Desde 1992, o IMA executa políticas que contribuem
para a preservação da saúde pública e do meio ambiente e para o desenvolvimento
do agronegócio no estado. Há pouco mais de 24 anos, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), como braço da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Seapa),
contribui para a execução de atividades de defesa agropecuária em Minas Gerais.
Dessa forma, desde 7 de janeiro de 1992, o órgão difunde e realiza ações
relacionadas à defesa sanitária animal e vegetal, com inspeção, certificação de
produtos e as consequentes preservação ambiental e proteção à saúde pública.
Entre os principais serviços prestados pelo IMA estão, justamente, a vigilância
e defesa sanitária animal e a inspeção de produtos de origem animal.
Incluem-se, nestas iniciativas, ações como a fiscalização: em propriedades
rurais com bovinos, bubalinos, equídeos, aves, suínos e peixes; do trânsito de
animais: bovinos, bubalinos, aves e suínos; dos eventos agropecuários; do
comércio de produtos de uso veterinário; e da gestão de etapas de vacinação dos
rebanhos (como a febre aftosa, por exemplo). Já entre as vistorias de produtos,
com o objetivo de contribuir para a disponibilização de produtos de origem
animal adequados e seguros ao consumo humano, o instituto executa a inspeção
nos estabelecimentos registrados, como frigoríficos e aqueles que trabalham com
pescados, ovos, mel, leite e derivados. Nestes casos, além de medidas
preventivas, o IMA também recorre, se necessário, a medidas coercitivas e
punitivas. Lavouras - Garantir a defesa sanitária vegetal é outra missão do
Instituto. Com a fiscalização dos vazios sanitários do algodão, feijão e soja,
por exemplo, o corpo técnico auxilia na manutenção dessas lavouras, mantendo
baixo o ataque de pragas na safra seguinte. O vazio sanitário ocorre anualmente
e varia de um a três meses, de acordo com cada cultura, período no qual fica
proibido o cultivo desses produtos. O engenheiro agrônomo e agropecuarista,
Décio Bruxel, é produtor de soja e participa do vazio sanitário do grão desde
que foi instituído pelo IMA, em 2007, para o controle e diminuição, na
entressafra, da quantidade de esporos do fungo causador da ferrugem asiática da
soja – o PhakosporaPachyrhizi. "Sem dúvida alguma, as ações tomadas
pelo IMA foram - e são - de extrema importância para o controle das principais
doenças e pragas nas culturas", destaca o produtor. Como consequência, acrescenta
Bruxel, ocorrem a melhoria na produtividade e queda nos custos de produção.
Outro destaque é a certificação fitossanitária de origem e de consolidação, que
confirma a sanidade dos vegetais e se lavouras (bananas, citros, uva, pinus e
mudas de café) estão livres de pragas que podem causar dano com impacto
econômico. Além disso, o órgão também fiscaliza o comércio e uso de
agrotóxicos, o comércio de sementes e mudas e conduz levantamentos
fitossanitários para o controle e monitoramento de pragas. As análises laboratoriais
também entram como diferencial do IMA, que possui uma rede de laboratórios
qualificada para exames e diagnósticos de apoio a diversos segmentos da
atividade agropecuária. Em Belo Horizonte, por exemplo, está instalado o
Laboratório de Saúde Animal (LSA) - para testes e diagnósticos de doenças que
podem acometer os rebanhos. Já no entreposto da CeasaMinas, em Contagem, está o
Laboratório de Química Agrícola (LQA) - para diagnósticos de pragas e análises
relacionadas a insumos, produtos vegetais e animais. Em 2015, a rede
analisou cerca de 39 mil amostras com aproximadamente 145 mil parâmetros
laboratoriais. Certificação - Somam-se às ações com foco permanente na
qualidade e segurança os programas de certificação do IMA. Como benefícios, a
certificação permite, aos produtores, agregar valor e expandir mercados para
seus produtos. Já aos consumidores, viabiliza o acesso a produtos de qualidade
e condizentes com as normas socioambientais. Com os programas de certificação,
o IMA trabalha, ainda, aspectos como a inserção da mulher nas atividades da
agricultura familiar, bem como a melhoria na gestão, eficiência e
competitividade das propriedades, com auditorias periódicas. São exemplos de
produtos certificados a cachaça, café, produtos orgânicos, produtos com o selo
SAT (Sem Agrotóxicos) e do Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e
Bubalinos (Sisbov). No caso da cachaça e dos produtos orgânicos, inclusive, a
certificação do IMA tem o reconhecimento do Inmetro. Produtores de café há mais
de 45 anos, Aziz e Conrado Zenun, proprietários da Fazenda Santana, contam com
a certificação do IMA há cinco anos, desde que tomaram conhecimento do
protocolo Certifica Minas Café, por meio do escritório da Emater-MG em Campestre, no Sul do Estado. Com isso, o
trabalho produtivo entrou em novo patamar. "O processo de certificação
exige planejamento e controle de todas as atividades, bem como treinamento
contínuo da equipe de colaboradores, assistência técnica continua, conhecimento
