Maria
Aparecida dos Reis, 60 anos, ficou com a segunda colocação no concurso estadual
Miss Terceira Idade, que aconteceu no último dia 23, em São Paulo. A aposentada
Maria Aparecida dos Reis, de 60 anos, sempre participou das atividades voltadas
para os idosos em Mogi das Cruzes. Faz exercício na Academia da Terceira Idade
(ATI) da Vila da Prata, bairro onde reside há 35 anos, frequenta o Pró-Hiper,
no Mogilar e é presença constante em concursos de dança e projetos afim. Neste
ano, contudo, decidiu tentar algo diferente. Após a insistência de familiares e
membros da comunidade, fez a inscrição e se candidatou para o concurso Miss
Terceira Idade. Acabou vencendo a edição municipal, o que a levou para o
torneio estadual. Deste, que aconteceu no último dia 23, no Memorial da América
Latina, em São Paulo, ela retornou com a segunda colocação. Tímida, ela jura
que não se acha bonita. Mas o que importa, ao seu ver, é a projeção que Mogi
das Cruzes ganha ao participar desse tipo de evento, e a interação e círculo de
amizades que são criados com iniciativas assim. “Decidi quebrar esse paradigma
de não admitir idade, assumi que tenho 60 anos, fui e dei o meu melhor. Acabou
dando certo. Não ficamos no primeiro lugar, mas foi um segundo lugar com
gostinho de vitória”, declara. A comoção no bairro, segundo ela, foi enorme.
Todo vieram cumprimentá-la e elogiar sua participação. “Me disseram que eu
representei bem minha cidade e acredito que eu tenha conseguido mesmo. Pude
mostrar para todo mundo também que o concurso é idôneo. Não sou da sociedade,
sou negra, mas ainda assim fiquei com o segundo lugar. Espero que isso
incentive outras pesosas a participarem também”, diz. Para ela, que nunca tinha
participado de um concurso de beleza antes, a experiência serviu como um grande
aprendizado. Entre a correria de chegar ao lugar da festa e de se arrumar como
uma miss, ficou um grande aprendizado. “Foi mais uma prova de que as amizades
são muito importantes. Acho que tudo que tem sido realizado na cidade para os
idosos é muito positivo. Faz bem para a autoestima, a gente consegue sair,
participar, fazer amizades, romper os nossos próprios limites. Antes o idoso
precisava ir para a fila do posto de saúde ou do INSS para se encontrar e
conversar com outras pessoas da mesma idade. Agora a gente não precisa mais
disso. Todos os projetos que a Prefeitura está apresentando estão sendo
ótimos”, continua. Nascida em Uberaba (MG), mãe de três filhos e com dois
netos, Maria Aparecida conta que se mudou para Mogi no ano de 1977. Trabalhava
para uma empresa particular do ramo de telefonia, mas na cidade acabou
conhecendo seu futuro esposo. Casou-se , fixou residência da Vila da Prata e de
lá nunca mais saiu. “Sou mineira de nascença, mas já me considero mogiana há
muito tempo. Por isso que fiquei tão feliz em poder trazer um título como esse
para a cidade. Mogi tem mais é que aparecer mesmo. Precisamos mostrar nossa
cara e deixar todos verem como os idosos daqui são ativos, participantes e
felizes”, conclui. (LMS) – Fonte - Secom
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