Se
a situação financeira da RedeTV! já não é das melhores, essa notícia não vai
ajudar: a emissora foi condenada a pagar 30.000 reais a dois policiais
militares involuntariamente envolvidos em uma pegadinha do Superpop com o
estilista Ronaldo Ésper, que trabalhava no programa. A brincadeira foi ao ar em
setembro de 2007. A apresentadora do Superpop, Luciana Gimenez, também foi
condenada e terá de pagar indenização no mesmo valor aos policiais, que não
tiveram nomes revelados no processo. A ação corre na da 11ª Vara Cível da
Comarca da Capital, em São Paulo. Como a decisão é de primeira instância, as
rés podem recorrer. “Um dia, eu cheguei à loja que tinha na avenida Rebouças e
não consegui entrar. As portas estavam fechadas e ninguém as abria para mim.
Aí, um cara imitando bicha apareceu na vitrine dizendo que tinha comprado o
lugar. Eu fiquei perturbado e chamei a polícia”, lembra Ésper, atualmente na
CNT. “Eu não vi câmera nenhuma, não desconfiei que era uma pegadinha. O negócio
foi muito bem feito, até pela RedeTV!, que não faz nada direito.” Segundo o
estilista, dois PMs apareceram e o cara “imitando bicha” continuou “a
comédia" junto aos PMs. Na ação, em que pedem indenização por danos
morais, os PMs, identificados apenas pelas siglas E. A. O. e V. F. D. M.,
afirmam que a aparição involuntária no quadro prejudicou sua imagem. “Estes
últimos foram alvo de deboches por parte dos demais colegas e inclusive foram
chamados pelo Comando de seu Batalhão para explicações”, diz o juiz Dimitrios
Zarvos Varellis na sentença. “É evidente que a parte autora sofreu este tipo de
perturbação desagradável (...) por ter de suportar chacotas desnecessárias como
o chamamento de 'estrelinhas' e de 'amigos e namorados do estilista Ronaldo
Esper', e, principalmente, com a revelação do exercício da função de policiais
militares em período não apropriado diante da violência que assola o país.” Ésper
x Britto Jr. e Record -- Ronaldo Ésper, que não chegou a ser testemunha no
processo movido pelos policiais militares, vai dar entrada nesta semana a um
processo próprio. O estilista não revela o valor que pedirá, mas diz que quer
"milhões" da Record e do apresentador Britto Jr. por ter sido
submetido a uma pergunta "ofensiva" no Programa da Tarde. No final de
outubro, o estilista esteve no programa e foi questionado sobre uma declaração
dada anos antes por Clodovil. O rival, morto em 2009, disse a uma revista que
Ésper roubava quadros de arte da casa de amigos na Itália. "Fui chamado de
ladrão", conta Ésper, que irritado, abandonou o programa no meio, e logo
depois procurou um advogado. Segundo o estilista, serão ao todo duas ações:
uma, criminal, contra Britto Jr., e outra cível contra o apresentador e também
contra a Record. "A ação criminal não deve dar nada, na realidade, o
Britto Jr. deve ter de dar caixa de comida, como é que chama esse negócio? Ah,
cesta básica", diz Ésper, que move as ações por difamação, injúria e danos
à sua imagem. O estilista já ganhou processo contra Clodovil pelas declarações
do rival. "O espólio do Clodovil me deve 5.000 reais, mas eu recorri,
quero 40.000." Ésper também já foi acusado de roubar vasos de cemitério,
mas foi inocentado pela Justiça. "Encontrei alguns vasos em cima de um
monturo, um monte de lixo, e, quando toquei neles, apareceu um coveiro. Aí, a
imprensa disse que eu havia roubado. Fui submetido a um processo e fui
absolvido. O promotor público pediu um novo julgamento, fui absolvido outra
vez. A sentença final diz que os vasos estavam no lixo e o lixo não tem
dono." – Fuxico
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