terça-feira, 5 de abril de 2016

CÂMBIO E JUROS: TAXAS SOBEM POR RECEIO DE QUE CÂMARA REJEITE IMPEACHMENT

São Paulo, 4 de abril de 2016 - O dólar comercial sobe 0,70%, a R$ 3,5890, com investidores se ajustando à possibilidade de a presidente Dilma Rousseff se livrar do impeachment. O mesmo fator derruba a bolsa e contribui para o aumento das taxas de juros. "Infelizmente o dólar está em função do quadro político por aqui. Uma notícia que saiu mais cedo apontava que se a votação do impeachment fosse hoje a Dilma conseguiria o número de parlamentares suficiente para que o processo não fosse iniciado. Isso, inclusive, acelerou a alta da moeda mais cedo", analisou José Roberto Carreira, operador de câmbio da Fair Corretora. No mercado de juros, as taxas de médio e longo prazo acompanham a alta da moeda norte-americana, enquanto as de curto prazo operam em queda e perto da estabilidade. Para Paulo Gomes, economista-chefe da Azimut Brasil, os contratos com vencimento mais próximo reagem ao fato de o Boletim Focus ter mostrado expectativa de redução da taxa Selic até o final do ano. Hoje o Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardozo, apresentará a defesa da presidente Dilma Rousseff na comissão de impeachment, evento que pode movimentar o mercado. Entre os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI), os com vencimento em janeiro de 2018, mais negociados, sobem de 13,52% para 13,57%, movimentando R$ 5,5 bilhões. No contrato com o segundo maior giro, para janeiro de 2019, a taxa subia de 13,62% para 13,72%, com giro de R$ 3,8 bilhões. –Secom

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