Cada vez mais presente em nosso dia a dia, com adventos
como a longa estiagem experimentada nos primeiros meses de 2014, que
comprometeu o abastecimento de água as cidades da região metropolitana do
Estado de São Paulo e o desenvolvimento de diversos produtos agrícolas, as
questões ambientais ocupam posição de destaque nas agendas política e econômica
governamental. Conservar as áreas de proteção ambiental é essencial para
garantir um ambiente saudável para as próximas gerações, alertam os
especialistas. Mas, não menos importante é criar condições para que as
comunidades que há décadas ocupam esses espaços possam se desenvolver
preservando suas tradições e identidade. “Dentre as questões ambientais, uma das mais importantes em relação à
produção agrícola é a contradição que se estabelece entre a necessidade de
conservação de importante patrimônio biofísico, com restrições às práticas
agropecuárias e agroflorestais, e a sobrevivência de comunidades que vivem em
estreita relação de dependência com a natureza”, afirmam Nilce Panzutti,
Ana Victória Monteiro, Denyse Chabaribery e Regina Petti, pesquisadoras do
Instituto de Economia Agrícola, as duas últimas já aposentadas. Com o
objetivo de oferecer subsídios para discussão do percurso social e político dos
núcleos de população formados por agricultores familiares, residentes na
Estação Ecológica Juréia-Itatins (EEJI), localizada na região Sul do Estado de
São Paulo, as pesquisadoras apresentam o artigo“Organização sociopolítica em
Área de Preservação Ambiental”, disponível no último número da revista
Informações Econômicas – Ascom.
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