Durante entrega da Medalha da Inconfidência,
governador de Minas Gerais afirma ser necessária a pacificação do país. No dia
em que Ouro Preto volta a ser a capital de Minas Gerais, o governador Fernando Pimentel ressaltou nesta quinta-feira
(21/4), durante a 65ª solenidade de entrega da Medalha da Inconfidência, o
sonho da construção de um país livre, soberano, republicano e democrático,
idealizado por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Citando o mártir, o
governador afirmou que a entrega da principal honraria do Estado simboliza a
todo o Brasil a luta pela liberdade que, “cedo ou tarde, sempre vence”. “O novo
nome da liberdade é a defesa da democracia, dos valores republicanos, do
respeito à vontade soberana do povo, expressa pelo voto livre, secreto e
universal, expresso pelo voto popular. Neste momento da vida nacional,
precisamos olhar para frente e renovar nosso compromisso com a nação e com
aqueles que se sacrificaram pela liberdade. O martírio de Tiradentes simboliza,
acima de tudo, a luta pela emancipação política do Brasil”, afirmou Pimentel,
ao lado do ex-presidente do Uruguai e senador José Pepe Mujica, condecorado com
o Grande Colar. Mujica se tornou símbolo da geração que lutou pela emancipação
dos povos na América Latina na década de 1960. Segundo o governador, neste
momento, a voz de Minas Gerais se ergue em defesa do mais valioso princípio
democrático: a eleição direta pelo voto popular. “A única fonte real de
legitimidade na democracia é o voto e a ele é que devemos recorrer quando
crises institucionais agudas assolam e ameaçam a tessitura democrática que
tanto sangue e tantas lágrimas nos custou para trazer até aqui”, ressaltou.
Como forma de se chegar a um desfecho para a atual crise institucional,
Pimentel também defendeu a realização de um “processo de pacificação” no país.
Essa, em sua avaliação, é a única forma de garantir a continuidade das conquistas
obtidas nos últimos anos pela população. “Nós superamos outras crises. Soubemos
sair das trevas autoritárias da ditadura, conquistar a anistia e depois as
eleições diretas. Conseguimos estabilizar a economia e, em seguida, promover
crescimento, com distribuição de renda e inclusão social. Reduzimos a
desigualdade, garantimos a independência dos Poderes. Mas tudo isso dentro da
regra democrática, com alternância política e com total respeito à
Constituição. Ninguém tem o direito de interromper essa caminhada e tampouco
desviar o seu rumo”, afirmou. Garantia das conquistas - O
povo, acredita o governador, não aceitará perder suas conquistas. “A nação
brasileira repudiará quem o tentar fazê-lo e marchará unida. A nós, mineiros,
cabe renovar aqui nosso permanente compromisso constitucional e nossa
inabalável fé republicana e democrática”, disse Fernando Pimentel. “Esse legado
é de todos os brasileiros e brasileiras. Não é desse ou daquele governo, deste
ou daquele partido. Mas recuperar as condições para crescimento econômico e
inclusão social só será possível se pacificarmos a arena política atualmente
conturbada, a ponto de prejudicar a própria governabilidade do país”,
salientou. Para alcançar a sonhada pacificação, no entanto, Fernando Pimentel
enfatizou a importância de se respeitar “o voto popular, o voto livre e direto
das eleições democráticas”. “A pacificação não será obtida por meio de
artimanhas jurídicas e políticas que buscam iludir a consciência da nossa
gente. Não virá também do abusivo uso dos meios de comunicação para propagar
meias verdades e teses ilusórias, instigando a intolerância e o ódio. Nada
supera o valor absoluto da supremacia do voto popular. É dele e somente dele
que advém a legitimidade dos Poderes”, finalizou o governador. –Secom
tvgazetalife@hotmail.com
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