Em
2011, o Brasil registrou a maior taxa de divórcios desde 1984, quando foi
iniciada a série histórica das Estatísticas do Registro Civil, divulgada nesta
segunda-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número de divórcios chegou a 351.153, um crescimento de 45,6% em relação a
2010, quando foram registrados 243.224. Segundo o IBGE, foram 2,6 divórcios
para cada mil habitantes de 15 anos ou mais de idade, contra 1,8 separações em
2010. Conforme a pesquisa, um dos fatores foi a mudança na Constituição Federal
em 2010, que derrubou o prazo para se divorciar, tornando esta a forma efetiva
de dissolução dos casamentos, sem a etapa prévia da separação. Com isso, houve
uma queda de três anos no tempo médio transcorrido entre a data do casamento e
a da sentença de divórcio desde 2006 – de 18 anos para 15 anos. Em 2011, a
maior proporção de dissoluções ocorreu em casamentos que tinham entre 5 e 9
anos de duração (20,8%), seguida de uniões de 1 e 4 anos. Além disso a
proporção do divórcio por via administrativa, possível aos casais sem filhos,
passou de 26,8%, em 2001, para 37,2%, em 2011. A idade média ao divorciar
diminuiu para homens e mulheres entre 2006 e 2011. De 43 anos para 42 anos no
sexo masculino, e de 40 para 39 anos no feminino. Casamentos - Ao mesmo tempo,
em 2011, foram registrados 1.026.736 casamentos, 5% a mais que no ano anterior.
Deste total, 1.025.615 foram de cônjuges de 15 anos ou mais de idade. São sete
casamentos para mil habitantes de 15 anos ou mais de idade. As taxas mais
elevadas de casamento estão em Rondônia, Distrito Federal, Espírito Santo e
Goiás, e as menores, no Amapá e Rio Grande do Sul.
As
mulheres se casam mais entre 20 a 24 anos, e os homens, entre 25 e 29 anos, o
que reflete um aumento da idade para se casar. A partir dos 60 anos, as taxas
do sexo masculino são mais que o dobro que as das mulheres, diz o IBGE. As
informações foram coletadas dos cartórios de registro civil, varas de família,
foros ou varas cíveis e tabelionatos de notas do país. Também aumentou o número
de recasamentos, que representavam 20,3% do total das uniões formalizadas em
2011, contra 12,3% em 2001. Rondônia (75,2%) e o Rio de Janeiro (75,5%) foram
os estados com as menores proporções de casamentos entre solteiros, e Piauí o
maior (92,4%). Já os casamentos entre pessoas divorciadas têm a maior proporção
em São Paulo (5,2%). Os dados também revelam o crescimento da guarda
compartilhada dos filhos menores entre os cônjuges – 5,4% seguiam esse tipo de
divisão, mais que o dobro do verificado em 2001 (2,7%). Ainda assim, a
responsabilidade feminina ainda é a maior, 87,6%. O compartilhamento da guarda
foi mais frequente no Pará (8,9%) e no Distrito Federal (8,3%) e registrou os
menores percentuais em Sergipe (2,4%) e no Rio de Janeiro (2,8%).
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