A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa
Catarina (Dive/SC) divulga o boletim n°16 de Dengue, Zika e Chikungunya, com
dados até a Semana Epidemiológica n°17 (1º de janeiro a 30 de abril de 2016). Dengue
- No período de 1º de janeiro a 30 de abril foram notificados 10.857 casos
suspeitos de dengue em Santa Catarina. Desses, 3.664 (34%) foram confirmados
(2.861 pelo critério laboratorial e 803 pelo critério clínico epidemiológico),
5.799 (53%) foram descartados por apresentarem resultado negativo para dengue e
1.394 (13%) casos suspeitos estão em investigação pelos municípios. Do total de
casos confirmados (3.664) até o momento, 3.361 (92%) são autóctones, com
transmissão dentro de Santa Catarina, 231 (6%) são importados (transmissão fora
do estado) e 72 (2%) estão aguardando definição do Local Provável de Infecção
(LPI). Até o momento, conforme informações sobre o Local Provável de Infecção
(LPI) existem confirmação de transmissão autóctone de dengue em 24 municípios
de Santa Catarina: Balneário Camboriú, Bom Jesus, Brusque, Caibi, Chapecó,
Coronel Freitas, Descanso, Florianópolis, Guaraciaba, Guatambu, Itajaí, Joinville,
Itapema, Itapoá, Maravilha, Modelo, Palmitos, Pinhalzinho, São José do Cedro,
São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Saudades, Serra Alta e Xanxerê
(Tabela 2). O município de Pinhalzinho apresenta, até o momento, o maior número
de casos autóctones (2.268) no estado, com uma taxa de incidência de 12.130,9
casos por 100 mil habitantes. Além de Pinhalzinho, Serra Alta possui uma taxa
de incidência de 4.347,8 casos por 100 mil habitantes, Bom Jesus 2.091,5 por
100 mil/hab, Coronel Freitas 1.401,8 por 100 mil/hab e Descanso 987,4 por 100
mil/hab. Nessa semana, o município de Modelo entrou no quadro de municípios em
epidemia de dengue com 359,8 casos por 100 mil habitantes. A Organização
Mundial da Saúde (OMS) define o nível de transmissão epidêmico quando a taxa de
incidência é maior de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes. O
acompanhamento dos casos por semana epidemiológica (SE) mostra que, até o
momento, o maior número de casos autóctones confirmados (488) ocorreu na SE 9
(28 de fevereiro e 5 de março). Até o momento, foi confirmada a ocorrência de
um óbito por dengue grave registrado no estado: um paciente de 37 anos,
residente em Chapecó, no dia 13 de março. Comparação de casos
notificados e autóctones em 2015 e 2016: Em Santa Catarina, no ano de
2016, até SE 17 o número de casos notificados de dengue (10.857 casos) está
acima do registrado no mesmo período em 2015 (7.811 casos), representando um
aumento de 28% no registro de um ano para outro. Já em relação aos casos
autóctones, em 2016, também considerando até a SE 17, foram confirmados 3.361
casos, enquanto que no mesmo período em 2015 haviam sido confirmados 2.785
casos, representando um aumento de 17% no número de casos autóctones
confirmados de um ano para outro. Em relação aos focos do mosquito Aedes
aegypti, em 2016, até a SE 17, foram identificados 5.095 focos, em 128
municípios. Neste mesmo período em 2015, tinham sido identificados 4.438 focos
em 98 municípios. Atualmente há 41 municípios considerados infestados pelo
mosquito Aedes aegypti: Anchieta, Balneário Camboriú, Bom Jesus, Camboriú,
Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã,
Descanso, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Itajaí, Itapema,
Joinville, Maravilha, Modelo, Nova Erechim, Nova Itaberaba, Novo Horizonte,
Palma Sola, Palmitos, Passo de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa,
Porto União, Quilombo, São Bernardino, São Domingos, São José, São José do
Cedro, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Santo Amaro da Imperatriz,
Serra Alta, Sul Brasil, União do Oeste, Xanxerê e Xaxim. Em comparação com o
último boletim, houve a inclusão dos municípios de Nova Erechim, Palma Sola,
Porto União, São Domingos, São José do Cedro e Sul Brasil. A definição de
infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos. Os
municípios de Bom Jesus e Descanso, embora não tenham detectado até o momento
disseminação e manutenção dos focos de Aedes aegypti, foram considerados
infestados em função da elevada taxa de incidência de dengue em seus
territórios (autoctonia). Febre de Chikungunya - No período de
1º de janeiro a 30 de abril, foram notificados 446 casos suspeitos de Febre de
Chikungunya em Santa Catarina. Desses, 46 (10%) foram confirmados (43 pelo
critério laboratorial e 03 pelo critério clínico-epidemiológico), 245 (55%)
