Mais de 120 mil pessoas, em 53 municípios do
semiárido brasileiro, já foram beneficiadas pelo Programa Água Doce (PAD), uma
ação do governo federal, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), que
tem como objetivo estabelecer uma política pública permanente de acesso à água
de qualidade para consumo humano, por sistemas de dessalinização. Nesta
quinta-feira (15/12), o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano
(SRHU/MMA), Jair Tannús, participou da III Reunião de Acompanhamento da
Execução do Programa Água Doce, em Fortaleza. Durante o evento, as dez unidades
da federação que fazem parte do PAD apresentaram o estágio de execução do
programa. “Tivemos aqui oportunidade de trocar experiências. Esse tipo de
encontro é muito importante para que os coordenadores estaduais possam colocar
as boas práticas em ação nos estados”, comentou Tannús. O secretário
ressaltou que o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, está empenhado para
que, no próximo ano, o programa tenha os recursos financeiros necessários, não
só para sua continuidade, mas também para ampliação da iniciativa. “Nessa
segunda etapa vamos ganhar em escala, tendo em vista que o diagnóstico já foi
feito em vários estados e municípios”.AVANÇO - O programa está
investindo cerca de R$ 254 milhões em diagnósticos, gestão e implantação de
1.200 sistemas de dessalinização em todos os estados do Nordeste e em Minas
Gerais. Até o momento, 302 comunidades em todo o semiárido brasileiro estão com
sistemas de dessalinização em funcionamento, além de 3.838 comunidades
diagnosticadas em 305 municípios. Jair Tannús destacou que esse foi um ano
de avanço na execução do programa e afirmou que o próximo será ainda melhor.
Quase 80% dos recursos financeiros já foram aportados. “Atualmente são seis
estados com obras em andamento e, no próximo ano, os outros quatro também
deverão iniciar a execução. Com isso, conseguiremos atingir a meta de entregar
os 1.200 sistemas até 2018. Esse é o nosso desafio”. Durante a abertura do
evento, o secretário de Recursos Hídricos do Ceará, Francisco José Teixeira,
disse que o Água Doce alcançou êxito por causa da integração e por atingir as
populações mais necessitadas. “O programa é quase uma política pública e tem
que ser consolidado dessa forma. Se avançarmos nesse sentido, conseguiremos
universalizar o suprimento hídrico das populações do semiárido brasileiro”,
destacou o secretário. INOVAÇÃO - O Programa Água Doce
está em constante aperfeiçoamento. Um exemplo disso é o projeto piloto que
funciona a partir de energia solar, implantado no Rio Grande do Norte. Segundo
o coordenador nacional do programa, Renato Ferreira, a previsão é ampliar o
número de sistemas de dessalinização alimentados com energia solar
fotovoltaica, o que dará maior autonomia para as comunidades e menor custo para
a operação dos sistemas. O PAD conta com uma rede de cerca de 200
instituições, envolvendo dez estados (Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe,
Ceará, Paraíba, Bahia, Maranhão, Piauí, Pernambuco e Minas Gerais), além de
parceiros federais, estaduais, municipais e da sociedade civil – Secom.
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