Um
prejuízo de R$ 52 milhões foi evitado às instituições financeiras com a
apreensão de 104 artefatos explosivos pela Polícia Judiciária Civil de Mato
Grosso, em seis meses de investigações da Gerência de Combate ao Crime
Organizado (GCCO), na semana passada. O explosivo, equivalente a 208 quilos
aproximados, tem capacidade de destruição de 520 caixas eletrônicos e mais de
500 muros de presídios, além de vários carros-fortes. Os artefatos explosivos
foram furtados de uma empresa de cimentos, no dia 17 de janeiro, em Nobres (146
km a Médio-Norte), por um funcionário preso na semana passada pelo GCCO, com apoio de policiais da Delegacia da
Polícia Civil do município. Com o material também foi apreendido um rolo de
cordel detonador. Na ocasião, 9 caixas com 12 bananas de emulsão explosivas,
totalizando 108 unidades, foram furtadas pelo agora ex-funcionário, Allackis
Wilson Nunes Lima, 23 anos, conhecido também como “Pastelão”. Do total de
explosivos subtraídos, 4 não foram recuperados. Segundo o suspeito, teriam sido
repassadas a uma pessoa conhecida por "Branco", que já está presa por
outro crime na região de Nobres. O delegado chefe do GCCO, Flávio Henrique
Stringueta, informou que a Gerência realiza constante monitoramento de
quadrilhas que utilizam explosivos para violar caixas eletrônicos,
carros-fortes e também muros de penitenciária, como aconteceu em 20 de agosto
de 2012, quando parte do muro da Penitenciária Central do Estado foi explodido.
“As investigações são permanentes, visto que essas quadrilhas, embora tenha
diminuído sua atuação aqui em Mato Grosso, têm ultrapassado as fronteiras do
Estado para agir em outras unidades da federação”, destacou. Para Stringueta, a
maior preocupação da polícia era com o aumento de explosões de caixas
eletrônicos, o que não ocorreu, pois o suspeito não sabia como colocar no
“mercado negro” os explosivos e nem tinha contato com criminosos do ramo. Caso
tivesse sido utilizado à destruição seriam enorme e o prejuízo na casa dos
milhões. “Cada uma dessas unidades
explosivas teria condição de ser utilizada em até cinco caixas eletrônicos, se
bem utilizada”, disse. Conforme o delegado, toda investigação de crime
patrimonial há uma estimativa de prejuízo causado com a ação criminosa, a
exemplo de um terminal bancário que quando explodido causa danos também no
prédio. “A partir disso fizemos levantamento, que se fosse bem utilizado esses
explosivos, por pessoas que soubesse manusear bem, poderia causar prejuízo de
até R$ 52 milhões”, destacou. O Exército Brasileiro informou que o poder de
destruição das bananas de emulsão explosivas é muito alto, devido ao grande
impacto que provoca com o deslocamento de ar, capaz de devastar tudo o que estiver
próximo. Conforme o Exército, 104 explosivos quando utilizados por
especialistas podem ser fracionado em cinco partes, com poder de destruição de
um caixa de autoatedimento, que segundo informações dos bancos podem ser
abastecidos de 100 a 150 mil reais. Os artefatos apreendidos têm cerca de 2
quilos, 60 cm de comprimento e 6 de diâmetros. Os explosivos são utilizados em
mineradoras, pedreiras e construção civil. O material já foi encaminhado ao
Exército Brasileiro, responsável pela fiscalização aos locais que armazenam
artefatos explosivos. Dados - Em 2013, a Polícia Judiciária Civil registrou 10
ataques a caixas eletrônicos nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande (2), Santo
Antônio do Leste, Itaúba, Denise, Diamantino (2), São José do Rio Claro e Alto
Paraguai. Apenas quatro foram consumados, mas todos sofreram destruição tanto
no terminal quanto na estrutura do prédio das agências. - Ascom
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