das técnicas de manejo sustentáveis, cuidados especiais na escolha de
agroquímicos e cuidados excepcionais durante a colheita e pós colheita",
observa Conrado. Hoje, a produção média anual de café da Fazenda Santana é de
3.000 sacas, nas variedades Catuaí Amarelo, Mundo Novo e Bourbom. O produto é
comercializado com a marca Ouro de Kaffa, com presença nas maiores redes de
supermercado do país. Todos os selos de certificação estão destacados na parte
da frente da embalagem. “Com a missão de destacar o café certificado, também
inauguramos, nesta semana, uma cafeteria com a marca, em Varginha”,
conclui. Em Sacramento, no Triângulo Sul, a certificação do IMA também é uma
realidade na fábrica atual da Cachaça Batista, que produz, anualmente, 100 mil
litros da bebida. "Conhecemos a certificação de qualidade da cachaça
quando a primeira cachaça de MG conseguiu o selo, o que foi bastante divulgado
na mídia. Em 2009, fizemos a solicitação", lembra o proprietário Marco
Antônio da Mota. Desde 2012, a agroindústria também conta com o certificado de
qualidade do Inmetro. "Para nossa satisfação, o organismo certificador
continua a ser o IMA", completa o produtor. Para Mota, a certificação
voluntária proporciona melhor controle da produção e permite, assim, maior
segurança para quem consome. "As principais mudanças desde a certificação
foram quanto aos métodos de controle de produção e de qualidade, proporcionando
uma visão mais ampla do processo em geral", aponta. "Além disso, é
possível oferecer ao cliente rastreabilidade total dos nossos produtos, o que
acreditamos ser uma vantagem em relação aos concorrentes", acrescenta
Marco Antônio. Fora a produção de soja, o engenheiro agrônomo e agropecuarista,
Décio Bruxel, também é criador de suínos e conta com a certificação do
instituto. Para ele, as medidas oferecidas pelos técnicos do IMA não só
contribuem para orientação, como ainda para estabelecer medidas de controle em
todos os setores da produção agropecuária no estado. “Todas as nossas granjas
possuem um registro junto ao IMA e são visitadas periodicamente para
certificação da biossegurança e o trânsito dos animais, controlado via emissão
de guia de trânsito animal (GTA)”, relata. “A certificação é uma garantia ao
produtor de que está adquirindo animais livres de doenças. É bom lembrar,
ainda, que somente com essa certificação é permitida a comercialização de
animais para reprodução”, completa. Além do registro junto ao órgão, as
unidades responsáveis pelo fornecimento de material genético aos clientes, como
informa Bruxel, “são semestralmente auditadas, a fim de renovarmos a
certificação para comercialização de reprodutores (GRSC – Granjas de
Reprodutores Suídeos Certificadas), de acordo com a normativa do Mapa IN 19,
que possuímos desde 15 de fevereiro de 2002”, finaliza. Educação e
regularização sanitária - Cursos gratuitos de boas práticas de fabricação e
educação sanitária estão entre as ações do Instituto Mineiro de Agropecuária
(IMA), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Minas) e
o Instituto Ernesto Antônio de Salvo (Inaes). No último ano, IMA e Senar
realizaram 34 cursos de capacitação, com a participação de mais de 400
produtores em todo estado. Em 2016, a previsão é a de 40 cursos e atendimento a
mais de 500 agricultores familiares. Tendo por referência a legislação estadual nº
19.476/2011,
que objetiva a regularização das agroindústrias familiares, o IMA também
promove vistorias, para acompanhar o processo e orientar os produtores. Desse
modo, são trabalhados temas como o comportamento e a formalização dos
produtores, segurança alimentar dos consumidores, além da consequente melhoria
da qualidade do que é produzido. Em 2015, conforme registro do instituto, foram
realizadas aproximadamente 550 vistorias em agroindústrias familiares do
estado. Entre as medidas que reforçam, ainda, a educação sanitária no estado,
estão o aperfeiçoamento e a atualização da equipe técnica do Instituto. Para os
produtores rurais, existem reuniões, palestras e cursos de defesa sanitária
animal, vegetal, de certificação e inspeção de alimentos. "O IMA tem
trabalhado para cumprir com a sua finalidade de executar as políticas públicas
de defesa agropecuária, visando à preservação da saúde pública e do meio
ambiente e ao desenvolvimento do agronegócio, em consonância com as diretrizes
fixadas pelos governos estadual e federal", enfatiza o diretor-geral do
instituto, Márcio Botelho. No caso da certificação, argumenta, “a iniciativa
proporciona para os produtores, oportunidades como a de melhorar a remuneração
do produto, enquanto, para os consumidores, a oportunidade de acesso a
alimentos seguros", complementa. Outras informações sobre as ações do IMA
podem ser consultadas em www.ima.mg.gov.br. –Secom
tvgazetalife@hotmail.com
JORNAL GAZETA LIFE
“A notícia levada a sério”
(34) 3427-1384
(34) 9929-5718 - VIVO
(34) 8424-0417 – CLARO
(34) 9177-6477 – TIM
(34) 9971-4879 - CTBC
Nenhum comentário:
Postar um comentário