Os produtores de leite das regiões Sul, Sudeste e
Centro-Oeste do Brasil terão mais dois anos para se adequarem às exigências da
Instrução Normativa (IN) 62. Os novos parâmetros de qualidade do leite, que
entrariam em vigor em julho deste ano, passarão a valer a partir de 1º de julho
de 2018. O anúncio foi feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) nesta terça-feira, 3, durante o lançamento do Sistema de
Monitoramento da Qualidade do Leite, em Brasília. A IN 62 prevê, entre outros,
a redução nos níveis de contagem de bactérias e contagem de células smáticas,
critérios importantes para definir a qualidade do leite produzido no campo. A
partir de julho de 2018, a contagem máxima passará de 500 mil células somáticas
por mililitro para 400 mil células somáticas por mililitro. Quanto à contagem
de bactérias o parâmetro passará de 300 mil UFC/ml para 100 mil UFC/ml. O texto
traz ainda os processos que devem ser seguidos durante a produção de leite como
a limpeza e a uniformização dos profissionais envolvidos na ordenha. Segundo o
secretário adjunto da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina e coordenador da
Aliança Láctea Sul Brasileira, Airton Spies, a prorrogação dá aos produtores um
tempo maior para que se adaptem às exigências, uma medida acertada já que
muitos ainda não trabalham com os parâmetros definidos pela Instrução
Normativa. “A prorrogação é um mal necessário, muitos produtores teriam
prejuízos caso a IN 62 entrasse em vigor este ano. Porém temos muito trabalho
pela frente, nós precisamos investir cada vez mais na qualidade do leite
produzido no Brasil para que possamos ter um produto competitivo no mercado
global”. Spies acredita que, a melhoria na qualidade do leite é um fator
decisivo para que o leite nacional possa competir no mercado mundial. “Para que
o leite do Brasil seja um produto competitivo, a qualidade do leite precisa
melhorar muito e a logística e infraestrutura precisam ser confiáveis para que
possam atender demandas constantes de mercados exigentes”, ressalta. Santa
Catarina é o quinto maior produtor de leite do Brasil, sendo que a agricultura
familiar responde por quase 90% de toda produção do estado. Nos últimos anos,
de 2000 a 2013, a propdução de leite em Santa Catarina aumentou 190%, muito a
cima da média nacional. Os números são ainda maiores se falarmos das regiões do
Oeste e Sul Catarinense, que cresceram 256% e 223% em produção no mesmo
período. Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite - O
Ministério da Agricultura e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) lançaram nesta terça-feira, 3, em Brasília o Sistema de Monitoramento
da Qualidade do Leite, uma plataforma que reúne dados consolidados sobre a
qualidade da produção de leite no Brasil. A partir de agora, os resultados das
análises laboratoriais serão atualizados semanalmente e vão permitir
acompanhamento preciso e atualizado da qualidade do produto entregue aos
laticínios. O sistema também auxilia na formulação de políticas públicas e na
definição de estratégias das empresas, permitindo melhorar a competitividade da
cadeia produtiva do leite brasileiro, cujo faturamento em 2014 é estimado em R$
78 bilhões, segundo a Embrapa Gado de Leite. –Secom
tvgazetalife@hotmail.com
JORNAL GAZETA LIFE
“A notícia levada a sério”
(34) 3427-1384
(34) 9929-5718 - VIVO
(34) 8424-0417 – CLARO
(34) 9177-6477 – TIM
(34) 9971-4879 - CTBC
Nenhum comentário:
Postar um comentário