A
UFMG adotará no Vestibular 2013 a Lei nº 12.711/2012, a chamada Lei de Cotas,
aprovada pelo governo federal em agosto, reservando 12,5% das vagas a serem
ofertadas no concurso, neste primeiro ano de sua implementação. Não haverá
abertura de novas inscrições nem mudança nas datas das provas. O edital do
Vestibular será readequado e os novos procedimentos divulgados após reunião do
Conselho Universitário, que acontece dia 23 de outubro. Sobre a aprovação da
Lei e seus benefícios o reitor da UFMG, Clélio Campolina, considera uma medida
válida para o resgate da dívida social. “Sou a favor das cotas como medida
temporária para resgatar um pouco a dívida social, mas acho que uma solução
definitiva passa por uma profunda reestruturação da escola fundamental e média.
A própria lei prevê dez anos, eu espero e desejo que antes disso a escola
pública já tenha ganho tanta reestruturação e eficiência que talvez nem mais
precise de cotas”, afirmou o reitor em entrevista coletiva na tarde de hoje, 17
de outubro. Acompanhado da pró-reitora de Graduação, Antônia Vitória Aranha e
da coordenadora da Comissão Permanente do Vestibular (Copeve), Vera Resende, o
reitor confirmou que a Lei de Cotas permite uma implementação gradual da
reserva de 50% das vagas pelas universidades e institutos federais de ensino
técnico e médio, nos próximos quatro anos, e que no primeiro ano pode ser de
12,5%, percentual que será adotado pela UFMG. O número representa 862 vagas das
6.670 ofertadas no Vestibular 2013, em seus 75 cursos de graduação. Os
candidatos já inscritos no Vestibular 2013 serão orientados por email para que
possam fazer a opção pelo sistema de cotas e para providenciar a documentação
específica com a finalidade de distribuição nas vagas reservadas para as cotas,
de acordo com seu perfil étnico e sócio-econômico. Nesse processo, os
candidatos que optarem pelo enquadramento na nova sistemática deverão
apresentar documentos comprobatórios de renda familiar, histórico escolar e a
autodeclaração étnica. As normas estabelecidas pela Lei de Cotas também não
afetarão o processo seletivo do Colégio Técnico (Coltec) e Teatro Universitário
(TU). Apenas algumas adequações no edital serão efetuadas, de modo a adaptá-lo
às novas determinações da legislação. Os candidatos a esses cursos também receberão
informações por e-mail. O Vestibular Indígena, em seu quarto ano de
implementação, também não sofrerá alterações. São 12 vagas reservadas em seis
cursos e as inscrições estarão abertas até 22 de outubro. Desde 2009, a UFMG
adota política inclusiva nos seus processos seletivos, por intermédio do
Programa de Bônus. No Vestibular 2012, 10,26% precisaram efetivamente do bônus
para ingressar na UFMG. Segundo o reitor da UFMG a substituição do bônus pelas
cotas foi aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), mas
precisa de aprovação oficial do Conselho Universitário, que se reúne no dia 23
de outubro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário