quinta-feira, 12 de maio de 2016

“AFASTAMENTO DE CUNHA FAZ BEM PARA O PARLAMENTO”, AFIRMA DEPUTADO JORGINHO MELLO

O deputado federal Jorginho Mello (PR) classificou a determinação do afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, pelo ministro Teori Zavascki como um “fazer um bem para o parlamento”. O ministro Teori concedeu a liminar em ação pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janor, em dezembro, que argumentou que Cunha estava atrapalhando as investigações da Lava Jato, na qual o deputado é réu em uma ação e investigado em vários procedimentos.De acordo com o deputado Jorginho Mello, “a justiça foi feita pela própria Justiça, enquanto lamentavelmente a Câmara dos Deputados não conseguiu exerceu o seu papel”, referindo-se aos procedimentos de Cunha para não ser julgado pelo Conselho de Ética. Apesar da suspensão do mandato, Cunha mantém os direitos de parlamentar, como o foro privilegiado. Teori destacou que a Constituição assegura ao Congresso Nacional a decisão sobre a perda definitiva do cargo de um parlamentar, mesmo que ele tenha sido condenado pela Justiça sem mais direito a recursos.Pedido de Janot - Veja quais foram os pontos listados por Janot para afastamento de Cunha:1 - Eduardo Cunha fez uso de requerimentos para pressionar pagamento de propina do empresário Júlio Camargo e o grupo Mitsui. Já havia casos de requerimento para pressionar dirigentes de empresas de petróleo; 2 - Eduardo Cunha estava por trás de requerimentos e convocações feitas a fim de pressionar donos do grupo Schahin com apoio do doleiro Lúcio Funaro. Depoimentos de Salim Schahin confirmam isso. Lúcio Funaro pagou parte de carros em nome da empresa C3 Produções Artísticas, que pertence à família de Cunha; 3 - Eduardo Cunha atuou para convocar a advogada Beatriz Catta Preta na CPI da Petrobras para “intimidar quem ousou contrariar seus interesses”; 4 - Eduardo Cunha atuou para contratação da empresa de espionagem Kroll pela CPI da Petrobras, “empresa de investigação financeira com atuação controvertida no Brasil"; 5 - Eduardo Cunha usou a CPI para convocação de parentes de Alberto Youssef, como forma de pressão; 6 - Eduardo Cunha abusou do poder com a finalidade de mudar a lei impedir que um delator corrija o depoimento; 7 - Eduardo Cunha mostrou que retalia quem o contraria com a demissão do diretor de informática da Câmara, Luiz Eira; 8 - Eduardo Cunha usou cargo de deputado para receber vantagens indevidas para aprovar parte de medida provisória de interesse do banco BTG; 9 - Eduardo Cunha fez "manobras espúrias" para evitar investigação na Câmara com obstrução da pauta com intuito de se beneficiar;10 - Eduardo Cunha fez ameaças ao deputado Fausto Pinato (PRB-SP), ex-relator do processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara; 11 - Eduardo Cunha teria voltado a reiterar ameaças a Fausto Pinato. –Secom

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