A Epagri realiza nesta sexta-feira, 25, em Cocal
do Sul, o VI Encontro Regional de Gado de Corte. Nesta edição, os organizadores
pretendem dar um direcionamento para a produção de carne de maior valor
agregado na região. “O
foco principal será reunir os produtores de bovinos de corte e misto sob um
mesmo entendimento de produção de animais especializados”, explica Fernando
DamianPreve Filho, gerente regional da Epagri em Criciúma. Ele explica que a
intenção é produzir animais mais jovens, que atinjam o peso ideal de abate por
volta dos 18 a 30 meses de idade, no máximo. Segundo dados da Cidasc, a região
compreendida pela Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec)
possui rebanho bovino de 118.800 animais. Deste total, 19.300 são
especializados em leite, 36.700 são especializados em corte e os outros 63.000
são de caráter misto, ou seja, animais sem raça e aptidão definidas. Fernando
explica que a grande maioria destes animais são abatidos entre os 48 e 60 meses
de idade, o que torna a carne mais consistente. Outro fator relevante é
que os bovinos estão presentes em grande parte das propriedades rurais da
região, principalmente dos agricultores familiares. Portanto, independentemente
do tamanho da propriedade e do rebanho, os ganhos advindos de um melhor processo
de criação poderão beneficiar todos os produtores. A região da Amrec tem
um grande potencial de solo e clima para produzir pastagens o ano inteiro.
“Nosso inverno não é rigoroso, o que permite a produção de excelentes pastos na
estação, reduzindo o custo de produção, quando comparado à silagem. Nosso verão
é quente e chuvoso, o que exige um pouco mais de atenção dos produtores quanto
às questões sanitárias dos animais, tecnologias que já são conhecidas e
difundidas pela Epagri”, descreve o gerente da Epagri. “Como um estado
importador de carne e uma tradição de consumo considerável, parece lógico que
através de um bom cultivo de pastos, aliado a um bom manejo do rebanho,
poderemos produzir animais de forma mais precoce, o que naturalmente influenciará
na qualificação da carne e propiciará um diferencial no preço final”, avalia.
Fernando conta que também já estão bem adiantas as conversas preliminares para
a formação de uma associação. Quando estabelecida, esta entidade vai manter a
governança sobre o processo de produção e criar um Programa Carne de Qualidade
com marca própria. Especialistas da Epagri, Cidasc, Unibave, representantes dos
mercados e frigoríficos, com apoio da Faesc e Fapesc, já estão se reunindo com
os produtores para definir competências e dar inicio a um programa que possa
alavancar a pecuária de corte regional. - Secom
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