Empreendimentos que usam como “matéria prima” a
genuína cultura cuiabana e a transformam em capital empresarial. Incontáveis
são as empresas, empreendimentos e empreendedores que lançaram e lançam mão dos
mais variados aspectos da cultura como “matéria prima para seus negócios. Em
Cuiabá, onde a cultura é forte e marcante, ela é muito usada como ativo
empresarial. Os humoristas Lioniê Vitório e J. Astrevo, os famosos Nico e Lau,
tiram partido da cultura popular e fizeram dela seu principal instrumento de trabalho.
A dupla que completou 21 anos, exatamente no dia 8 de abril, aniversário de
Cuiabá, tem como meta agora atingir os grandes centros. Por isso,
diversificaram e estão também no cinema com o filme “Canhaim!Uma aventura
sinistra” e mais recentemente se tornaram garotos-propaganda da campanha Pacto
Pelo Pantanal, da WS Brasil Publicidade. Lioniê lembra que a cultura cuiabana
não era valorizada. “O siriri, o cururu, o rasqueado eram mostrados mais no
quintal do que na sala, o linguajar então, era motivo de vergonha. Hoje, saiu
do quintal, foi para a sala e está na grande mídia”, resume, destacando que é
possível trabalhar o regional com uma abrangência global, depende da linguagem.
“Se souber dosar, a gente consegue dialogar com todo mundo”, constata. O humorista
ressalta ainda a importância de ter uma visão empreendedora. “É muito
importante que o artista entenda que o trabalho é um produto e como tal precisa
ser colocado na prateleira, ser reposto com regularidade e sempre com uma nova
embalagem”, reforça. Mesmo não sendo cuiabana de “chapa e cruz”, a empresária
Rosana Pavão é uma apaixonada por Cuiabá e mais ainda pela gastronomia
regional. Há 24 anos, ela começou um “namoro” com a cultura regional e fez da
comida cuiabana seu meio de ganhar vida, criar os filhos e se desenvolver como
pessoa e empresária. Vinda do Rio de Janeiro há quase 27 anos, a serem
completados no próximo dia 21 de abril, ela começou a cozinhar por necessidade
e oportunidade e foi aprendendo com os cuiabanos a fazer as delícias da cozinha
regional. “Aos poucos, foram me ensinando o jeitinho deles, mostrando como
gostavam da comida e fui aprendendo devagar. Ter começado a trabalhar com
comida regional foi uma espécie de casamento onde é preciso estar sempre atento
ao outro”, compara. Referência em comida regional, ela conta que no início,
omitia para a família carioca sobre a atividade escolhida. “Foi uma afirmação,
uma descoberta muito bacana. Eu vi que não era vergonha cozinhar, fui me
fortalecendo, me orgulhando, afinal essa é a minha escolha, minha forma de
ganhar dinheiro, foi o que escolhi para viver”, relata com o entusiasmo dos
apaixonados pelo que fazem. O consultor do Sebrae em Mato Grosso, Carlos Wolf,
da Gerência de Projetos e Produtos, reforça o que o aspecto cultural pode fazer
de qualquer tipo de negócio porque tem a ver com a percepção do cliente e
provoca um senso de pertencimento. “Quanto mais o empresário souber colocar
isso no negócio, melhor ele se posiciona no mercado. O ativo cultural é, sem
dúvida, um diferencial competitivo”. Segundo o técnico, mesmo os negócios que
não têm a cultura como objeto, podem trabalhar a questão no entorno, no
território. - Secom
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