Na oitava edição deste especial, o tema será a
intolerância à lactose versus alergia à proteína do leite de vaca. A alergia à
proteína do leite de vaca é uma reação imunológica adversa, que se manifesta
após a ingestão de uma porção (ainda que mínima), de leite ou derivados,
podendo provocar alergias na pele, reações respiratórias e diferentes graus de
injúria no intestino (constipação crônica, dores abdominais e/ou diarreias),
além de náuseas e vômitos. Neste caso, não pode haver ingestão da proteína do leite.
Já a intolerância à lactose é o nome que se dá à incapacidade parcial ou
completa de digerir o açúcar existente no leite e seus derivados, a lactose.
Esse problema ocorre quando o organismo não produz, ou produz em quantidade
insuficiente, a enzima digestiva chamada lactase, responsável pela quebra e
decomposição da lactose. Como consequência, essa substância chega ao intestino
grosso inalterado, onde se acumula e é fermentada por bactérias, resultando na
formação de gases que podem provocar dores abdominais. A quantidade de
lactose que irá causar sintomas varia de indivíduo para indivíduo. Eles
dependem de quanto e da forma que a lactose for ingerida e do grau de
deficiência da enzima lactase, mas, normalmente, são transitórios e não causam
danos ao trato gastrointestinal. Na deficiência genética, a criança nasce
sem condições de produzir lactase. Na deficiência adquirida, a falta da lactase
resulta de doenças intestinais, como diarreias persistentes, síndrome do
intestino irritável, doença de Crohn ou outras causas de lesão da mucosa do
intestino delgado. Na deficiência transitória, há a perda temporária na
produção de lactase, devido a algum dano à mucosa do intestino, como por
exemplo, pelo uso prolongado de antibióticos ou cirurgias no trato gasto intestinal. Os
indivíduos que absorvem mal a lactose costumam apresentar exacerbação dos
sintomas de intolerância quando ingerem o leite puro e em grandes quantidades,
mas quando sua ingestão é feita com outros alimentos, os sintomas costumam ser
amenizados. Laticínios como queijos (com exceção dos frescos), apresentam
apenas traços de lactose, podendo ser ingeridos por essas pessoas. O
iogurte também costuma ser mais bem tolerado por maus absorvedores de lactose
do que o leite, já que durante sua produção, parte da lactose é fermentada,
produzindo ácido lático, o que resulta em uma diminuição de 25% a 50% da
lactose. Além disso, esses indivíduos podem fazer uso da enzima
lactaseexistente no mercado e que pode ser adicionada ao leite ou ingerida na
forma de medicamento e, dessa forma, se beneficiar da qualidade nutricional do
leite e dos produtos lácteos. Segundo parecer elaborado pelo Conselho Regional
de Nutricionistas (CRN-3) (Conselho Regional de Nutricionistas SP/MS, 2013), a
recomendação indiscriminada para a restrição ao consumo de leite e derivados
não encontra, atualmente, respaldo científico com nível de evidência
convincente e está em desacordo com o Consenso Brasileiro sobre Alergia
Alimentar (2007). Ainda segundo o CRN, a restrição ao consumo de leite e
derivados somente deve ser feita aos indivíduos com diagnóstico clínico
confirmado de intolerância à lactose, sensibilidade à proteína do leite ou de
outras condições fisiológicas e imunológicas (Conselho Regional de
Nutricionistas SP/ MS, 2013). Desta forma, pessoas com intolerância à
lactose devem ser avaliadas individualmente, e de acordo com a sintomatologia,
o consumo de leite e derivados lácteos deve ser reduzido e não excluído,
principalmente para adolescentes e adultos jovens. Sobre a Serramar - A
Cooperativa de Laticínios Serramar - antiga Cooperativa de Laticínios de
Guaratinguetá, foi fundada em 2 de abril de 1944. Atualmente, possui mais de
800 cooperados ativos, reunindo produtores de diversos municípios do interior
do Estado de São Paulo (Guaratinguetá, Aparecida, Arapeí, Areias, Bananal,
Cachoeira Paulista, Canas, Cruzeiro, Cunha, Lagoinha, Lavrinhas, Lorena,
Pindamonhangaba, Piquete, Potim, Queluz, Roseira e São José do Barreiro).Sua
produção atual gera em torno dos 70 milhões de litros de leite por ano. Possui
uma ampla rede de distribuição, levando seus produtos a regiões como Vale do
Paraíba, Campinas, Região Bragantina, Região Sul Fluminense, Litoral Norte, São
Paulo e Grande São Paulo.Sua moderna unidade industrial foi reinaugurada em
dezembro de 2012, processando o leite nos mais modernos equipamentos,
garantindo e originando produtos da mais alta qualidade das marcas Serramar,
Milk Mix e Maringá. –Secom
tvgazetalife@hotmail.com
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