O volume total de leite adquirido pela indústria
brasileira, em 2013, segundo o IBGE, foi de mais de 23 bilhões
de litros. Em relação ao ano anterior, o crescimento foi de 5,6%. Em cinco
anos, o aumento chegou a 20,1%; desse total, o Estado de São Paulo respondeu
pela aquisição de 10,7% de litros do produto e o volume captado se manteve
estável, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Sob essa perspectiva,
São Paulo é o quarto estado em volume captado, tendo à sua frente Minas Gerais,
Rio Grande do Sul e Paraná. Dados do IEA, em relação à produção total do estado
dos últimos cinco anos, apontam para a estabilidade da produção com alta
significativa no último ano, quando aumentou 20,9% em relação a 2012,
alcançando 2,202 bilhões de litros, destaca a pesquisadora Rosana Pithan. A
estiagem de vários meses no período da safra, desde o fim de 2013, nas regiões
Sudeste e Centro-Oeste do país, comprometeu a qualidade e a disponibilidade de
pastagens para a produção de leite. Isso levou a produção a entrar na
entressafra, em maio, já com os preços em alta. O clima também afetou a
produção de milho e soja, principais itens da composição da ração utilizada
pela pecuária, elevando os custos desse insumo necessário para suplementar a
dieta dos animais em lactação. Outra questão enfrentada por produtores
que fazem uso de silagem é a maior dificuldade no seu preparo devido à baixa
produção e qualidade da matéria-prima disponível, que ainda precisou ser
processada antes do ponto de maturação, resultando em uma complementação de
menor qualidade e volume. Os preços médios recebidos pelos produtores de
leite do Estado de São Paulo em 2013, foram favoráveis à atividade leiteira em
toda a entressafra. Em dezembro, já em plena safra, quando seria esperado maior
volume de produção, os preços não tiveram o comportamento característico deste
período devido à frustração da produção e mantiveram-se nos níveis de agosto
certa estabilidade até abril, quando iniciaram o aumento relativo à
entressafra, partindo então de um patamar bastante elevado. No varejo,
segundo dados do IEA, os preços do leite longa vida, depois de queda no início
do período de safra, em 2013, passam a subir a partir de março de 2014.
Comparando-se os preços de 2014 com os de 2013, observa-se que em janeiro,
fevereiro, março e abril, os preços estiveram 8,6%, 4,1%, 9,5% e 7,8%
superiores, respectivamente, aos praticados nos mesmos meses do ano anterior.
Os preços de março de 2014 foram 6% maiores que os de fevereiro, e os de abril,
4% acima do mês de março, mantendo a tendência de alta, quando no ano anterior
tivemos certa estabilidade neste mesmo período – ascom.
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