Grupos produtivos formalizados no sistema de
cooperativismo recebem auxílio, capacitação e orientações do Governo de Minas
Gerais para conquistarem mercados com qualidade. Diminuição dos custos
operacionais, aumento do poder de negociação e possibilidade de agregar valor à
produção. Estas são algumas das vantagens viabilizadas por um sistema de
produção e trabalho que busca a união de esforços para atingir objetivos comuns:
o cooperativismo. Em Minas Gerais, agricultores familiares, pequenos e médios
produtores encontram apoio do Governo do Estado para se constituírem e se
qualificarem enquanto cooperativa e, assim, aumentar seus ganhos. “As
cooperativas possibilitam que um agricultor consiga atingir mercados que muitas
vezes só uma grande empresa conseguiria. É uma forma competitiva de o pequeno
ter o poder de um grande, por meio da união”, destaca o superintendente de
Artesanato, Cooperativismo e Apoio ao Setor Terciário da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico
(Sede),
Fernando Passalio. Os números mostram a força do cooperativismo para o
desenvolvimento da economia e do setor produtivo do estado. Atualmente, existem
792 cooperativas cadastradas no Sindicato e Organização das Cooperativas do
Estado de Minas Gerais (Ocemg), que abrangem 1.282.665 cooperados e empregam
mais de 35 mil pessoas. Em 2015, o PIB do cooperativismo mineiro foi de R$ 32,9
milhões, e Minas Gerais era o segundo estado com mais cooperativas no país,
atrás apenas de São Paulo. Reguladas pela Lei 5.764/71, que definiu a
Política Nacional de Cooperativismo e instituiu o regime jurídico das
cooperativas, as cooperativas são associações de pessoas com interesses comuns,
economicamente organizadas de forma democrática, isto é, com a participação
livre de todos e respeitando direitos e deveres de cada um de seus cooperados,
aos quais prestam serviços, sem fins lucrativos. Por meio da Superintendência
de Artesanato, Cooperativismo e Apoio ao Setor Terciário, a Secretaria de
Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) incentiva a cultura cooperativista
no estado e apoia a criação dos grupos, oferecendo auxílio aos interessados.
“Apesar de estar muito ligada ao agronegócio, por ser um dos ramos mais fortes
do cooperativismo no país, existem 13 ramos de cooperativas, como, por exemplo,
saúde, trabalho, educação, entre outros”, explica Passalio. A superintendência
da Sede faz visitas aos territórios e oferece apoio aos produtores,
disseminando o sistema. “Quando unidos em uma cooperativa, eles têm seu alcance
de mercado potencializado. Porém, é importante saber que a cooperativa funciona
como qualquer outro negócio, precisa de gestão. Assim, trabalhamos com os
grupos questões como gestão, estrutura e organização, enfim, dando toda esta
consultoria e suporte”, conta Passalio. Um exemplo da força que as cooperativas
podem alcançar é a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé),
que possui mais de 12 mil cooperados, sendo mais de 80% deles pequenos
produtores que vivem da agricultura familiar, e opera em Nova York e outros
mercados internacionais. Localizada em Guaxupé, no Sudoeste mineiro, a Cooxupé
é considerada a maior cooperativa de cafeicultores do mundo. Observatório
mineiro - Para promover o cooperativismo e o
desenvolvimento do setor produtivo no estado foi criado ainda o Observatório
Mineiro de Cooperativismo, parceria entre a Sede e a Universidade Federal de
Viçosa. A iniciativa reuniu pesquisadores e entregou cinco proposições a partir
de pesquisas feitas em cooperativas mineiras. “Este projeto culminou em um
relatório de proposição de políticas públicas, que vai nortear nosso trabalho
daqui para frente, inclusive no âmbito do Conselho Estadual do Cooperativismo -
Cecoop”, diz Fernando Passalio. - Secom
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