BELO
HORIZONTE (09/05/2013) – O novo preço mínimo de R$ 307,00 para a saca de 60
quilos de café, anunciado pelo governo federal, é considerado insuficiente
diante da proposta dos produtores (R$ 340,00 por saca), endossada pelo
governador Antônio Anastasia. A avaliação é do assessor especial de Café da
Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Niwton Castro Moraes,
ao observar que desde 2009 não havia alteração do preço mínimo. Por isso
segundo Moraes, “havia a expectativa de aprovação do preço pleiteado pelos
produtores, principalmente neste momento de baixa do café e perdas na
atividade”. A partir da sinalização extra-oficial de que o preço mínimo
chegaria a R$ 307,00, houve uma sequência de cinco dias de alta até um aumento
de 4,3% no preço da saca. De acordo com o assessor, a cotação da saca de café
aumentou de R$ 293,30, em 30 de abril, para R$ 304,79, em 8 de maio, data em
que foi anunciado oficialmente o preço mínimo de R$ 307,00. “Esse reajuste em
relação ao preço de 2009 (R$ 261,69) foi de 17,3%. No entanto, a proposta dos
cafeicultores mineiros foi para o estabelecimento de um preço de R$ 340,00 por
saca”, enfatiza. Efeitos do frio - Moraes considera que o excesso de frio e
principalmente a geada são prejudiciais à produtividade do café e podem causar
inclusive danos físicos às lavouras. Neste caso, as perdas nos cafezais podem
ser imediatas ou de médio prazo. Ele explica que, por isso, o anúncio de queda
de temperatura pode ter contribuído para a melhoria de preço. De acordo com
Moraes, após a passagem da onda de frio, será possível dimensionar o impacto
real do anúncio do novo preço mínimo sobre o mercado de café. “Minas é o maior
produtor de café do Brasil e os preços praticados nos últimos meses não atendem
sequer ao custo de produção da atividade”, finaliza. - Secom
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