quinta-feira, 23 de maio de 2013

EVOLUÇÃO DO PAGAMENTO DE EMPREITA NAS COLHEITAS DAS PRINCIPAIS CULTURAS DO ESTADO DE SÃO PAULO


A operação de empreita, que consiste na realização de serviços na propriedade agrícola mediante a contratação de pessoas físicas ou jurídicas, sob cuja responsabilidade fica o fornecimento de mão de obra e, dependendo da natureza dos serviços, de máquinas e equipamentos necessários à execução das operações, impacta fortemente a formação do preço final do produto. De acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, a aferição desses valores oferece informações relevantes para analisar o mercado de trabalho e interessa tanto ao empregador quanto ao trabalhador, pois constitui importante subsídio para as negociações salariais entre sindicatos e empresas rurais, bem como para avaliações efetuadas por instituições governamentais, ou não, sobre a situação econômica dos trabalhadores. Com essa perspectiva, Carlos Eduardo Fredo, Maria Carlota Meloni Vicente e Celma da Silva Lago Baptistella, pesquisadores do IEA, investigaram as taxas de crescimento do valor das empreitas nas colheitas de algodão, cana-de-açúcar, café, laranja, limão e tangerina no período de 2000 a 2012. Os dados foram corrigidos por valores reais pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), do IBGE, e foram calculadas taxas de crescimento com base nas médias anuais.  O pagamento de colheita para a maioria das culturas analisadas foi superior a 3% ao ano, com destaque para o valor pago na colheita de café cereja que apresentou a maior taxa de crescimento: 5,48%/ano, afirmam os pesquisadores. A exceção se deu com a colheita da cana-de-açúcar que, em função do avanço da mecanização nesta etapa do sistema produtivo, ou seja, a menor demanda por trabalhadores na colheita manual impediu que a remuneração acompanhasse o mesmo dinamismo das outras culturas. - Ascom

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