Cerca
de 150 mil pessoas visitaram a feira de 67 países, um número recorde. A 20ª
edição da AGRISHOW (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) teve a
maior edição de sua história. Os negócios iniciados na feira devem movimentar
R$ 2,6 bilhões em negócios, um crescimento entre 15 e 16% em relação à edição
do ano anterior, quando movimentou R$ 2,15 bilhões. Todos os setores de uma
forma geral estão aquecidos, com destaque para o segmento de armazenagem,
impulsionado pela safra recorde de grãos de 184 milhões de toneladas e as
dificuldades logísticas para escoá-la; agricultura de precisão, pulverizadores
autopropelidos e plantadeiras. “O produtor busca inovação tecnológica que
permita que a sua produção seja mais eficiente, com menor custo para seja mais
competitivo. Alguns fatores contribuíram para o resultado dessa Agrishow, que é
a ‘mãe’ de todas as feiras. Neste ano tivemos o PSI – Programa de Sustentação
do Investimento, que oferece juros civilizados ao produtor, com prazo
favorável, e a necessidade de renovar o parque de máquinas”, afirmou o
vice-presidente da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos,
João Marchesan. “Estimamos que 30% dos negócios na AGRISHOW foram feitos com
recursos próprios e 70% por meio de financiamentos”, completou o
vice-presidente da ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio, Francisco
Maturro. Visitantes - A edição de 2013 da AGRISHOW recebeu 150 mil visitantes
nos cinco dias de evento. Mesmo com a visitação recorde para um primeiro de
maio – historicamente o dia com o melhor público da feira – de 40 mil pessoas,
os organizadores avaliam que foi mantida a qualidade do visitante, bastante
focado em realizar negócios. A feira recebeu este ano um número recorde de
países de visitantes internacionais. Foram cerca de 1.000 pessoas de 67 países.
Demonstrações de campo - Tiveram destaque na edição de comemoração dos 20 anos
da AGRISHOW, o crescimento da área de demonstrações de campo, que além de
máquinas e implementos, teve um Núcleo de Tecnologia com plots de variedades de
sementes e uma área de 16 hectares de integração Lavoura-Pecuária-Floresta
(iLPF), em parceria com a Embrapa. - Embrapa - Ao comemorar 40 anos de
história, a Embrapa teve a sua maior participação na AGRISHOW, com 15 unidades
e mais de 100 pessoas entre técnicos e pesquisadores. A Embrapa esteve presente
em três espaços: estande do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA), Agrishow Sustentável (com o Portal África) e no Núcleo de Tecnologia,
na área de demonstrações de campo, onde foram mostradas 80 tecnologias, com
destaque para os arranjos de sistemas de integração Lavoura-Pecuária-Floresta
(iLPF). “Tivemos uma visitação fantástica na área de iLPF, que esperamos que se
torne permanente, e na tenda de agricultura familiar. Destaco a grande
quantidade de estrangeiros que vieram buscar as tecnologias da Embrapa e a
qualificação do público visitante que realmente veio em busca de informação
para aplicar tecnologia em seu negócio”, destaca o coordenador da Embrapa na
AGRISHOW, Ladislau Araújo Skorupa. Expositores - Banco do Brasil - O volume de
propostas acolhidas até o momento está em torno de 20 a 30% superior ao mesmo
período do ano passado. O Banco do Brasil estende as condições da Feira até o dia
10 de maio para acolhimento de propostas de negócios em todo o País. Portanto,
os números finais da participação do BB na Agrishow 2013 poderão ser repassados
após essa data. - Bradesco - Nos quatro primeiros dias de Feira, as propostas
de negócios feitas pelo Bradesco foram cerca de 12% superiores às verificadas
em 2012. “O último dia é uma dia de concentração expressiva de negócios. Cerca
de 35% a 40% dos negócios são realizados no último dia”, disse o Diretor do
Departamento de Empréstimo e Financiamento do Bradesco, José Ramos Rocha Neto,
ressaltando ainda que se o avanço ficar neste nível de percentual será uma
resultado bastante positivo, já que 2012 foi um ano excepcional. Rocha disse
ainda que 95% dos negócios são realizados na linha Finame PSI. - Santander - Até
o momento as propostas do Santander mais que dobraram em relação ao ano
passado. - Coopercitrus - Até às 10h da manhã, já foram realizados R$ 250
