A área
cultivada com lavouras transgênicas em Mato Grosso é maior do que em países
como a China e Canadá e equivalente ao cultivado na Índia. Na última safra,
entre lavouras de soja, milho e algodão, foram plantados mais de 11 milhões de
hectares. A área só é
menor que as áreas ocupadas com transgênicos dos países Estados Unidos (70,2
milhões ha), Brasil (40,3 milhões de ha) e Argentina (24,4 milhões de ha).
Na propriedade do produtor Herlan Meinke, no
município de Campo Verde, 100% das lavouras são geneticamente modificadas. Ele
fez a opção pela tranquilidade que a tecnologia traz. “Temos um ciclo muito
curto. Então, com a transgenia, em termos de pragas, conseguimos fazer com
maior tranquilidade em relação ao desenvolvimento da cultura”, destaca o produtor.
Para o Conselho de Informações sobre
Biotecnologia (CIB), uma organização não governamental (ONG) com objetivo de
divulgar infomrações técnico-científicas sobre o tema, os números reforçam o
papel de destaque ocupado por Mato Grosso na agricultura mundial. “Qualquer
pequena adoção ou pequena movimentação que os agricultores do estado tomem, têm
um impacto, uma relevância que se reflete no mercado como um todo. E na
biotecnologia não é diferente”, diz Anderson Galvão, conselheiro do CIB.
A expansão dos transgênicos fez com que a soja
convencional, com um mercado mais restrito, se valorizasse. Quem investe no
cultivo deste grão geralmente recebe prêmios pagos pelos mercados compradores
na Europa, em países como Suíça e Noruega e também na Ásia. Com a chegada definitiva da tecnologia da transgenia
ao Brasil desde 2005, é preciso, no entanto, alguns cuidados para manter sua
eficiência ao longo das safras, como o plantio de áreas de refúgio - um espaço
de plantio (cerca de 20%) com sementes convencionais que fica ao lado da área
semeada com grãos transgênicos, no intuito de diminuir as possibilidades do
surgimento de pragas resistentes às sementes modificadas – Ascom.
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