APAS acredita em melhora nas vendas nos próximos
meses. O faturamento real dos supermercados no Estado de São Paulo
(deflacionado pelo IPS/FIPE) no conceito de mesmas lojas – que considera as
lojas em operação no tempo mínimo de 12 meses – registrou queda de 2,15%, de
janeiro a maio de 2016 em relação ao mesmo período de 2015. Em maio houve queda
de 5,14% nas vendas em relação ao mesmo mês de 2015, e em comparação com abril
de 2016 houve retração de 1,58%. Já no conceito de todas as lojas – que
considera todas as lojas criadas no período pesquisado – houve queda de 2,47%,
de janeiro a maio de 2016 em relação ao mesmo período de 2015. Em maio houve
queda de 4,91% em relação ao mesmo mês de 2015, e retração de 1,74% em relação
a abril. Conforme explicou o gerente de Economia e Pesquisa da APAS, Rodrigo
Mariano, o cenário econômico continua a impactar negativamente as vendas do
setor supermercadista ao longo de 2016. “A junção de desemprego elevado, queda na
renda e inflação ainda são entraves para o desempenho do consumo das famílias”,
disse. Ele ressaltou ainda que o ritmo das vendas apresenta tendência de
estabilidade das quedas, o que pode contribuir para uma desaceleração menor ao
longo dos próximos meses. Já o faturamento real dos supermercados no Estado de
São Paulo (deflacionado pelo IPCA/IBGE) no
acumulado de 2016 em relação ao mesmo período de 2015 apontou ligeira alta de
0,63% no conceito de mesmas lojas. Em maio houve queda de 1,59% em relação ao mesmo
mês de 2015 e queda de 1,56% em relação a abril. No conceito de todas lojas
registrou alta de 0,31% de janeiro a maio em relação ao mesmo período de 2015.
Em maio houve queda de 1,35% em relação ao mesmo mês de 2015 e retração de
1,72% em relação a abril. O faturamento nominal dos supermercados no Estado de São Paulo no acumulado de
janeiro a maio de 2016, em relação a 2015, teve alta de 10,49% no conceito de
mesmas lojas. Em maio a alta foi de 7,58% em relação ao mesmo mês de 2015 e
houve ligeira queda de 0,80% em relação a abril. No conceito de todas lojas
houve alta de 10,14% de janeiro a maio em relação a 2015. Em maio a alta foi de
7,85% em relação ao mesmo mês de 2015 e houve queda de 0,96% em relação a
abril. O economista comentou que, diante deste quadro de baixo consumo e
consequente queda nas vendas, as empresas têm buscado alternativas para
enfrentar o momento como, por exemplo, promoções, “Este cenário prejudica a
margem do setor, que é inferior a outras atividades econômicas. A junção de redução
de vendas com alta dos custos por conta, principalmente, de preços
administrados, força o setor a intensificar ações para que a margem não seja
afetada de maneira expressiva, contribuindo assim, para a estabilidade do
negócio”, explica. Expectativas - A expectativa para este segundo semestre de
2016 é de um desempenho melhor que 2015, mesmo diante de um cenário econômico
instável para o Brasil, segundo Mariano. “A inflação tende a permanecer em alta
ao longo do ano, mesmo apresentando redução em relação a 2015, já que não deve
atingir novamente os dois dígitos. O emprego e a renda serão pontos de
preocupação, já que são variáveis que impactam diretamente no setor
supermercadista”, finaliza. Sobre a APAS – A
Associação Paulista de Supermercados representa o setor supermercadista no
Estado de São Paulo e busca integrar toda a cadeia de abastecimento. A entidade
tem 1.328 associados, que somam mais de 2.830 lojas. –Secom
tvgazetalife@hotmail.com
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