milhões em negócios no Shopping Rural Coopercitrus e a expectativa é que até o
final do dia sejam totalizados R$ 300 milhões. Somente os R$ 250 milhões representam
127% a mais dos negócios - KBM - A BM Dumont, que lançou na Agrishow 2013 a
nova marca KMB, resultado da fusão com a norte-americana KMC, comercializou 115
equipamentos para a cultura de amendoim, seus carros-chefes, além de produtos
para outras culturas como cana-de-açúcar. A notícia de que a colhedora de
amendoim com tecnologia americana será produzida em Dumont (cidade vizinha de
Ribeirão Preto), ainda este ano, chamou a atenção dos principais produtores do
país que passaram no estande e já assinaram documento de intenção de compra. O
principal produto comercializado foi o arrancador pantográfico de amendoim de
quatro e seis linhas. "Estamos muito satisfeitos com o resultado de nossa
participação na Agrishow 2013. Mesmo estando fora da época de safra de
amendoim, percebemos que os produtores anteciparam as compras e já estão se
programando para o final do ano. Comercializamos 80% a mais em equipamentos em
relação à Agrishow 2012 ", afirma Marco Antonio Martins, diretor-comercial
da empresa. - Líder Aviação - A Líder Aviação efetuou a comercialização de duas
aeronaves na AGRISHOW. No terceiro dia da Agrishow, a empresa anunciou a venda
de um King Air C90, negociado por US$ 3,8 milhões, sem impostos, e na
quinta-feira negociou um bimotor Baron G58 por US$ 1,410 milhão, sem impostos.
Com a segunda negociação na feira, a empresa já alcançou faturamento de 5,21
milhões de dólares. De acordo com o diretor de vendas de aeronaves da Líder
Aviação, Philipe Figueiredo, a expectativa é concluir mais uma venda até o
final da Agrishow. “Continuamos otimistas e, pelo que temos visto na feira,
podemos sentir que o setor está novamente aquecido este ano”, comenta. - Case
Construction - A Case Construction bateu sua meta de trabalho na Agrishow 2013.
Até a manhã de sexta-feira, 130 unidades foram negociadas. “A Case investe para
atender o agronegócio e a Agrishow é uma feira muito importante para divulgar
nossos equipamentos. A participação do segmento nas vendas da Case dobrou nos
últimos três anos e já chega a 8%”, declara Reinaldo Remião, gerente nacional
de vendas da Case. “É um segmento muito importante para as máquinas de
construção. Não existe uma fazenda de grãos ou uma usina de açúcar que não
precise de uma pá carregadeira para carregar insumos, a produção e fazer
serviços gerais. Muitas máquinas de construção tem larga aplicação no
agronegócio”, conclui Remião. Segundo ele, o bom momento do agronegócio e o
pacote de desoneração fiscal para o etanol, anunciado na semana passada pelo
Governo Federal, são os responsáveis por este resultado. - John Deere - Os
resultados da John Deere nesta Agrishow 2013 foram bastante positivos,
acompanhando as tendências de mercado e as expectativas iniciais da feira.
“Devemos fechar com um volume de negócios entre 10% a 15% superior aos
resultados do ano passado. Esta movimentação é reflexo da busca dos
agricultores, dos pequenos aos grandes, por inovação e tecnologia para todas as
etapas da produção agrícola e pecuária, trazendo mais economia e maior
produtividade. Em nosso estande eles puderam encontrar tudo isso: um amplo
portfólio com mais de 80 produtos para todos os segmentos, com soluções
integradas em irrigação, cana, peças e também máquinas de construção”, analisa
Celso Schwengber, diretor de Vendas América Latina. - Toledo do Brasil - “Esse
ano, tivemos uma boa visitação no nosso estande e boas vendas. O produto que
mais se destacou foi a balança de caminhões 900i destinada ao controle da
armazenagem de grãos”, declara o gerente da filial Ribeirão Preto, Carlos
Antonio Fonseca. - Maggion Pneus - “Estamos em nossa 17° edição da AGRISHOW e
podemos constatar que esse ano foi muito favorável para Maggion. Tivemos a
oportunidade de fomentar negócios com clientes de vários locais gerando muitas
consultas. A importância que a AGRISHOW tem para divulgar nossa marca e
produtos é primordial”, declara o Supervisor Agrícola, Fernando Branco. - JCB -
“Como primeira experiência, nós, da JCB adoramos participar da Agrishow. O
percentual de público qualificado é muito grande e mantivemos ótimos contatos.
