Comunicar e vender mais, para o Brasil crescer
Nossa gigantesca preocupação com o agronegócio
hoje está totalmente conectada ao crescimento do PIB do país, e ao nosso futuro.
Perdemos-nos em meandros, em discussões de meios sem uma clarificação de
horizontes, de objetivos e de uma análise crítica sobre priorização do que deve
ser feito com um super objetivo. Quanto podemos crescer no agribusiness global
com reflexos diretos no crescimento do PIB do Brasil? E isso então gerando o
que passa a ser sagrado para o povo brasileiro, empregos, negócios,
empreendedorismo, cooperativismo, distribuição de renda e enfrentamento da
guerra deste século, a desigualdade entre ricos e pobres. O tamanho do
agro brasileiro é de cerca de 500 bilhões de dólares ao ano, aproximadamente
dois trilhões de reais, e precisamos crescer o PIB ao mínimo de 4% ao ano. E,
para isso, temos na base da massa potencial econômica do agronegócio a
principal e mais sólida fonte de riqueza para isso. Não faremos só com
volume de commodities, precisaremos de qualidade e de agregação de valor
agroindustrial, além de desenvolver dezenas de cadeias produtivas que seguem
amarradas e atadas por falta de estruturas que viabilizem acesso aos mercados
como uma ferrovia parada passando por Janaúba , Jaíba, rumo aos portos do
Nordeste, que continua como sonho dos líderes da Abanorte, Associação dos
Fruticultores do Norte de Minas. Mas para vender mais e melhor
precisamos entender e estudar as percepções sobre nossa marca Brasil e nossos
produtos nos mercados consumidores. Nesta segunda feira, no PENSA-FIA,
Fundação Instituto de Administração da USP, iniciaremos uma série de seminários
com o título: Comunicação, decifra- me ou te devoro. A partir das 18h30.e um estudo
especial sobre as percepções de stakeholders chineses será apresentado. Foram
mais de 24 mil indivíduos pesquisados em cinco distritos chineses mais
populosos por meio das redes sociais. O foco da pesquisa foi na proteína
animal. Restaurantes, o varejo chinês, autoridades políticas e econômicas,
traders e a mídia da China. Temos uma percepção confiável junto aos
traders, e até uma admiração por termos superado e vencido geografias
distantes. Porém não nos diferenciamos por qualidade, inovação e valor. Quanto
mais nos aproximamos das pontas finais do consumo, não obtemos diferenciações
qualitativas ou inovadoras. Junto à mídia chinesa, da mesma forma, somos mais
um fornecedor. As recomendações desse estudo feito pela Onstrategy
Europe e Biomarketing Brasil são: precisamos de uma consolidação da comunicação
do agro brasileiro junto aos diversos públicos consumidores. Isso permitirá
vendermos mais e, além disso, vendermos melhor, com mais valor em moeda. Não
basta volume, precisamos inovação e qualidade percebida.
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