Brasília,
01/08/2013 – O serviço de segurança pública empregado no Rio de Janeiro, na
última semana de julho, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2013 e
visita do papa Francisco ao Brasil, foi considerado ótimo ou bom por 78,9% dos
4.450 entrevistados em pesquisa da COPPE/UFRJ sob encomenda do Ministério do
Turismo. O resultado final divulgado hoje (1º) mostra que a avaliação do
público para este item só perdeu para as “opções de lazer” oferecidas pela
capital fluminense, com 80,7%. O plano de segurança envolveu os Ministérios da
Defesa e Justiça, além dos governos do Estado e do Município do Rio. Somente
nos dias 27 e 28 de julho, quando ocorreram as cerimônias de encerramento da
JMJ, as Forças Armadas atuaram na Praia de Copacabana com 10,2 mil militares.
No decorrer da Jornada, militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica se
empenharam nos dez eixos de defesa estabelecidos pelo governo brasileiro. As
Polícias Federal e Rodoviária Federal, além da Força Nacional de Segurança
Pública (FNSP), trabalharam com as Polícias Militar e Civil, bem como Corpo de
Bombeiros e guarda municipal. “Esses números reforçam ainda mais a nossa
avaliação feita no início da semana. Foi um enorme êxito e essa avaliação
merece ser dividida com todos aqueles que participaram da execução da segurança
pública”, avaliou o ministro da Defesa, Celso Amorim. O terceiro item melhor
avaliado pelos entrevistados foi “bares e restaurantes”, com 72,9%, seguido de
“sinalização turística”, com 68.4%. Os serviços de transporte público – metrô,
ônibus e táxi – tiveram as piores avaliações. Nos primeiros dias da JMJ, os
peregrinos enfrentaram filas para tomar um ônibus ou ter acesso às estações do
metrô. Os pesquisadores fizeram 3,1 mil entrevistas com brasileiros e 1.350 com
estrangeiros. Grandes números - De acordo com os resultados finais, a JMJ 2013
contou com 3,7 milhões de participantes de 175 países – inclusive com
representantes de todos os 26 estados e o Distrito Federal. O evento foi o
maior encontro de turistas numa única cidade e contou também com 60 mil
voluntários. O meio de hospedagem principal foi o voluntário, onde os
visitantes ficaram em residências de católicos ou em centros colocados à
disposição pela igreja. A pesquisa também apontou o perfil dos participantes:
51,5% masculino e 48,5% feminino; 82,4% solteiro; 55,7% com até 27 anos; 32%
com ensino superior incompleto e 38,1% estudantes. Outro dado importante é que
33,9% dos entrevistados têm renda familiar mensal acima de R$ 2,1 mil e R$ 4,8
mil. O avião foi o meio de transporte utilizado por 49,4% dos entrevistados,
enquanto 34,1% chegaram ao Rio por ônibus fretado. Os pesquisadores quiseram
saber também a forma de organização dos participantes da Jornada. Para 71,1%
dos entrevistados, a participação foi na companhia de grupos religiosos e 17,7%
estiveram junto de parentes e amigos. Outra indagação da pesquisa foi sobre se
a JMJ do Rio foi a primeira vez que levou o cidadão a realizar o turismo
religioso: 45,8% disseram que sim; 14,6% informaram que estão pela segunda vez
e 39,6% participam por três vezes ou mais. De acordo com o Ministério do
Turismo, a Jornada deve ter possibilitado ao país movimentação de R$ 1,8
bilhão. Para 58% dos entrevistados, o fato de a JMJ ter sido realizada na capital
fluminense influenciou na decisão de participar do evento. Dos entrevistados,
72% foram ao Rio pela primeira vez e 95,1% pretende retornar à cidade outra
vez.
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