O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) reúne
nesta sexta-feira (29), em Curitiba, médicos, psicólogos e técnicos que atuam
nas Juntas Médicas e Psicológicas da autarquia. Criadas em julho de 2015, as 12
JUMPs descentralizaram o atendimento aos usuários que não concordam com os
resultados dos exames feitos para os processos de habilitação nas clínicas
credenciadas. Com um ano de funcionamento, as Juntas têm solucionado problemas
históricos de falta de vagas e longas esperas por atendimento. Hoje, as pessoas
agendam os procedimentos, sem dificuldades, de forma gratuita. “Somos o único Detran do Brasil com um
processo de organização como este. O atendimento que realizamos é fundamental,
democrático e de utilidade pública. Os números de atendimento são expressivos e
tenho certeza de que serão ainda melhores, graças ao trabalho sério e a
qualificação constante dos envolvidos”, destacou o diretor-geral do Detran,
Marcos Traad. Até 2015, usuários
de todo o Estado só encontravam atendimento na Capital. Hoje, o serviço é
oferecido em mais quatro regiões do Paraná, nas cidades de Londrina, Sarandi,
Cascavel e Francisco Beltrão. “Quando
levamos a proposta ao governador Beto Richa, para aumentar o número de Juntas e
levá-las também para o Interior, ele acreditou na ideia e ta ransformou em
realidade. Confiamos no trabalho de cada profissional. Eles foram escolhidos
por critérios técnicos e todos têm especialização em medicina ou psicologia do
trânsito”, conta Traad. As Juntas
Médicas e Psicológicas estão previstas pela resolução 425 do Conselho Nacional
de Trânsito (Contran). Cada uma é composta por três médicos e três psicólogos. JUNTAS MÉDICAS - Com mais
profissionais, o prazo de espera pelos recursos de exames médicos caiu de 12
meses, em 2011, para menos de uma semana em 2016. O número de atendimentos cresceu
ano a ano, ainda sem as JUMPS, somando 1.066 recursos atendidos nos últimos
cinco anos. Com a criação das Juntas, em apenas um ano foram 1.353
atendimentos. “As Juntas têm
ajudado muito a população. Com mais opções de cidades, conseguimos distribuir os
serviços e agilizar os atendimentos. Além disso, sem a Junta na Região Norte,
por exemplo, o usuário tinha que viajar até Curitiba e gastar com hospedagem e
deslocamento. Então, ele preferia não recorrer”, avalia o médico Edson Luiz
Consalter de Melo, que atua na Junta de Sarandi. O exame é composto de exame físico
completo, além da análise de histórico médico, pareceres e exames trazidos pelo
candidato. A duração média é de 20 minutos. A avaliação é realizada
conjuntamente por três peritos especialistas na área e segue normas específicas
do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). JUNTAS
PSICOLÓGICAS - Entre 2010 e 2012, não aconteceram avaliações psicológicas no
Paraná. Sem psicólogos suficientes, o tempo de espera era grande, não havia
previsão de atendimento e os usuários desistiam de recorrer. A partir de 2012,
com uma única Junta funcionando, o prazo variava de 2 a até 6 meses de espera
e, nos últimos cinco anos, apenas 300 pessoas conseguiram atendimento. Já com
novas Juntas, foram recebidos 630 usuários em um ano. “As JUMPS são importantes ferramentas
para o cidadão que não concorda com os resultados do exame de aptidão física e
mental ou da avaliação psicológica. É um direito do usuário e facilitar o
acesso a este direito é essencial”, lembra a psicóloga, Lauana Edina Brunn, que
trabalha na Junta de Francisco Beltrão. A avaliação é composta de entrevista
psicológica, com duração aproximada de uma hora, seguida pelos testes
psicológicos, com duração aproximada de duas horas. TREINAMENTO - Durante todo
o dia, os médicos, psicólogos e servidores administrativos do Detran que atuam
nas Juntas participam de debates e discussões sobre temas e atividades do dia a
dia que mais geram dúvidas ou questionamentos. No caso dos médicos, por
exemplos, devem ser tratadas questões específicas em ortopedia, oftalmologia e
psiquiatria. Já os psicólogos terão palestra com uma profissional convidada. “A intenção é fazer uma análise dos
avanços obtidos nestes doze meses e solucionar qualquer tipo de problema que
possa aparecer. Algumas Juntas funcionam há alguns meses e os funcionários
podem aprender com a experiência dos profissionais que trabalham há mais tempo.
É uma oportunidade de melhorar”, explica o coordenador das JUMPs, Gustavo
Fatori. – Secom
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