retirado de seu habitat natural para
entrar em uma espécie de sonífero e a tag é inserida. Feito isso, o peixe volta
para uma outra substância para “acordar” e, depois, ele é devolvido ao seu
ambiente. Outra novidade da Embrapa é o Crop Circle-Agricultura de Precisão, um
sensor de cultura que permite visualizar, através da cor da planta, se ela está
ou não com deficiência de nutrientes. Já a H2Life trouxe para a Agrishow o Life
Tube, um canudo individual que purifica água em três segundos e pesa apenas 36
gramas. O tubo funciona por sucção oral e é ideal para uso em lugares remotos,
daí sua aplicação na agricultura, principalmente no caso de peões que costumam
fazer longas viagens para locais onde nem sempre existe água limpa disponível.
O Life Tube é inédito no mercado brasileiro e tem capacidade para purificar até
200 litros de água. A Seprotec Sementes inovou com uma garapa feita de sorgo
sacarino. Embora a finalidade da semente seja para o etanol, se houver
interessados a empresa não descarta a venda para a produção da garapa. – Mariele Previdi -
Attuale
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