Ministro
do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, anunciou R$ 4,4 bilhões em
créditos para a agricultura familiar no Estado. O governador Fernando Pimentel
afirmou nesta quarta-feira (19/8), durante o lançamento do Plano Safra da
Agricultura Familiar 2015/2016 em Minas Gerais, na Assembleia Legislativa, que
seu governo será pautado pelo compromisso com os “esquecidos”, razão pela qual
defende o fortalecimento do setor no Estado. “Nós governamos para os
esquecidos, os abandonados. Sei que tem gente que é contra, mas temos de dizer:
enquanto formos governo, nosso compromisso é com eles (os menos favorecidos)”,
destacou. A agricultura familiar é formada por pequenos produtores rurais, que
sempre enfrentaram dificuldades de acesso ao crédito e à comercialização de
seus produtos.O Plano Safra para o Estado foi lançado pelo ministro do Desenvolvimento
Agrário, Patrus Ananias, e o ato foi acompanhado por representantes de
movimentos sociais e entidades representativas dos trabalhadores, entre eles, o
Movimento do Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Federação dos Trabalhadores
da Agricultura (Fetaemg) e Federação dos Trabalhadores em Agricultura Familiar
(Fetraf). Entre as medidas anunciadas, estão a liberação de R$ 4,4 bilhões em
crédito rural para a safra 2015/2016 (valor 57% maior que na safra passada) e a
inclusão de mais 5,1 mil famílias no Cadastro Ambiental Rural (registro
eletrônico obrigatório para imóveis rurais). O cadastro é fundamental para o
produtor obter crédito. O Plano deve beneficiar mais de 200 mil famílias no
Estado. No país, a agricultura familiar responde por cerca de 70% dos alimentos
que chegam à mesa dos brasileiros.Pimentel destacou a presença dos movimentos
sociais no evento e citou algumas ações de seu governo voltadas para o diálogo
com a sociedade civil. “Essa mudança está acontecendo agora em Minas Gerais. Nós
custamos muito para chegar aqui. Agora que chegamos, começamos a mudar as
coisas. Criamos o Cejus Social (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e
Cidadania para Demandas Territoriais Urbanas e Rurais e de Grande Repercussão
Social), que não existia e é um jeito de a gente começar a resolver os
problemas antes que se transformem em sentenças de reintegração de posse.
Criamos por decreto a mesa permanente de diálogo e negociação com as ocupações
urbanas e rurais justamente para ouvir os movimentos”, destacou.O ministro do
Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, ressaltou a parceria do governo
federal com Minas Gerais para avançar na questão da terra. “Estamos com o pé na
estrada, já encaminhamos à presidenta Dilma Rousseff nosso projeto de reforma
agrária. Tem alguns casos aqui em Minas de referência, como Felisburgo, Novo
Cruzeiro e Ariadnópolis”, comentou, aproveitando para elogiar o trabalho que o
governador Fernando Pimentel tem feito viajando pelo Estado para ouvir as
pessoas, nos Fóruns Regionais de Governo.O presidente da Assembleia
Legislativa, Adalclever Lopes, destacou a participação dos movimentos sociais
no evento e agradeceu pelo fato de a Casa abrigar a solenidade de lançamento do
Plano Safra.“A história de muitos países mais próximos mostra que a agricultura
familiar se tornou um sustentáculo do desenvolvimento econômico, da
distribuição de riqueza, da promoção da justiça social. Por isso, é estimulada
e valorizada no âmbito das políticas públicas", afirmou”.Anúncios - Durante
o evento, houve a assinatura do contrato de doação da Fazenda Jacaré, em
Bocaiúva, Norte de Minas, pelo governo federal, para o Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra). Também houve a entrega de selos de
identificação da participação da agricultura familiar a três cooperativas e uma
associação de agricultores do Estado.Dentro do Plano Safra, estão previstos R$
35,9 milhões em compras diretas da agricultura familiar pelo Programa de
Aquisição de Alimentos. Com isso, a administração federal deverá contribuir
para ampliar o mercado do segmento.Movimentos sociais - Para o presidente da
Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, com o Plano Safra, os pequenos agricultores
passaram a ser contemplados com o crédito agrícola. “Vamos fazer, no dia a dia,
que o Plano Safra cumpra seu papel”, acrescentou.O coordenador estadual do MST
em Minas, Sílvio Cardoso Netto, afirmou a importância do lançamento do Plano
Safra com a participação os movimentos sociais. “A manhã de hoje na Assembleia
Legislativa representa aquilo que a gente lutou bons anos para legitimar e
colocar na pauta”, afirmou.Participaram também do evento secretários de Estado,
deputados federais e estaduais, entre eles, o autor do requerimento que
originou o debate na Casa, Rogério Correia, além de presidentes de entidades de
classe e representantes de movimentos sociais. - Secom
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