Conseguimos superar nossas expectativas e cumprimos a nossa meta de vendas. Com
certeza vamos participar dos próximos eventos e pretendemos reservar uma área
ainda maior”, avalia a Gerente de Marketing, Juliana Lima. - Anauger - “Para a
Anauger, a AGRISHOW é de extrema importância. A nossa maior prioridade é fixar
e divulgar a nossa marca através da feira. Aproveitamos para conversar com
nossos clientes além de divulgar os lançamentos dos nossos produtos”, afirma o
administrador financeiro Luis Fernando Basi. - Civemasa - “A Agrishow é a
melhor feira do nosso país, posso dizer que podemos compará-la com feiras de
países como EUA e Europa. Nesta edição, as negociações para Civemasa estão
sendo mais consistente, o que contribui muito para as finalizações dos
negócios. Estamos muito contentes, pois, no quinto dia de feira já conseguimos
atingir nossas metas”, informa o gerente comercial Miguel Arthur Júnior. - Brudden
- “Este ano, nosso estande ficou localizado em frente às grandes marcas de
veículos. Com isso, o fluxo de visitantes aumentou bastante. As vendas também
evoluíram, crescendo 100% em relação ao ano passado. Além disso, para a edição
atual, fizemos um estante diferente, com um visual que remete a uma
minipropriedade rural, com fogão a lenha e café passado na hora, galinhas,
pôneis, pomar e pés de café. Tudo para remeter à realidade do homem do campo. A
intensificação que fizemos em propaganda antes da feira também foi outro
diferencial”, conta o analista de marketing da Brudden, William Rojo de
Andrade. - Nogueira - “A edição atual foi melhor que a do ano passado. O
mercado de grãos vive um momento muito bom, que acabou refletindo em nossas
vendas. No setor, crescemos 30%. Além disso, este ano trouxemos um lançamento e
três pré-lançamentos. Já houve procura para estes produtos. Nós comparecemos à
Agrishow por se tratar de uma feira que faz a diferença. Todos os fabricantes
querem lançar produtos no evento”, afirma o gerente comercial da Nogueira,
Edson José Miquilini. - Baldan - “Prevejo que o crescimento da feira como um
todo chegue a 10%. A AGRISHOW consegue como nenhuma outra feira do tipo no País
trazer um público heterogêneo, vindo de todos os lugares. Por isso, é o local
ideal para se fazer lançamentos. Para a edição atual, trouxemos um distribuidor
de fertilizante para a agricultura de alta precisão. Grades para tratores de
alta voltagem também fizeram sucesso”, aponta o coordenador de marketing da
Baldan, Adilson Batista. - Menta - “Na edição deste ano da Agrishow, percebi um
crescimento na procura de produtores vindos do Norte e Nordeste do País, de
estados como Ceará, Pará, Pernambuco e Alagoas. É um público muito interessado,
que sabe o que quer adquirir e pronto para efetuar as compras. Também é sempre
boa a presença de estrangeiros. Em nosso estande, por exemplo, sempre
conseguimos trazer um grupo da Venezuela. A Agrishow é o espaço propício para
atrair gente de vários lugares.” – Welington Perez, gerente de mercado interno
da Menta - Branco - “Faz oito anos que participamos da Agrishow. Sempre
voltamos porque a feira é onde as principais marcas devem estar para divulgar
seus produtos e novidades. Para este ano, a novidade é a compra da Branco pela
Briggs & Stratton, grande multinacional do setor.” – Rômulo Vieira,
vendedor da Branco. - Yanmar Agritech - A norma de segurança e saúde
estabelecida pela Secretaria de Inspeção do Trabalho e aplicada à agricultura,
conhecida por NR 31, tem feito com que a busca por tratores de pequeno porte
com versões cabinadas estejam em alta, conforme se percebeu durante a Agrishow
2013. Segundo o gerente de pós-vendas da Agritech, Pedro Cazado Lima, a procura
por modelos cabinados de tratores de até 75cv foi superior à esperada. “Os
agricultores estão preocupados com a regularização de suas propriedades e
principalmente com a segurança e bem-estar de seus funcionários. Como o mercado
ainda não oferece uma quantidade muito grande de opções, as vendas dos modelos
cabinados que dispomos foi surpreendente”, comentou. – Mariele Previdi -
Attuale
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