Certificação foi entregue pela ministra Izabella
Teixeira nesta segunda-feira em comemoração ao Dia Mundial de Combate à
Desertificação. Em comemoração ao Dia Mundial de Combate à Desertificação (17 de
junho), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) promoveu a entrega do certificado
Dryland Champions a 16 instituições, responsáveis por projetos que combatem a
degradação do solo e a desertificação no semi-árido brasileiro. Sob o lema
"Eu sou parte da solução", a iniciativa da Convenção das Nações
Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) busca melhorar as condições de vida
das populações e as condições dos ecossistemas afetados pela desertificação e
pela seca. Na ocasião, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, entregou
o certificado e parabenizou as instituições contempladas. Ela destacou o
fortalecimento da cooperação técnica entre governo e sociedade civil, citou os
projetos de cisternas e dessalinização da água como grandes exemplos de
política socioambiental e defendeu a recuperação florestal com inclusão social.
“Passamos da agenda do problema para a agenda da solução”, destacou. Investimentos - De acordo com o
diretor do Departamento de Combate à Desertificação do MMA, Francisco Campello,
o ministério destinou R$ 100 milhões a projetos que assegurem a convivência
sustentável com a semiaridez e combatam os processos de desertificação. Os
projetos beneficiados promovem o manejo florestal da Caatinga e do Cerrado, a
segurança e a eficiência energética nas indústrias e domicílios, e a reforma da
base ambiental produtiva para regeneração de solo, reserva de água e
conservação da biodiversidade. Os recursos provêm do Fundo Clima, Fundo Nacional
do Meio Ambiente e Fundo Florestal em parceria com agentes financeiros como o
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa e o Banco
do Nordeste do Brasil (BNB). Segundo dados do MMA, estão sujeitos à
desertificação, no Brasil, 1,4 mil municípios, em 11 estados, abrangendo um
total de um milhão e 200 mil quilômetros quadrados, o que representa
aproximadamente 20% do território brasileiro. “Ações estruturantes como o
Sistema de Alerta Precoce de Seca e Desertificação (SAP), elaborado em parceria
com com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), vão possibilitar
avanços”, finalizou Campello. Além do certificado, as 16 instituições receberam
um troféu de madeira originária de manejo florestal em formato de dois pássaros
sobre um galho. O representante da organização não governamental Assessoria e
Gestão em Estudos da Natureza, Desenvolvimento Humano e Agroecologia (Agendha),
Maurício Lins Aroucha, que atua em todo o bioma caatinga, contou que o troféu
foi feito manualmente por integrantes da associação de artesãos de Santa
Brígida, na Bahia – Secom.
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