A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa
Catarina (DIVE/SC) divulga o boletim n° 14 de Dengue, Zika e Chikungunya, com
dados até a Semana Epidemiológica n° 15 (01 de janeiro a 16 de abril de 2016). Dengue
- No período de 01 de janeiro a 16 de abril de 2016 foram notificados 9.458
casos suspeitos de dengue em Santa Catarina. Desses, 3.150 (33%) foram
confirmados (2.509 pelo critério laboratorial e 641 pelo critério clínico
epidemiológico), 4.871 (52%) foram descartados por apresentarem resultado
negativo para dengue e 1.437 (15%) casos suspeitos estão em investigação pelos
municípios. Do total de casos confirmados (3.150) até o momento, 2.870 (91%)
são autóctones, com transmissão dentro de Santa Catarina, 219 (7%) são
importados (transmissão fora do Estado) e 61 (2%) estão aguardando definição do
Local Provável de Infecção (LPI). Até o momento, conforme informações sobre o
Local Provável de Infecção (LPI) existe confirmação de transmissão autóctone de
dengue em 23 municípios de Santa Catarina: Balneário Camboriú, Bom
Jesus, Caibi, Chapecó, Coronel Freitas, Descanso,
Florianópolis, Guaraciaba, Guatambu, Itajaí, Joinville, Itapema,
Itapoá, Maravilha, Modelo, Palmitos, Pinhalzinho, São José do Cedro, São
Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Saudades, Serra Alta e Xanxerê. O
município de Pinhalzinho apresenta, até o momento, o maior número de casos
autóctones (1.979) no estado, com uma taxa de incidência de 10.585,2 casos por
100 mil habitantes. Além de Pinhalzinho, Serra Alta possui uma taxa de
incidência de 4.076,1 casos por 100 mil habitantes, Bom Jesus 1.807,9 por 100
mil/hab, Coronel Freitas 1.264,6 por 100 mil/hab e Descanso 964,1 por 100
mil/hab. A Organização Mundial da Saúde (OMS), define o nível de transmissão
epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100
mil habitantes. O acompanhamento dos casos por semana epidemiológica (SE) mostra
que, até o momento, o maior número de casos autóctones confirmados (479)
ocorreu na SE 9 (28 de fevereiro e 5 de março). No último dia 23 de março foi
confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz/SP o diagnóstico laboratorial de dengue
para o óbito de um paciente de 37 anos, residente em Chapecó, ocorrido no
último dia 13 de março. Como se tratava de um óbito suspeito de dengue foi
realizada uma investigação conjunta entre a SES/SC e a Secretaria Municipal de
Saúde de Chapecó, utilizando o Protocolo de Investigação de Óbitos por Dengue,
do Ministério da Saúde. Os resultados da investigação epidemiológica, aliada a
confirmação laboratorial do caso, confirmam o primeiro óbito por dengue grave
registrado no Estado. Comparação de casos notificados e autóctones em
2015 e 2016: Em Santa Catarina, no ano de 2016, até SE 15 (16/04) o
número de casos notificados de dengue (9.458 casos) está acima do registrado no
mesmo período em 2015 (6.199 casos), representando um aumento de 27% no
registro de um ano para outro. Já em relação aos casos autóctones, em 2016,
também considerando até a SE 15, foram confirmados 2.870 casos, enquanto que no
mesmo período em 2015 haviam sido confirmados 2.168 casos, representando um
aumento de 16% no número de casos autóctones confirmados de um ano para outro.
Em relação aos focos do mosquito Aedes aegypti, em 2016, até a SE 15,
foram identificados 4.513 focos, em 124 municípios. Neste mesmo período em
2015, tinham sido identificados 4.031 focos em 94 municípios. Atualmente, há
41 municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti:
Anchieta, Balneário Camboriú, Bom Jesus, Camboriú, Chapecó, Cordilheira Alta,
Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã, Descanso, Florianópolis,
Guaraciaba, Guarujá do Sul, Itajaí, Itapema, Joinville, Maravilha, Modelo, Nova
Erechim, Nova Itaberaba, Novo Horizonte, Palma Sola, Palmitos, Passo de Torres,
Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa, Porto União, Quilombo, São Bernardino,
São Domingos, São José, São José do Cedro, São Lourenço do Oeste, São Miguel do
Oeste, Santo Amaro da Imperatriz, Serra Alta, Sul Brasil, União do Oeste,
Xanxerê e Xaxim. Em comparação com o último boletim, houve a inclusão dos
municípios de Nova Erechim, Palma Sola, Porto União, São Domingos, São José do
Cedro e Sul Brasil. A definição de infestação é realizada de acordo com a
disseminação e manutenção dos focos. Os municípios de Bom Jesus e Descanso,
embora não tenham detectado até o momento disseminação e manutenção dos focos
de Aedes aegypti, foram considerados infestados em função da elevada taxa
de incidência de dengue em seus territórios (autoctonia). Febre de
Chikungunya - No período de 01 de janeiro a 16 de abril de 2016, foram
notificados 403 casos suspeitos de Febre de Chikungunya em Santa Catarina.
