No
segundo dia de paralisação nos Correios, 91% dos trabalhadores continuaram
trabalhando normalmente. Dos 120 mil trabalhadores da empresa, 10.438 aderiram
à paralisação. A aferição de presença é feita por meio de sistema eletrônico de
ponto. Da carga diária, 76% está sendo entregue no prazo, o que equivale a 27
milhões de cartas e encomendas — o restante pode ter atraso de até um dia. Em
Minas, 96% dos empregados estão trabalhando normalmente. A adesão ao movimento
de paralisação é quase que completamente concentrada na área de distribuição
(com apenas 3 empregados da área de atendimento em todo o Estado). A grande
maioria dos empregados que aderiram à paralisação são da Região Metropolitana
de Belo Horizonte. Para garantir a
entrega de cartas e encomendas à população, a empresa está adotando medidas
como realocação de empregados das áreas administrativas, contratação de trabalhadores
temporários, realização de horas extras e mutirões nos finais de semana. A rede
de agências no País está aberta e funciona normalmente, sendo uma alternativa
de atendimento, por meio do Banco Postal, durante a greve dos bancários. Todos
os serviços de entrega dos Correios, inclusive o SEDEX, estão disponíveis, com
exceção dos que têm “hora marcada” (SEDEX 10, SEDEX 12 e SEDEX Hoje e o
Disque-Coleta) destinados a São Paulo capital e região metropolitana,
Tocantins, Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. No Rio
de Janeiro, estão suspensos apenas a entrega de SEDEX Hoje e o Disque-Coleta. Julgamento
- O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu levar a julgamento o dissídio
dos Correios, já que não houve acordo entre a empresa e o sindicato na
audiência de conciliação realizada na última quarta-feira (19) em Brasília. A
ministra Kátia Arruda será a relatora e definirá a data do julgamento que deve
ocorrer na próxima semana. Na audiência, o TST concedeu liminar determinando que
os sindicatos garantam efetivo mínimo de 40% por unidade, sob pena de multa
diária de R$ 50 mil. Os Correios estão envidando todos os esforços para
garantir o atendimento à população brasileira e, antecipadamente, pedem
desculpas pelos eventuais transtornos que possam vir a ser causados aos
cidadãos.
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