No período de 1º de janeiro a 23 de abril de 2016
foram notificados 9.997 casos suspeitos de dengue em Santa Catarina. Desses,
3.440 (34%) foram confirmados (2.695 pelo critério laboratorial e 745 pelo
critério clínico epidemiológico); 5.201 (52%) foram descartados, por
apresentarem resultado negativo para dengue; e 1.356 (14%) casos suspeitos
estão em investigação pelos municípios. Os dados constam do boletim
epidemiológico 15, divulgado nesta terça-feira, 26, pela Diretoria de
Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde. Do total de casos
confirmados (3.440) até o momento, 3.150 (92%) são autóctones, com transmissão
dentro de Santa Catarina; 223 (6%) são importados (transmissão fora do Estado);
e 67 (2%) estão aguardando definição do Local Provável de Infecção (LPI). Até o
momento, conforme informações sobre o Local Provável de Infecção (LPI) existe
confirmação de transmissão autóctone de dengue em 23 municípios de Santa
Catarina: Balneário Camboriú, Bom Jesus, Caibi, Chapecó, Coronel Freitas,
Descanso, Florianópolis, Guaraciaba, Guatambu, Itajaí, Joinville, Itapema,
Itapoá, Maravilha, Modelo, Palmitos, Pinhalzinho, São José do Cedro, São
Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Saudades, Serra Alta e Xanxerê. O
município de Pinhalzinho apresenta, até o momento, o maior número de casos
autóctones (2.171) no Estado, com uma taxa de incidência de 11.612,1 casos por
100 mil habitantes. Além de Pinhalzinho, Serra Alta possui uma taxa de
incidência de 4.136,5 casos por 100 mil habitantes, Bom Jesus 1.843,3 por 100
mil/hab, Coronel Freitas 1.294,0 por 100 mil/hab e Descanso 964,1 por 100
mil/hab. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão
epidêmico quando a taxa de incidência é maior de 300 casos de dengue por 100
mil habitantes. O acompanhamento dos casos por semana epidemiológica (SE)
mostra que, até o momento, o maior número de casos autóctones confirmados (486)
ocorreu na SE 9 (28 de fevereiro e 5 de março). Até o momento, foi confirmada a
ocorrência de um óbito por dengue grave registrado no estado: um paciente de 37
anos, residente em Chapecó, no dia 13 de março. Comparação de casos
notificados e autóctones em 2015 e 2016: Em Santa Catarina, no ano de
2016, até SE 16 o número de casos notificados de dengue (9.997 casos) está
acima do registrado no mesmo período em 2015 (7.414 casos), representando um
aumento de 26% no registro de um ano para outro. Já em relação aos casos
autóctones, em 2016, também considerando até a SE 16, foram confirmados 3.150
casos, enquanto que no mesmo período em 2015 haviam sido confirmados 2.629
casos, representando um aumento de 17% no número de casos autóctones
confirmados de um ano para outro. Em relação aos focos do mosquito Aedes
aegypti, em 2016, até a SE 16, foram identificados 4.766 focos, em 126
municípios. Neste mesmo período em 2015, tinham sido identificados 4.211 focos
em 96 municípios. Atualmente, há 41 municípios considerados infestados pelo
mosquito Aedes aegypti: Anchieta, Balneário Camboriú, Bom Jesus, Camboriú,
Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã,
Descanso, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Itajaí, Itapema,
Joinville, Maravilha, Modelo, Nova Erechim, Nova Itaberaba, Novo Horizonte,
Palma Sola, Palmitos, Passo de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa,
Porto União, Quilombo, São Bernardino, São Domingos, São José, São José do
Cedro, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Santo Amaro da Imperatriz,
Serra Alta, Sul Brasil, União do Oeste, Xanxerê e Xaxim. Em comparação com o
último boletim, houve a inclusão dos municípios de Nova Erechim, Palma Sola,
Porto União, São Domingos, São José do Cedro e Sul Brasil. A definição de
infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos. Os
municípios de Bom Jesus e Descanso, embora não tenham detectado até o momento
disseminação e manutenção dos focos de Aedes aegypti, foram considerados
infestados em função da elevada taxa de incidência de dengue em seus
territórios (autoctonia). Febre de chikungunya - No período de
1º de janeiro a 23 de abril de 2016, foram notificados 420 casos suspeitos de
febre de chikungunya em Santa Catarina. Desses, 41 (10%) foram confirmados (38
pelo critério laboratorial e 3 pelo critério clínico-epidemiológico), 230 (55%)
foram descartados e 149 (35%) permanecem em investigação. Todos os casos
confirmados (41) até o momento são importados (transmissão fora do Estado). Em
2015 foram notificados 134 casos suspeitos de chikungunya, dos quais oito (6%)
foram confirmados, 98 (73%) foram descartados e 28 (21%) permanecem
inconclusivos. Do total de oito casos confirmados, um foi autóctone do
município de Itajaí e outros sete foram importados de outros estados. Esses
casos foram identificados em Blumenau, Cunha Porã, Itajaí, Jaraguá do Sul,
Joinville e São José. Zika Vírus - No período de 1º de janeiro
a 23 de abril de 2016 foram notificados 286 casos suspeitos de febre do zika