Desses, 38 (9%) foram confirmados (35 pelo critério laboratorial e 03 pelo
critério clínico-epidemiológico), 223 (55%) foram descartados e 142 (35%)
permanecem em investigação. Do total de casos confirmados (38) até o momento,
37 (97%) são importados (transmissão fora do Estado) e 1 (3%) estão aguardando
definição do Local Provável de Infecção (LPI). Em 2015 foram notificados 134
casos suspeitos de Chikungunya, dos quais 8 (6%) foram confirmados, 98 (73%)
foram descartados e 28 (21%) permanecem inconclusivos. Do total de oito casos
confirmados, um foi autóctone do município de Itajaí e outros sete foram
importados de outros estados. Esses casos foram identificados em Blumenau,
Cunha Porã, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville e São José. Zika Vírus
- No período de 01 de janeiro a 16 de abril de 2016 foram notificados 268 casos
suspeitos de Febre do Zika Vírus em Santa Catarina. Desses, 27 (10%) foram
confirmados (22 pelo critério clínico-epidemiológico e 5 pelo critério
laboratorial), 154 (57%) foram descartados e 87 (32%) permanecem em
investigação. Todos os casos confirmados (27) até o momento são importados
(transmissão fora do Estado). No ano
de 2015 foram notificados 80 casos de febre do Zika Vírus, dos quais 10 foram
confirmados pelo critério clínico-epidemiológico, sendo todos importados de
outros estados, (residentes em Itapema, Laguna, Florianópolis, Bombinhas,
Gaspar e Pomerode), e 70 foram descartados. Situação das Salas Municipais para
o combate ao Aedes aegypti/SC - A Sala Estadual para o combate ao Aedes
aegypti/SC informa que, dos 41 municípios considerados infestados, 35
implantaram a sala de situação municipal. Os municípios que passam a ser
considerados infestados estão sendo orientados sobre a implantação da mesma.
Esses municípios foram estimulados a iniciar os ciclos de visitas a todos os
imóveis existentes nas áreas infestadas e a repassarem informações semanais à
Sala Estadual sobre as ações realizadas. Além disso, os 25 municípios
considerados em situação de risco, por apresentarem aumento do número de focos
e de área de detecção, introdução do Aedes aegypti devido à proximidade com
municípios infestados com transmissão ou infestados, ocorrência de casos
isolados ou por serem polos nas regiões em que estão inseridos, foram
orientados a implantarem salas de situação. São eles: Balneário Piçarras,
Blumenau, Bombinhas, Brusque, Caçador, Caibi, Canoinhas, Concórdia, Criciúma,
Dionísio Cerqueira, Ilhota, Ipuaçu, Itapoá, Jaraguá do Sul, Luís Alves, Mondaí,
Navegantes, Palhoça, Penha, Porto Belo, São Bento do Sul, Saudades, Sombrio,
Tijucas e Tubarão. Esses municípios receberam repasse financeiro estadual em
2015/2016 para qualificar as ações de vigilância e controle vetorial. O
objetivo das salas, nesses municípios, é de desencadear ações intersetoriais,
visando diminuir o risco de infestação ou mesmo introdução do vetor. Os
municípios de Bombinhas, Camboriú, Canoinhas, Criciúma, Dionísio Cerqueira,
Ipuaçu, Luís Alves, Jaraguá do Sul, Mondaí, Navegantes, Nova Erechim, Porto
União, São Domingos e Tijucas já informaram a implantação de suas salas.
Informações sobre as visitas aos imóveis continuam sendo repassadas para a Sala
Estadual pelos municípios infestados de forma semanal. No 1º ciclo, dos 333.010
imóveis em área infestada foram realizadas visitas em 286.606 imóveis, representando
86,1% do total. No 2º ciclo de vistas, que se iniciou em 15 de fevereiro e deve
ser finalizado até o dia 15 de abril (naqueles municípios que ainda não
finalizaram), dos 333.359 imóveis em área infestada já foram realizadas visitas
em 222.127 imóveis, representando 66,6% do total. O terceiro e o quarto ciclo
de visitas serão realizados com periodicidade bimestral. Assim o terceiro será
realizado no período de 14 de março a 13 de maio e o quarto no período de 16 de
maio a 15 de julho. Além da intensificação nas visitas aos imóveis das áreas
infestadas desses 35 municípios, a Coordenação da Atenção Básica da SES/SC
emitiu a Nota Técnica nº 001/2016 e a Sala Estadual realizou uma webconferência
no dia 22/1 com os Agentes Comunitários de Saúde de todos os municípios
catarinenses. A orientação repassada foi que, na rotina das visitas aos
imóveis, devem ser priorizadas as ações de orientação para população sobre as
doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, bem como formas de evitar e eliminar
seus potenciais criadouros. Nestes municípios, os Agentes Comunitários de Saúde
visitaram 1.042.765 residências até o dia 16/4, enfocando ações de prevenção e
educação em saúde relacionada ao Aedes aegypti. Orientações para evitar a
proliferação do Aedes aegypti: Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar,
coloque areia até a borda; Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
Mantenha lixeiras tampadas; Deixe os depósitos para guardar água sempre
vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água; Plantas como
bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água; Trate a água da piscina com
cloro e limpe uma vez por semana; Mantenha ralos fechados e desentupidos; Lave
com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por
semana; Retire a água acumulada em lajes; Dê descarga no mínimo uma vez por
semana em banheiros pouco usados; Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
Evite acumular entulho, pois podem se tornar locais de foco do mosquito da
dengue. Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a
Secretaria Municipal de Saúde; Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya
ou Zika vírus, procure uma unidade de saúde para atendimento. –Secom
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