sábado, 20 de outubro de 2012

UFMG RESERVA 12,5% DAS VAGAS DO VESTIBULAR 2013 PARA COTAS


A UFMG adotará no Vestibular 2013 a Lei nº 12.711/2012, a chamada Lei de Cotas, aprovada pelo governo federal em agosto, reservando 12,5% das vagas a serem ofertadas no concurso, neste primeiro ano de sua implementação. Não haverá abertura de novas inscrições nem mudança nas datas das provas. O edital do Vestibular será readequado e os novos procedimentos divulgados após reunião do Conselho Universitário, que acontece dia 23 de outubro. Sobre a aprovação da Lei e seus benefícios o reitor da UFMG, Clélio Campolina, considera uma medida válida para o resgate da dívida social. “Sou a favor das cotas como medida temporária para resgatar um pouco a dívida social, mas acho que uma solução definitiva passa por uma profunda reestruturação da escola fundamental e média. A própria lei prevê dez anos, eu espero e desejo que antes disso a escola pública já tenha ganho tanta reestruturação e eficiência que talvez nem mais precise de cotas”, afirmou o reitor em entrevista coletiva na tarde de hoje, 17 de outubro. Acompanhado da pró-reitora de Graduação, Antônia Vitória Aranha e da coordenadora da Comissão Permanente do Vestibular (Copeve), Vera Resende, o reitor confirmou que a Lei de Cotas permite uma implementação gradual da reserva de 50% das vagas pelas universidades e institutos federais de ensino técnico e médio, nos próximos quatro anos, e que no primeiro ano pode ser de 12,5%, percentual que será adotado pela UFMG. O número representa 862 vagas das 6.670 ofertadas no Vestibular 2013, em seus 75 cursos de graduação. Os candidatos já inscritos no Vestibular 2013 serão orientados por email para que possam fazer a opção pelo sistema de cotas e para providenciar a documentação específica com a finalidade de distribuição nas vagas reservadas para as cotas, de acordo com seu perfil étnico e sócio-econômico. Nesse processo, os candidatos que optarem pelo enquadramento na nova sistemática deverão apresentar documentos comprobatórios de renda familiar, histórico escolar e a autodeclaração étnica. As normas estabelecidas pela Lei de Cotas também não afetarão o processo seletivo do Colégio Técnico (Coltec) e Teatro Universitário (TU). Apenas algumas adequações no edital serão efetuadas, de modo a adaptá-lo às novas determinações da legislação. Os candidatos a esses cursos também receberão informações por e-mail. O Vestibular Indígena, em seu quarto ano de implementação, também não sofrerá alterações. São 12 vagas reservadas em seis cursos e as inscrições estarão abertas até 22 de outubro. Desde 2009, a UFMG adota política inclusiva nos seus processos seletivos, por intermédio do Programa de Bônus. No Vestibular 2012, 10,26% precisaram efetivamente do bônus para ingressar na UFMG. Segundo o reitor da UFMG a substituição do bônus pelas cotas foi aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), mas precisa de aprovação oficial do Conselho Universitário, que se reúne no dia 23 de outubro.

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