Roteiro oferece ao
turista a experiência de vivenciar o modo de vida dos moradores locais,
percorrer trilhas na mata e até participar de rituais indígenas. Imagine-se no
Brasil antes da chegada dos portugueses, em 1.500. É mais ou menos assim
que o turista se sente ao visitar o roteiro de Tucorin, no coração da Amazônia,
e caminhar pelas aldeias, acompanhar rituais indígenas, percorrer trilhas e se
banhar em cachoeiras, guiados pelos donos da casa e habitantes nativos da
região: os índios. O roteiro Tucorin: Turismo Comunitário no Baixo Rio Negro, é
um dos 23 trabalhados pelo projeto Talentos do Brasil Rural, que tem por
objetivo inserir produtos e serviços da agricultura familiar à oferta turística
brasileira. O roteiro é mais uma opção de visita aos turistas que estiverem em
Manaus para acompanhar os jogos da Copa do Mundo. Tucorin é composto por grupos
de agricultura familiar que encontraram no turismo uma forma de valorizar sua
identidade cultural, gerar emprego e renda, além de agregar valor à produção de
grupos locais. O roteiro começa com uma travessia de lancha de cerca de
uma hora, partindo de Ponta Negra, em Manaus (AM). Os roteiros de dois, três ou
quatro dias oferecem visitas às comunidades São João do Tupé, Colônia Central,
Julião, Bela Vista do Jaraqui, São Sebastião e Nova Esperança, todas inseridas
no mosaico de unidades de conservação do baixo Rio Negro. Tudo isso cercado por
um cenário de selva deslumbrante, em um dos ecossistemas mais ricos do planeta.
Em São João do Tupé, por exemplo, o turista pode entrar na maloca dos índios
Dessana, Tukana e Tuyuca e acompanhar seus rituais indígenas. Na comunidade
Colônia Central é possível hospedar-se na casa de moradores locais, dormir em
redes, caminhar pela trilha em meio à floresta e tomar banho de cachoeiras. Além
disso, os turistas poderão aprender a produzir alimentos caseiros com receitas
locais, como doces e compotas, técnicas de pesca, além de fazer artesanatos com
sementes nativas, resíduos de madeira, fibras da planta arumã e cipós tingidos.
A professora universitária Mariana Lacerda, 38, contratou um pacote de três
dias e recomenda a viagem. “A experiência foi gratificante e deixou belas lembranças.
Foi possível perceber o cuidado para que o turismo gere benefícios coletivos
por meio da da contribuição dos visitantes às associações comunitárias e às
atividades agrícolas”, disse – Ascom.
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