quarta-feira, 31 de outubro de 2012

RS 010, UMA DECISÃO URGENTE E INEVITÁVEL


Passaram-se cerca de dois anos desde que foi anunciada oficialmente a licitação da construção da RS 010. Era o final do governo Yeda. Após um trabalho que havia envolvido dezenas de prefeitos da região Metropolitana e do vale do Sinos chegava-se a um consenso sobre o traçado da futura Rodovia do Progresso e necessidade urgente dessa obra, que passaria a ser uma nova e moderna opção de deslocamento entre a Capital, vale do Sinos, Paranhana e Serra. Como não haviam recursos disponíveis nos cofres do estado para uma obra deste porte, optou-se por uma saída possível – talvez não a ideal, mas a única realmente possível, ou seja, a construção através de Parceria Público Privada. Mas como acontece a cada troca de governo, é preciso achar defeitos e problemas naquilo que foi deixado pelo antecessor. E neste assunto, não se fugiu mais uma vez a esta maldita regra, que engessa e atrasa o desenvolvimento do país e em especial do nosso Estado. Mesmo com empecilhos criados a Granpal, sob a liderança do prefeito Jairo Jorge (PT) – mesmo partido que comanda nosso Estado e nosso país, fez um excelente trabalho, apresentando modificações igualmente importantes, que ampliam, e muito, o investimento a ser executado através da PPP. Mas o que parecia ser um avanço, surge agora como possível desculpa para adiar ainda mais a decisão sobre esta que é uma das mais importantes e necessárias obras viárias da história recente de nosso Estado e que a cada ano gera mais de R$ 800 milhões de prejuízo para os gaúchos. Se o cronograma inicial tivesse seguido à risca, a obra, cujo prazo de execução previsto é de 7 anos, estaria chegando à divisa entre Esteio e Sapucaia do Sul, próximo à RS 118 e já estaria colaborando de forma efetiva para desafogar a combalida BR 116, cujos congestionamentos diários, insuportáveis e insanos, já se estendem por todo trajeto entre o Vale do Sinos e Porto Alegre. Infelizmente, entre a decisão e a execução de uma obra, na esfera pública, o espaço de tempo é geralmente longo. Portanto, senhor governador, não é possível compreendermos a demora em tomar uma decisão desta importância. Hoje ainda existem empresas interessadas em participar desse processo, mas amanhã, com as mudanças do cenário econômico internacional, não se sabe o que vai acontecer. Para quem, como nós, já viveu experiências de perdas desagradáveis, num passado recente, como foi o caso da Ford para a Bahia, preocupam os vacilos de quem deveria, pela função que ocupa, liderar um processo de tanta importância para todo Rio Grande. Não dá mais para esperar. É preciso ação. E já. - João Fischer – Fixinha - Deputado estadual e líder da bancada do PP

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