O
Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista – IqPR
encerrou o mês de março em alta de 0,44%, de acordo com o Instituto de Economia
Agrícola (IEA-Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
Os produtos que registraram as maiores altas no período foram: laranja para
mesa (24,51%), batata (18,64%), banana nanica (17,89%), feijão (10,79%),
algodão (9,75%) e tomate para mesa (9,43 %). A escassez de laranja de qualidade
e o aumento da demanda com o fim das férias escolares, associados à menor
concorrência com final de safra de outras frutas típicas do verão, propiciaram
o reajuste nos preços recebidos pelos citricultores, afirmam os pesquisadores
Danton Leonel de Camargo Bini, Eder Pinatti e José Alberto Angelo. Para a
batata, os preços são influenciados pela demanda derivada dos hábitos de
consumo da semana-santa. A banana nanica recuperou, em parte, os preços que
estavam muito baixos entre os meses de janeiro e fevereiro. A maior demanda com
o início das aulas escolares contribuiu para esta valorização. No caso do
tomate para mesa, as chuvas geraram perdas na colheita, com impacto conjuntural
no abastecimento do produto, elevando seus preços. Os produtos que apresentaram
as maiores quedas de preços neste mês foram: amendoim (19,19%), carne suína
(6,61%), leite C (5,48%) e carne de frango (5,32%). Os bons preços do mês de
fevereiro aceleraram a colheita da safra recorde de amendoim, colocando assim
uma quantidade muito grande do produto no mercado que, consequentemente,
reduziu os preços recebidos pelos produtores. Para a carne suína e carne de
frango, a redução do consumo no período - os preços altos na concepção dos consumidores
associado ao período da quaresma, resultou na queda dos preços pagos aos produtores.
Acumulado dos últimos 12 meses - De abril a setembro de 2012, o IqPR manteve a
tendência de alta, em virtude de reajustes como os do arroz, feijão, batata e
soja. Já nos meses de outubro e novembro, ancorados pela desvalorização da
laranja e inversão nos preços da soja, o índice apresentou ligeira queda. Em
dezembro, volta a ter ascensão, devido ao reajuste da demanda ocasionada pela
maior circulação monetária com o 13º salário. Após estabilização em janeiro,
elevam-se novamente em fevereiro e março/13 com as altas dos produtos perecíveis.
Assim, de março de 2012 a março de 2013, puxado principalmente pelos produtos
animais, o IqPR no acumulado tem alta de 8,34%. O comportamento dos preços
agropecuários paulistas é fortemente influenciado pelo preço da cana-de-açúcar.
Quando se exclui esse principal produto da agropecuária paulista, ainda que o
índice continue seguindo as mesmas linhas de tendências para o IqPR e IqPR-V
(vegetais), as oscilações nos índices são em maiores proporções, tanto para
cima como para baixo. Assim, no acumulado, o índice, sem a cana, registra alta
bem superior: 21,19%, puxados principalmente pelo tomate e a batata, e com
exceção do café, os grãos também contribuíram para alta do índice. Manifestaram
preços com incrementos em patamares mais elevados que a inflação acumulada para
os últimos 12 meses, medida pelo IPCA-IBGE: tomate para mesa (302,57%), batata
(263,32%), trigo (59,67%), carne de frango (51,02%), ovos (39,17 %), arroz
(38,51%), carne suína (32,38%), feijão (26,97%), algodão (21,05%), soja
(19,34%) Em menor expressão variaram também positivamente: milho (6,55%),
laranja para mesa (5,15%), carne bovina (3,11%), leite B (2,65%) e amendoim
(1,62%) (Tabela 2). Apresentaram reduções de preços os seguintes produtos:
banana nanica (27,40%), café (25,60%), cana-de-açúcar (5,36%) e leite C (1,46%)
(Tabela 2). - Secom
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