O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) destinam até R$
3,58 bilhões para dois programas voltados à inovação, nos setores de química e
de mineração: o Plano de Apoio ao Desenvolvimento e Inovação da Indústria
Química (PADIQ) e o Plano de Desenvolvimento, Sustentabilidade e Inovação no
Setor de Mineração e Transformação Mineral (Inova Mineral).As duas instituições
anunciaram nesta terça-feira, 2, os 27 planos de negócios já selecionados para
o PADIQ, que totalizam investimentos de R$ 2,4 bilhões, e o lançamento do
edital, que ocorrerá esta semana, para seleção de planos de negócios a serem
apoiados pelo Inova Mineral, programa que destinará ao setor R$ 1,18 bilhão.Os
dois programas financiarão investimentos em inovação voltados para projetos
sustentáveis, que incluem, por exemplo, redução de emissão de poluentes,
eficiência energética, além de recuperação e conversão de resíduos agrícolas e
subprodutos industriais em produtos químicos com vasta aplicação em bens de
consumo, tais como tintas, cosméticos e peças de plásticos. Entre os planos selecionados do PADIQ
estão investimentos que vão desde pesquisa, desenvolvimento e inovação para
substituição de produtos potencialmente alergênicos ou carcinogênicos, em
aplicações que incluem artigos infantis como mamadeiras e chupetas,
desenvolvimento de fibras de carbono para os setores aeroespacial,
automobilístico, esportes, industrial (como o de petróleo e gás) e o eólico,
até o desenvolvimento de fragrâncias a partir de frutas, flores e plantas
brasileiras.O Inova Mineral apoiará planos de negócios para desenvolvimento,
entre outros, de tecnologias de produção de materiais aplicados na geração de
energia solar e eólica, e em dispositivos acumuladores de energia, essenciais,
por exemplo, para o desenvolvimento do mercado de carros elétricos. Tais
materiais, à base de silício, lítio e terras raras, são determinantes para a
evolução desses setores, que trarão impactos ambientalmente positivos.O avanço
tecnológico em baterias de íon de lítio, por exemplo, tem permitido o
desenvolvimento de acumuladores de energia menores e mais eficientes para
armazenamento de eletricidade gerada por paineis solares instalados em
residências e prédios comerciais. Outro importante foco de apoio são as
tecnologias dedicadas à recuperação e ao reaproveitamento de resíduos da
mineração, métodos mais sustentáveis de deposição e monitoramento e controle de
riscos ambientais e de barragens.PADIQ –
O programa recebeu 62 planos de negócios, no valor total de investimentos de R$
2,9 bilhões para o período de 2016 e 2017. Do total, 27, que totalizam R$ 2,4
bilhões em investimentos, foram selecionados para apoio com instrumentos do
BNDES e da FINEP, em seis linhas temáticas: químicos a partir de fontes
renováveis, que recebeu a maior parte da indicação de suporte (70%); fibras de
carbono (11%); insumos para higiene pessoal e cosmético (10%); aditivos químicos
para alimentação animal (5%); aditivos químicos para exploração e produção de
petróleo (3%); e derivados de silício (1%). Entre
os planos de negócios selecionados de todo o país, 12 foram apresentados por
Micro, Pequenas e Médias empresas (MPME), três por média-grande e outros 12 por
grandes empresas. Com o apoio
financeiro do BNDES e da Finep, que ocorrerá com base nas linhas de
financiamento, programas e fundos já existentes nas duas instituições, o PADIQ
demonstrou condições de atrair investimentos em fábricas de escala
mundial e desenvolver produtos atualmente não produzidos no país. Inova Mineral – O programa tem como objetivo o
fomento e a seleção de planos de negócios com foco em inovação e
sustentabilidade, utilizando linhas e instrumentos de apoio do BNDES e da
Finep. O Inova Mineral apoiará o setor, selecionando planos inseridos nos
seguintes temas, definidos de acordo com oportunidades identificadas junto a
empresas, Instituições Científicas Tecnológicas (ICTs) e demais agentes do
setor: Tecnologia, diversificação
e competitividade em minerais “Portadores de Futuro”, com foco em materiais de
alto desempenho; Ampliação da oferta
de Fosfato e Potássio e redução do déficit comercial de fertilizantes; Tecnologias de processo mineral para competitividade
e desconcentração de mercado; Redução
e mitigação de riscos e de impactos ambientais; Adensamento da cadeia via desenvolvimento
e absorção de tecnologias.Poderão participar do processo
de seleção empresas brasileiras, além de Instituições Científicas Tecnológicas
(ICTs) interessadas na formalização de parcerias em projetos de empresas
proponentes de planos de negócio. Os Planos de Negócio deverão ter valor
mínimo de R$ 5 milhões, prazo de execução de até 60 meses, e deverão ser
desenvolvidos no território nacional. O prazo para apresentação de Planos de
Negócios começa em 1 de setembro de 2016.–Secom
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