Cerca de 1,5 mil pessoas com mais de 55 anos
participam das atividades oferecidas pela Universidade da Terceira Idade no
Paraná, programa desenvolvido pelas universidades estaduais, que oferece a
possibilidade de uma educação continuada, associada a atividades culturais e de
lazer. O programa recebe recursos do Governo do Estado. Na semana em que se
comemora o Dia dos Avós (26 de julho), a mudança do perfil da população idosa
no Paraná e no Brasil chama a atenção. No país, cerca de 12% da população tem
acima de 60 anos. As universidades desenvolvem um trabalho criativo, para
atender às necessidades de uma população que cresce e continua ativa
proporcionando conhecimento e melhoria na qualidade de vida. MinorNagabe, 62 anos, participa da
Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati) da Universidade Estadual de
Maringá (UEM), desde quando se aposentou, em 2010. Ele conta que muita coisa
mudou na sua vida, principalmente no relacionamento com as pessoas da mesma
faixa etária. “Eu queria estudar porque sempre gostei, mas antes não tinha
tempo disponível. Aqui eu conheci pessoas dispostas a trabalhar em projetos
dentro da comunidade e isso me motivou muito”. Esposa de Minor, Jussara Nagabe, 65
anos, frequenta a Universidade da Terceira Idade há dois anos e lembra que sua
motivação foi a possibilidade de ter contato com outras pessoas. “Na Unati eu
convivo com professores e alunos e, além disso, acredito ser importante estar
ativo. Vejo como um meio de muitos avôs e avós, que acabam se dedicando somente
a cuidar de netos, a saírem de casa, fazer amizades e adquirir conhecimento”,
afirma. EXPECTATIVA DE VIDA - De acordo com a coordenadora da Unati na
Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Maria Regina da Silva
Vargas, o programa possibilita mais qualidade de vida aos idosos. “Devido ao
aumento da expectativa de vida no país, o número de idosos cresceu e a Unati é
um espaço no qual são oferecidos vários cursos que podem auxiliar nas
atividades físicas e cognitivas. A interação entre idosos e a comunidade é uma
troca e procuramos equilibrar conhecimento e lazer, para melhorar o bem-estar
dessas pessoas”. EXTENSÃO - A
primeira universidade estadual a adotar o programa foi a UEPG, de Ponta Grossa,
em 1992. Cinco anos mais tarde, a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro)
também aderiu ao sistema Unati como projeto de extensão permanente, começando
suas atividades no ano seguinte. A Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e
Letras de Paranaguá (Fafipar), que atualmente integra a Unespar, deu início ao
programa de extensão com duração prevista de um ano e meio, em 1999. Com a
contínua procura do projeto pelos idosos, criou-se então, em 2002, a
Universidade Continuada. A Universidade Estadual de Maringá (UEM) aderiu ao
programa em 2009. Entre as
disciplinas e atividades ofertadas estão filosofia, sociologia, direito
previdenciário, economia e meio ambiente, aulas de inglês, de informática, além
de diversas atividades culturais e de lazer. –Secom
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