Com o objetivo de unir esforços e discutir políticas
públicas de proteção à infância e adolescência, a Prefeitura de Campina Grande
realizou nesta quarta-feira, 30, o Seminário “Cuidado de Crianças, adolescentes
e suas famílias em situação de violência”. O evento aconteceu no Teatro Rosil
Cavalcanti, durante todo o dia, reunindo profissionais das secretarias
municipais de Educação, Saúde e Assistência Social. A iniciativa partiu da
identificação de casos de violência atingindo principalmente pessoas na faixa
etária entre 10 e 19 anos e em situação de maior vulnerabilidade social,
incluindo casos de mortalidade. Umas das estratégias discutidas no encontro é a
intersetorialidade, confirme defendeu a Secretária de Educação do Município e
articuladora do Selo Unicef em Campina Grande, professora Iolanda Barbosa. “O
que precisamos atualmente é de uma política cada vez mais efetiva de
enfrentamento à violência no sentido mais literal da palavra. E a grave questão
da mortalidade de crianças e adolescentes vítimas da violência não é um
problema apenas de ordem policial. É preciso envolver diferenta as forças de
segurança, mas também atuar de forma intersetorial na atenção à educação, saúde
e assistencial social”, argumentou. A diretora de vigilância em saúde da Secretaria
Municipal de Saúde, Eliete Nunes, abriu o evento agradecendo o envolvimento dos
profissionais presentes no seminário. “Precisamos da união de todos”,
avaliou. Participaram profisisonais da Rede Municipal de
Educação, da Atenção Básica de Saúde, NASF, Sistema de Garantia de Direito,
CRAS, CREAS, Núcleos de Prevenção a Violência, RUANDA, Centro POP, CENTRAC,
IES, CEREST, Casas de Acolhimento e Hospitais. Pesquisadores que atuam na
discussão de temas relacionados a violência participaram de palestras e mesas
redondas. O sociólogo Vanderlan Silva, professor da Universidade Federal de
Campina Grande (UFCG) destacou que os jovens que mais são afetados pela
violência são aqueles que vivem em situação de vulnerabilidade social. “A
violência no Brasil está relacionada diretamente a uma série de estigmas que
pesam sobre as populações em situação de exclusão. É uma questão também social
e étnica, pois as populações de jovens negros são as vítimas desse processo,
como comprovam as estatísticas. Ao possibilitarmos às pessoas o acesso à
educação, nós vamos estar promovendo algo importantíssimo que é a perspectiva
delas redesenharem um novo futuro, diferente daquele que estava traçado”,
afirmou Vanderlan Silva. Também integraram a programação a psicóloga Roseana
Roseana Cavalcanti da Cunha (UNIPÊ), a professora Sonia Barbosa de Souza (UFCG)
e as profissionais Carla Jaciara Jaruso dos Santos e Janaína Japiassú. Na
pauta, o panorama nacional e local da violência, a identificação dos diversos
tipos de violência, os cuidados e tratamentos para casos de violência sexual,
as notificações de casos e a Rede de Cuidados e Atenção Integral às crianças e
adolescentes. O evento contou ainda com a participação dos jovens integrantes
do Núcleo de Cidadania dos Adolescentes (NUCA) de Campina Grande e da Orquestra
do Projeto Prima. - Secom
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