Procedentes de Madri, na Espanha, o governador
Raimundo Colombo, o secretário de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto
Virmond Vieira, e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gelson
Merísio, desembarcaram em Seul, por volta das 16h deste domingo (horário
sul-coreano), para dar continuidade às negociações para venda de carne suína de
Santa Catarina para a Coreia do Sul. O diretor financeiro e de relações com
investidores da Celesc, José Carlos Oneda, também faz parte da delegação
catarinense.Ainda no Aeroporto Internacional de Incheon, a 30 minutos da
Capital, a missão catarinense foi recebida pelo embaixador do Brasil, Luis
Fernando Serra. O embaixador manifestou-se entusiasmado com o sucesso das
tratativas realizadas pelo Governo de Santa Catarina.O secretario da
Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, o médico veterinário do Instituto
Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), Diogo Ramôa Ramos, e o presidente
do Sindicato da Indústria de Carnes de Santa Catarina (Sindicarnes), Ricardo
Gouveia, que fazem parte da missão de SC, estão em Seul desde o último
sábado.No hotel, no início da noite deste domingo, o governador Colombo e o
secretario Moacir Sopelsa discutiram detalhes da agenda prevista para esta
segunda-feira para dar continuidade às negociações, processo que está em
andamento desde 2009, quando a primeira missão técnica catarinense esteve em
Seul.Em 2011, o governador Raimundo Colombo visitou a Coreia do Sul para dar
prosseguimento aos contatos com representantes do governo sul-coreano. No mesmo
período, Colombo esteve em Tóquio, no Japão, que, a partir de 2013, começou a
importar carne suína de SC.Nesta segunda-feira, estão previstos dois encontros
na cidade de Sejong, a três horas de ônibus de Seul. O primeiro contato será na
sede do órgão de controle sanitário da Coreia do Sul, a partir das 11h, horário
local. A segunda reunião, marcada para as 16h, será com o diretor-geral do
escritório de Cooperação Internacional do Ministério da Agricultura, Kim
Duk-ho.O presidente do Sindicarnes, Ricardo Gouveia, disse ao governador que
Santa Catarina já tem o certificado sanitário internacional e o sistema de
defesa animal praticamente aprovados pela Coreia do Sul. Se a exportação for
autorizada, Gouveia projeta a comercialização de pelo menos 30 mil toneladas de
carne suína por ano, um volume considerado excelente.O secretário Moacir
Sopelsa informou que os próximos passos preveem que uma missão sul-coreana irá
a SC para habilitar os frigoríficos que exportarão a carne suína. Além de ter o
certificado de zona livre de febre aftosa, Santa Catarina também obteve o selo
de área livre de peste suína clássica, designado pela Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE), com sede em Paris.O governador Raimundo Colombo disse estar
otimista com o avanço nas negociações com a Coreia do Sul. “Conseguir a
liberação da Coreia do Sul para a exportação da carne suína de Santa Catarina é
uma grande conquista, não só para a suinocultura, mas para as relações entre os
sul-coreanos e os catarinenses”, destacou Colombo, ao lembrar que o estado já
consolidou as exportações para o Japão.O estado de Santa Catarina é o maior
produtor e exportador nacional de carne suína do Brasil. São cerca de dez mil
criadores integrados às agroindústrias e independentes, que produzem anualmente
cerca de 850 mil toneladas de carne suína. Entre os atuais principais países de
destinos da carne suína catarinense, estão Rússia, China, Angola, Cingapura,
Chile, Japão, Uruguai e Argentina.–Secom
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