Passaram-se
cerca de dois anos desde que foi anunciada oficialmente a licitação da
construção da RS 010. Era o final do governo Yeda. Após um trabalho que havia
envolvido dezenas de prefeitos da região Metropolitana e do vale do Sinos
chegava-se a um consenso sobre o traçado da futura Rodovia do Progresso e
necessidade urgente dessa obra, que passaria a ser uma nova e moderna opção de
deslocamento entre a Capital, vale do Sinos, Paranhana e Serra. Como não haviam
recursos disponíveis nos cofres do estado para uma obra deste porte, optou-se
por uma saída possível – talvez não a ideal, mas a única realmente possível, ou
seja, a construção através de Parceria Público Privada. Mas como acontece a
cada troca de governo, é preciso achar defeitos e problemas naquilo que foi
deixado pelo antecessor. E neste assunto, não se fugiu mais uma vez a esta
maldita regra, que engessa e atrasa o desenvolvimento do país e em especial do
nosso Estado. Mesmo com empecilhos criados a Granpal, sob a liderança do
prefeito Jairo Jorge (PT) – mesmo partido que comanda nosso Estado e nosso
país, fez um excelente trabalho, apresentando modificações igualmente
importantes, que ampliam, e muito, o investimento a ser executado através da
PPP. Mas o que parecia ser um avanço, surge agora como possível desculpa para
adiar ainda mais a decisão sobre esta que é uma das mais importantes e
necessárias obras viárias da história recente de nosso Estado e que a cada ano
gera mais de R$ 800 milhões de prejuízo para os gaúchos. Se o cronograma inicial
tivesse seguido à risca, a obra, cujo prazo de execução previsto é de 7 anos,
estaria chegando à divisa entre Esteio e Sapucaia do Sul, próximo à RS 118 e já
estaria colaborando de forma efetiva para desafogar a combalida BR 116, cujos
congestionamentos diários, insuportáveis e insanos, já se estendem por todo
trajeto entre o Vale do Sinos e Porto Alegre. Infelizmente, entre a decisão e a
execução de uma obra, na esfera pública, o espaço de tempo é geralmente longo.
Portanto, senhor governador, não é possível compreendermos a demora em tomar
uma decisão desta importância. Hoje ainda existem empresas interessadas em
participar desse processo, mas amanhã, com as mudanças do cenário econômico
internacional, não se sabe o que vai acontecer. Para quem, como nós, já viveu
experiências de perdas desagradáveis, num passado recente, como foi o caso da
Ford para a Bahia, preocupam os vacilos de quem deveria, pela função que ocupa,
liderar um processo de tanta importância para todo Rio Grande. Não dá mais para
esperar. É preciso ação. E já. - João Fischer – Fixinha - Deputado
estadual e líder da bancada do PP
Nenhum comentário:
Postar um comentário