Evento de abertura do Encontro da Zona de Integração
do Centro-Oeste Sul-Americano (Zicosur) e da Feira Internacional de Turismo do
Pantanal 2016 foi realizado, nesta manhã, no Centro de Eventos do
Pantanal. CUIABÁ – A retomada das discussões sobre a rota alternativa para o
escoamento da produção agrícola mato-grossense via costa do Oceano Pacífico, a
integração sociocultural das populações da região central da América do Sul e o
incremento das relações econômicas entre os estados da região Centro-Oeste
brasileira, Bolívia, Norte da Argentina, Paraguai, Chile e Peru estão na pauta
do Encontro da Zicosur (Zona de Integração do Centro-Oeste Sul-Americano),
aberto, nesta manhã, pelo governador Pedro Taques e representantes desses
países, México e China. O encontro prossegue até amanhã. O Encontro da Zicosur
é um evento paralelo à Feira Internacional de Turismo (FIT) do Pantanal 2016,
que também foi aberta no Centro de Eventos do Pantanal. No auditório lotado
havia empresários e autoridades de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás,
Distrito Federal e dos países visitantes. Taques ressaltou que Mato Grosso
exporta muito milho para o Chile, mas que é embarcado no Porto de Paranaguá
(PR), tem de seguir para o sul, contornar o Estreito de Magalhães até chegar à
costa chilena. Disse que faltam apenas 315 km a serem pavimentados da rodovia
que liga Cuiabá a Santa Cruz de laSierra (Bolívia). "Vamos trabalhar
juntos para que estes 315 km sejam pavimentados”, anunciou o
governador. Há dois voos diários, a partir do aeroporto de Santa Cruz de
laSierra para Madri e Miami, informou, enquanto a viagem aérea de Cuiabá até a
cidade boliviana dura apenas 1 hora e 20 minutos. Quando o escoamento da
produção de grãos de Mato Grosso for feito pelo oeste até os portos chilenos,
passando pela Bolívia e norte da Argentina, serão economizados 15 dias para
acessar os portos chilenos e o mercado chinês, argumentou Taques. "Aqui é
a oportunidade preciosa para que possamos conversar sobre o que nos vocaciona e
a importância da América do Sul. As capitais de nossos países são importantes,
mas as zonas periféricas como o norte da Argentina, as cidades da região
central e portuárias do Pacífico também são”, destacou Rubem Costas Aguillera,
governador do Departamento de Santa Cruz de laSierra (Bolívia). O
progresso da região central da América do Sul será o equilíbrio dos países do
continente, segundo ele. O voo Santa Cruz de laSierra- Cuiabá que trouxe
Aguillera e comitiva, esta manhã, à capital mato-grossense reinaugurou a rota
internacional via Aeroporto Marechal Rondon, que passará a ter voos regulares
entre as duas capitais. Corredor de matérias primas? Para o presidente da Zicosur,
o chileno Valentin Valência, a o Encontro e a FIT Pantanal são eventos
importantes para a América do Sul e o mundo. Ele afirmou que, há décadas,
a integração acadêmica, humana e de conectividade física dos países da região
central do continente sul-americano estão adiantadas. Agora falta
integrar as rodovias, portos, entre outros. "A cabeceira de praia é a
ponta da flecha”, falou em metáfora em referência à costa do Pacífico.
"Temos de dar o salto quantitativo na interação econômica”, desafiou.
" E não vamos pensar em ser apenas um corredor de matérias primas para o
mundo”, argumentou. A integração da região central da América do Sul deve
objetivar o desenvolvimento dos povos de seus países e sua qualidade de vida,
segundo Valentin. O turismo é a primeira atividade para fortalecer os
laços comerciais e sociais entre os povos sul-americanos, segundo ele.
"Tudo depende de iniciativas como esta feira (FIT) para estabelecer um
polo de desenvolvimento para o mundo”, elogiou. Para José Guilherme Barbosa
Ribeiro, superintendente do Sebrae MT, o Encontro da Zicosur e a FIT Pantanal
2016 representam um momento de oportunidade para os estados do Centro-Oeste
brasileiro e para os países da região central da America do Sul. "Não só
devido aos interesses econômicos, mas também pelos culturais, sociais,
ambientais e de sustentabilidade”, acrescentou. "Este é um momento de
crescimento e amadurecimento em que o governador declara com determinação fazer
a aproximação entre os povos e as atividades empresariais. Acho que é uma marca
importante, pois será o início de uma nova caminhada”, ressaltou José
Guilherme. Ele se lembra, que há mais de 40 anos, quando chegou em Mato Grosso,
era comum ver empresas bolivianas comprando em Cuiabá. Com o tempo as barreiras
alfandegárias, políticas e ideológicas impediram o intercâmbio, uma perda para
a iniciativa privada. "Temos de olhar obrigatoriamente para nossos
vizinhos, para o oeste, pois não temos nem dificuldade de acesso por fronteiras
secas. Há uma perda de oportunidades incrível para Mato Grosso ficar olhando
apenas para o leste”, argumentou o superintendente. –Secom
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