vírus em Santa Catarina. Desses, 32 (11%) foram confirmados (26 pelo critério
clínico-epidemiológico e seis pelo critério laboratorial), 157 (55%) foram
descartados e 97 (34%) permanecem em investigação. Do total de casos
confirmados (32) até o momento, 30 (94%) são importados (transmissão fora do
Estado) e dois (6%) estão aguardando definição do Local Provável de Infecção
(LPI). No ano de 2015 foram notificados 80 casos de febre do zika vírus, dos
quais 10 foram confirmados pelo critério clínico-epidemiológico, sendo todos
importados de outros estados, (residentes em Itapema, Laguna, Florianópolis,
Bombinhas, Gaspar e Pomerode) e 70 foram descartados. Situação das
Salas Municipais para o combate ao Aedes aegypti/SC - A Sala Estadual
para o combate ao Aedes aegypti/SC informa que, dos 41 municípios considerados
infestados, 35 implantaram a sala de situação municipal. Os municípios que passam
a ser considerados infestados estão sendo orientados sobre a implantação da
mesma. Esses municípios foram estimulados a iniciar os ciclos de visitas a
todos os imóveis existentes nas áreas infestadas e a repassarem informações
semanais à Sala Estadual sobre as ações realizadas. Além disso, os 25
municípios considerados em situação de risco, por apresentarem aumento do
número de focos e de área de detecção, introdução do Aedes aegypti devido à
proximidade com municípios infestados com transmissão ou infestados, ocorrência
de casos isolados ou por serem polos nas regiões em que estão inseridos, foram
orientados a implantarem salas de situação. São eles: Balneário Piçarras,
Blumenau, Bombinhas, Brusque, Caçador, Caibi, Canoinhas, Concórdia, Criciúma, Dionísio
Cerqueira, Ilhota, Ipuaçu, Itapoá, Jaraguá do Sul, Luís Alves, Mondaí,
Navegantes, Palhoça, Penha, Porto Belo, São Bento do Sul, Saudades, Sombrio,
Tijucas e Tubarão. Essesmunicípios receberam repasse financeiro estadual em
2015/2016 para qualificar as ações de vigilância e controle vetorial. O
objetivo das salas, nesses municípios, é de desencadear ações intersetoriais,
visando diminuir o risco de infestação ou mesmo introdução do vetor. Os
municípios de Bombinhas, Camboriú, Canoinhas, Criciúma, Dionísio Cerqueira,
Ipuaçu, Luís Alves, Jaraguá do Sul, Mondaí, Navegantes, São Domingos e Tijucas
já informaram a implantação de suas salas. Informações sobre as visitas aos
imóveis continuam sendo repassadas para a Sala Estadual pelos municípios
infestados de forma semanal. No 1º ciclo, dos 333.010 imóveis em área infestada
foram realizadas visitas em 286.606 imóveis, representando 86,1% do total. No
2º ciclo de vistas, que se iniciou em 15 de fevereiro e deve ser finalizado até
o dia 15 de abril (naqueles municípios que ainda não finalizaram), dos 333.359
imóveis em área infestada já foram realizadas visitas em 222.127 imóveis,
representando 66,6% do total. O terceiro e o quarto ciclo de visitas serão
realizados com periodicidade bimestral. Assim o terceiro será realizado no
período de 14 de março a 13 de maio e o quarto no período de 16 de maio a 15 de
julho. Além da intensificação nas visitas aos imóveis das áreas infestadas
desses 41 municípios, a Coordenação da Atenção Básica da SES/SC emitiu a Nota
Técnica nº 001/2016 e a Sala Estadual realizou uma webconferência no dia 22/1
com os Agentes Comunitários de Saúde de todos os municípios catarinenses. A
orientação repassada foi que, na rotina das visitas aos imóveis, devem ser
priorizadas as ações de orientação para população sobre as doenças transmitidas
pelo Aedes aegypti, bem como formas de evitar e eliminar seus potenciais
criadouros. Nestes municípios, os Agentes Comunitários de Saúde visitaram
1.116.609 residências até o dia 23/4, enfocando ações de prevenção e educação
em saúde relacionada ao mosquito. Orientações para evitar a
proliferação do Aedes aegypti: Evite usar pratos nos vasos de plantas.
Se usar, coloque areia até a borda; Guarde garrafas com o gargalo virado para
baixo; Mantenha lixeiras tampadas;Deixe os depósitos para guardar água sempre
vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;Plantas como
bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;Trate a água da piscina com
cloro e limpe uma vez por semana;Mantenha ralos fechados e desentupidos;Lave
com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por
semana;Retire a água acumulada em lajes;Dê descarga no mínimo uma vez por
semana em banheiros pouco usados;Mantenha fechada a tampa do vaso
sanitário;Evite acumular entulho, pois podem se tornar locais de foco do
mosquito da dengue.Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti
para a Secretaria Municipal de Saúde;Caso apresente sintomas de dengue,
chikungunya ou Zika vírus, procure uma unidade de saúde para atendimento.–Secom
tvgazetalife@hotmail.com
JORNAL GAZETA LIFE
“A notícia levada a sério”
(34) 3427-1384
(34) 9929-5718 - VIVO
(34) 8424-0417 – CLARO
(34) 9177-6477 – TIM
Nenhum comentário:
Postar um comentário