A
diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Marília
Carvalho de Melo, foi sabatinada na manhã desta terça-feira (09/04) por
comissão especial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), criada para
analisar a indicação da diretoria ao cargo na autarquia. A indicação de Marília
Melo recebeu parecer favorável. A diretora-geral foi arguida publicamente e
logo em seguida recebeu a recomendação, lida pelo Deputado José Maia.
Participaram também da comissão os deputados Sávio Souza Cruz, Luiz Humberto
Carneiro e Lafayette de Andrada. Marília Melo apresentou à comissão as ações e
diretrizes do órgão. “A gestão de recursos hídricos tem uma grande interface
com outras políticas de estado e isso é um desafio para o Igam. Queremos
trabalhar no sentido de propiciar essa interface para a melhoria da qualidade e
da quantidade da água em Minas Gerais”, disse. O deputado José Maia questionou
a diretora sobre os critérios para concessão de outorga em Minas Gerais e como
isso pode afetar a competividade e o desenvolvimento econômico do estado.
Marília Melo ressaltou que a água pode sim ser um fator limitante para o
desenvolvimento, mas que, desde a elaboração do Plano Estadual de Recursos
Hídricos, Minas Gerais tem tido essa preocupação. “Outros estudos precisam ser
realizados e o Igam vem priorizando o conhecimento dos usos da água para que
esses usos possam ser garantidos. A água é um instrumento de viabilização do
desenvolvimento de muitas regiões e fazer o equilíbrio entre o desenvolvimento
e a sustentabilidade é fundamental”, frisou. Ela ressaltou, ainda, que em
algumas regiões a disponibilidade de água não se contrapõe ao desenvolvimento,
por isso, é importante criar mecanismos de garantia de acesso á água,
compatibilizando esse acesso ao desenvolvimento da região. A diretora falou
também sobre a cobrança pelo uso da água e explicou que é um instrumento
previsto na política de recursos hídricos, que tem como objetivo incentivar a
racionalização e alavancar recursos para projetos de melhoria da qualidade da
água nas bacias onde está implantada. A recomendação da diretora-geral foi
aprovada por unanimidade pela comissão especial. “Suas respostas demonstraram
alto nível de conhecimento, clareza e objetividade e nos deixa seguros para
apresentar o parecer sobre a indicação de seu nome, além disso, sua formação
acadêmica é adequada para o exercício da função, ficando evidente sua
capacidade gerencial para ocupação do cargo”, afirmou o deputado José Maia. Marília
Melo agradeceu aos deputados e reafirmou o compromisso de diálogo do Igam com a
Assembleia Legislativa de Minas Gerais. “Agradeço as colocações e afirmo que
todas elas serão objeto de reflexão. Estamos sempre á disposição e abertos ao
debate com esta casa”, finalizou. Experiência - Marília de Melo é engenheira
civil com mestrado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, pela
Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Além
disso, a diretora cursa doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), com pesquisa na área de Fiscalização Ambiental. Possui experiência na
área de gerenciamento e outorga dos recursos hídricos, atuando, desde 2002, no
Igam, trabalhando com Outorga de Direito do Uso dos Recursos Hídricos. De 2007
a 2011, foi diretora de Monitoramento e Fiscalização Ambiental e, de 2011 a
2013, atuou como subsecretária de Controle e Fiscalização Ambiental Integrada
da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
Na área acadêmica, Marília foi professora da Fundação de Educação para o
Trabalho de Minas Gerais (Utramig) e da Escola de Engenharia Kennedy, de 2008 a
2012. - Secom
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