Pioneiro no Brasil, o Batalhão de Operações Aéreas
(BOA), do Corpo de Bombeiros Militar Santa Catarina, já atendeu 4.076 pessoas
diretamente, em média 680 por ano, desde sua criação em fevereiro de 2010. O
serviço oferece à população uma estrutura de apoio aéreo com quatro aeronaves,
chamadas de Arcanjo, sendo dois helicópteros e dois aviões, atendendo todas as
regiões de Santa Catarina. Os helicópteros, um em Florianópolis e outro em
Blumenau, são usados nas operações de busca, resgate, salvamento, pré-hospitalar
e monitoramento ambiental. Já os aviões, os dois na Capital, são usados no
transporte de tropas, de órgãos para transplante e de pacientes entre
hospitais. A tropa do Batalhão é composta por 19 pilotos, 17 tripulantes
operacionais efetivos, cinco apoio solo, além da equipe do Grupo de Resposta
Aérea de Urgência composta por 19 médicos e 13 enfermeiros com experiência em
suporte avançado aeroespacial. Durante os seis anos, até junho de 2016,
chegaram a 4,6 mil missões com mais de 3,7 mil horas de voo. O maior número de
ocorrências registrado durante esses anos são os com envolvimento em acidentes
de trânsito com 895, em seguida para os casos de emergência cárdio-vascular e
respiratório de 720 e em terceiro para quedas e fraturas ou traumas chegando a 623
casos. O subcomandante do BOA, o tenente-coronel Diogo Bahia Losso, explicou
que o helicóptero Arcanjo é acionado quando a ocorrência é grave ou distante.
“A partir do momento que ligam para a central de emergência do Corpo de
Bombeiros pelo 193 ou para o Samu no 192, os atendentes verificam a gravidade,
onde a rapidez do helicóptero vai fazer com que o atendimento seja priorizado”.
Losso disse ainda que o tempo para atendimento pode chegar a 15 minutos na
Grande Florianópolis, 20 em Porto Belo ou Imbituba e 35 em Alfredo Wagner. “Não
adianta só chega rápido e sim com uma unidade de suporte avançado, como se
fosse uma UTI, formada por um médico e enfermeiro. Os procedimentos que seriam
realizados na sala de emergência do hospital são realizados na rua”. O BOA atua
em todo o Estado e os atendimentos primários estão concentrados na região da
Grande Florianópolis, onde tem uma aeronave baseada na Capital e uma ao Vale do
Itajaí, em Blumenau. “Se houver uma emergência, por exemplo, em São Miguel do
Oeste e que o tempo resposta assim permita, a aeronave pode ser deslocada para
lá”, detalhou Losso. Para combate a incêndio em florestas o Batalhão possui um
equipamento chamado Bambi Bucket, que é um cesto que carrega 500 litros de
água. No caso de incêndios urbanos, o Arcanjo pode ser utilizado com outro
equipamento, que é um cesto de salvamento para retirada de pessoas que estejam
no topo de um edifício. As aeronaves têm capacidade de transportar seis pessoas
sendo piloto, copiloto, um tripulante que é bombeiro militar, um médico e um
enfermeiro do Samu. O sexto passageiro é para uma possível vítima no caso de
transporte até o hospital. - Secom
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