foram descartados e 155 (35%) permanecem em investigação. Todos os casos
confirmados (46) até o momento são importados (transmissão fora do estado). Em
2015 foram notificados 134 casos suspeitos de Chikungunya, dos quais oito (6%)
foram confirmados, 98 (73%) foram descartados e 28 (21%) permanecem
inconclusivos. Do total de oito casos confirmados, um foi autóctone do
município de Itajaí e outros sete foram importados de outros
estados. Esses casos foram identificados em Blumenau, Cunha Porã, Itajaí,
Jaraguá do Sul, Joinville e São José. Zika Vírus - No período
de 1º de janeiro a 30 de abril foram notificados 292 casos suspeitos de Febre
do Zika Vírus em Santa Catarina. Desses, 33 (11%) foram confirmados (26 pelo critério
clínico-epidemiológico e sete pelo critério laboratorial), 159 (54%) foram
descartados e 100 (34%) permanecem em investigação. Do total de casos
confirmados (33) até o momento, 31 (94%) são importados (transmissão fora do
estado) e dois (6%) estão aguardando definição do Local Provável de Infecção
(LPI). No ano de 2015 foram notificados 80 casos de febre do Zika Vírus, dos
quais 10 foram confirmados pelo critério clínico-epidemiológico, sendo todos
importados de outros estados, (residentes em Itapema, Laguna, Florianópolis,
Bombinhas, Gaspar e Pomerode), e 70 foram descartados. Situação das
Salas Municipais para o combate ao Aedes aegypti/SC - A Sala
Estadual para o combate ao Aedes aegypti/SC informa que, dos 41 municípios
considerados infestados, 36 implantaram a sala de situação municipal. Os
municípios que passam a ser considerados infestados estão sendo orientados
sobre a implantação da mesma. Esses municípios foram estimulados a iniciar os
ciclos de visitas a todos os imóveis existentes nas áreas infestadas e a
repassarem informações semanais à Sala Estadual sobre as ações realizadas.Além
disso, os 25 municípios considerados em situação de risco, por apresentarem
aumento do número de focos e de área de detecção, introdução do Aedes
aegypti devido à proximidade com municípios infestados com transmissão ou
infestados, ocorrência de casos isolados ou por serem polos nas regiões em que
estão inseridos, foram orientados a implantarem salas de situação. São eles:
Balneário Piçarras, Blumenau, Bombinhas, Brusque, Caçador, Caibi, Canoinhas,
Concórdia, Criciúma, Dionísio Cerqueira, Ilhota, Ipuaçu, Itapoá, Jaraguá do
Sul, Luís Alves, Mondaí, Navegantes, Palhoça, Penha, Porto Belo, São Bento do
Sul, Saudades, Sombrio, Tijucas e Tubarão. Essesmunicípios receberam repasse
financeiro estadual em 2015/2016 para qualificar as ações de vigilância e
controle vetorial. O objetivo das salas, nesses municípios, é de desencadear
ações intersetoriais, visando diminuir o risco de infestação ou mesmo
introdução do vetor. Os municípios de Bombinha, Canoinhas, Criciúma, Dionísio
Cerqueira, Ipuaçu, Jaraguá do Sul, Luís Alves, Mondaí, Navegantes, Porto Belo,
São Bento do Sul e Tijucas já informaram a implantação de suas salas.
Informações sobre as visitas aos imóveis continuam sendo repassadas para a Sala
Estadual, pelos municípios infestados de forma semanal. No 1º ciclo, dos
333.010 imóveis em área infestada foram realizadas visitas em 286.606 imóveis,
representando 86,1% do total. No 2º ciclo de vistas, que se iniciou em 15 de
fevereiro e deve ser finalizado até o dia 15 de abril (naqueles municípios que
ainda não finalizaram), dos 333.359 imóveis em área infestada já foram
realizadas visitas em 222.127 imóveis, representando 66,6% do total. O terceiro
e o quarto ciclo de visitas serão realizados com periodicidade bimestral. Assim
o terceiro será realizado no período de 14 de março a 13 de maio e o quarto no
período de 16 de maio a 15 de julho. Além da intensificação nas visitas aos
imóveis das áreas infestadas desses 41 municípios, a Coordenação da Atenção
Básica da SES/SC emitiu a Nota Técnica nº 001/2016 e a Sala Estadual realizou
uma webconferência no dia 22/1 com os Agentes Comunitários de Saúde de todos os
municípios catarinenses. A orientação repassada foi que, na rotina das visitas
aos imóveis, devem ser priorizadas as ações de orientação para população sobre
as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, bem como formas de evitar
e eliminar seus potenciais criadouros. Nestes municípios, os Agentes
Comunitários de Saúde visitaram 1.200.515 residências até o dia 30/4, enfocando
ações de prevenção e educação em saúde relacionada ao Aedes aegypti.
-Secom
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