terça-feira, 12 de abril de 2016

PROJETO UNIDADES INTERLIGADAS DE MINAS VIRA REFERÊNCIA PARA O RIO DE JANEIRO

Comitiva carioca visitou o Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte, pioneiro na implantação das UIs em Minas Gerais. A experiência bem sucedida em Minas de implantação do projeto Unidades Interligadas de Registro Civil de Nascimento (UIs), daSecretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac), que já garantiu a emissão de 64.569 certidões de nascimento, tem atraído a atenção de outros estados que querem aprimorar o sistema. Uma comitiva do Rio de Janeiro visitou Belo Horizonte para conhecer o processo de monitoramento das UIs e da Central de Documentação Básica, instalada em tempo recorde no município de Mariana para atender às vítimas do rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, em novembro do ano passado. Minas Gerais conta hoje com 34 UIs, que permitem que as mães já saiam das maternidades com a certidão de nascimento dos filhos. Com um sistema interligado ao cartório via internet, a impressão do documento ocorre no próprio hospital, sem a necessidade de os pais gastarem tempo e dinheiro para o registro das crianças. Desde dezembro do ano passado, o número do Cadastro da Pessoa Física (CPF) já vem sendo incluído no registro civil em mais de 400 cartórios do Estado. O projeto mineiro das Unidades Interligadas foi o vencedor da maior condecoração do governo brasileiro concedida a instituições e pessoas que empreenderam ações relevantes para a produção e defesa dos Direitos Humanos no país: o Prêmio Direitos Humanos 2015, do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. Comitiva carioca - A comitiva visitou, nesta sexta-feira (8/4), a Unidade Interligada do Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte. Esta foi um das duas pioneiras na implantação das UIs no estado – a outra foi a Famuc, em Contagem. Também participou da 27ª Reunião do Comitê Gestor Estadual de Políticas de Erradicação do Sub-Registro Civil de Nascimento e Ampliação do Acesso à Documentação Básica (Comiterc), na Cidade Administrativa, onde a equipe carioca teve a oportunidade de conhecer todo o processo de monitoramento das UIs e o atendimento da Central de Documentação Básica instalada em Mariana à época do rompimento da barragem. Para atender às vítimas da tragédia do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, o Comiterc montou no município uma Central de Documentação Básica, que conseguiu, em apenas 5 dias no local, emitir 453 certidões de nascimento ou casamento, 150 CPFs, 50 carteiras de identidade e 67 carteiras de trabalho. A juíza carioca Raquel dos Santos Pereira Chrispino disse que conheceu o trabalho do Comiterc em Brasília e que ficou impressionada com a Unidade Interligada do Sofia Feldman. “Minas tem um diferencial interessante no sistema de acompanhamento das Unidades Interligadas, que no Rio de Janeiro a gente ainda não conseguiu. Ficamos impressionadas com o número de crianças que nascem no hospital, são mais de mil por mês. No Rio, o hospital onde mais nascem crianças, não passa de 600 por mês”, disse a magistrada, salientando a boa articulação do Comitê mineiro. “A representação que Minas tem no Governo Federal é muito interessante, tanto que ganhou um prêmio na área (Unidades Interligadas) por causa dessas iniciativas. Estamos muito felizes em aprender com vocês”, enfatizou Raquel  Chrispino. A juíza salientou também o bom trabalho realizado pelo Comiterc durante a tragédia de Mariana. Segundo a promotora de Justiça da Infância e Juventude de Belo Horizonte, Maria de Lurdes Rodrigues Santa Gema, as Unidades Interligadas potencializam o acesso do cidadão mineiro à documentação básica. “Infelizmente, ainda nos deparamos com alguns casos, principalmente de crianças e adolescentes, que ainda não conseguiu garantir essa documentação, que é fundamental até para que possam ter acesso a todos os direitos previstos na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente”, disse. Santa Gema disse que a visita da comitiva carioca demonstra que o projeto mineiro foi coroado de êxito. Para ela, é a certidão de nascimento que vai dar às crianças condições de usufruir de todos os benefícios que estão disponibilizados pelos governos para que elas possam exercer a plena cidadania. Sub-registro em Minas - O projeto “Erradicação do Sub-Registro Civil em Minas Gerais” começou com uma parceria da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese) com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Corregedoria Geral de Justiça de Minas Gerais, Ministério Público Estadual, cartórios, hospitais e o Sindicato dos Oficiais do Registro Civil das Pessoas Naturais (Recivil). Neste novo governo, foi criada a Sedpac, que passou a abrigar esse trabalho, que busca garantir a cidadania aos mineiros já nas primeiras horas de vida. Hoje, encontram-se no sub-registro civil os nascidos vivos e não registrados até o primeiro trimestre do ano subsequente ao nascimento. A certidão de nascimento é a única maneira de garantir às pessoas o reconhecimento formal enquanto titular de direitos, permitindo assim o pleno exercício da cidadania. Segundo dados do Censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 12.157 mineiros, com até 10 anos de idade, não possuíam o registro civil. –Secom

tvgazetalife@hotmail.com
                                                         
JORNAL GAZETA LIFE
“A notícia levada a sério”          
(34) 3427-1384
(34) 9929-5718 - VIVO
(34) 8424-0417 – CLARO
(34) 9177-6477 – TIM

(34) 9971-4879 - CTBC

Nenhum comentário:

Postar um comentário