No dia 15 de abril comemoramos o Dia Nacional da
Conservação do Solo. A data é uma homenagem a Hugh Hammond Bennett,
nascido em Wadesboro na Carolina do Norte (EUA), considerado o Pai da
Conservação do Solo e idealizador dos Distritos de Conservação do Solo.
Bennett dedicou sua carreira e vida para prevenir a perda de solo nos Estados
Unidos, educar o País sobre as graves consequências da erosão do solo e
convencer o governo federal a dar atenção nacional ao problema. Desde 1905,
Bennett defendia a Conservação do Solo e, finalmente, em 1929 convenceu o
Congresso dos EUA da necessidade crítica de reforço das atividades de
conservação do solo. Em 1954, a convite do Dr. Guido César Rando, Diretor
da Divisão de Conservação do Solo do DEMA/SAA, da Sociedade Brasileira de
Ciência do Solo e da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São
Paulo, visitou o Estado de São Paulo para conhecer e avaliar o trabalho de
conservação do solo que ali se fazia. No Instituto Agronômico, João Quintiliano
de Avelar Marques e José Bertoni eram os pesquisadores da Seção de Conservação
do Solo e na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Guido
Ranzanni e Octávio Freire. No Estado de São Paulo, por sugestão do Dr. Guido
César Rando (DEMA) ao Dr. Renato Costa Lima, Secretário de Agricultura, sob o
Decreto-lei nº 24.169 de 18 de janeiro de 1955, foi criado o Dia da Conservação
do Solo, a ser comemorado em 15 de abril. Por propositura do Senador José
Passos Porto, engenheiro agrônomo e político radicado em Sergipe, a lei 7876 de
13/11/1989 instituiu o Dia Nacional da Conservação do Solo a ser comemorado
também em 15 de abril. Dentre as referências sobre a conservação do solo,
destaca-se a de Arthur Mangarino Torres Filho no discurso proferido por ocasião
de sua formatura na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) em
1910: “O solo é a pátria, cultivá-lo é engrandecê-la”. Esta frase
tornou-se o lema da Revista “O Solo”, do Centro Acadêmico Luiz de Queiroz. Este
ano, na solenidade comemorativa do Dia Nacional da Conservação do Solo, no VIII
Seminário sobre Conservação do Solo e Proteção de Recursos Naturais, realizado
no Instituto Agronômico, em Campinas nos dias 14 e 15 de abril de 2016, Sérgio
Murilo, representando o Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de
São Paulo Deputado Arnaldo Jardim, juntamente com o Dr. Orlando Melo de Castro,
Coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios e do Diretor do
Instituto Agronômico, Dr. Sérgio Augusto Carbonell, procederam ao lançamento do
Boletim de Recomendações Gerais para a Conservação do Solo na Cultura da
Cana-de-çúcar, um trabalho conjunto da Agência Paulista de Tecnologia dos
Agronegócios, da Coordenadoria da Assistência Técnica Integral, da
Coordenadoria da Defesa Agropecuária e do Instituto Agronômico. O
referido material encontra-se à disposição no site do Instituto Agronômico (http://www.iac.sp.gov.br/publicacoes/publicacoes_online). Certamente, este será um
marco importante nas ações de conservação do solo, pela grande área cultivada
com a cana-de-açúcar no Estado de São Paulo e que deverá também ser referência
para outros Estados. Durante a palestra proferida pelo engenheiro agrônomo Hugo
de Souza Dias, ele fez uma observação muito interessante: “A erosão rouba a
herança do paulista de amanhã”. Sem dúvida, devemos cuidar do nosso solo
para preservar sua capacidade produtiva. O Dr. Fernando Penteado Cardoso,
fundador e presidente honorário da Fundação Agrisus, sempre se refere ao nosso
solo com a frase: “O solo é um bem que tomamos emprestado dos nossos
sucessores¨. Podemos também sugerir um adendo à frase de Arthur Mangarino
Torres Filho, adequando-a aos nossos tempos: O solo é a pátria, cultivá-lo e
conservá-lo é engrandecê-la e garante a sustentabilidade e a vida. Cuidemos,
portanto, do nosso solo, pois sua sustentabilidade é a base da nossa
sustentabilidade. Estamos num caminho sem volta. Avante São
Paulo! Avante Brasil! Sobre o CCAS - O Conselho Científico para
Agricultura Sustentável (CCAS) é uma organização da Sociedade Civil, criada em
15 de abril de 2011, com domicilio, sede e foro no município de São Paulo-SP,
com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da
agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto. O CCAS é uma
entidade privada, de natureza associativa, sem fins econômicos, pautando suas
ações na imparcialidade, ética e transparência, sempre valorizando o
conhecimento científico. Os associados do CCAS são profissionais de diferentes
formações e áreas de atuação, tanto na área pública quanto privada, que comungam
o objetivo comum de pugnar pela sustentabilidade da agricultura brasileira. São
profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científicas e que se
dispõem a apresentar fatos concretos, lastreados em verdades científicas, para
comprovar a sustentabilidade das atividades agrícolas. A agricultura, apesar da
sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação
e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas, não
condizentes com a realidade. É preciso que professores, pesquisadores e
especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões,
para melhor informação da sociedade. É importante que todo o conhecimento
acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa seja colocado à disposição
da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de
sustentabilidade, transpareça. Mais informações no website: http://agriculturasustentavel.org.br/. Acompanhe também o CCAS no
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