Animais
recebem adestramento referência no país e são parceiros do policial, ajudando a
localizar drogas, armas e até pessoas desaparecidas. A Equipe das Rondas
Ostensivas com Cães (ROCCA) da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) comemora
o balanço de sete meses. Cerca de 850 ocorrências foram feitas com o uso dos
cães treinados, número cinco vezes maior que o registrado no mesmo período do ano
passado. Cerca de 263 kg de drogas foram apreendidos, mais de meio milhão de
reais recuperados e 30 pessoas detidas. Mais que números, a ROCCA celebra o
reconhecimento no treinamento dos 228 cães dos 27 canis localizados em todo
estado. Por causa do faro apurado e treinado, estes animais conseguem localizar
mais facilmente drogas ilícitas, explosivos, armas e pessoas desaparecidas. O
canil da PM mineira é o único no país com a expertise de utilizar animais na
atividade de capturas com cão solto, sendo o adestramento referência para
outros estados do país. Por isso, o comando da PMMG autorizou, em 2015, a
revitalização da matilha. A atuação da equipe Rocca foi ampliada e agora
participa dando apoio em rebeliões em presidiários, fugas em locais de risco,
tráfico de drogas e rondas periódicas nos pontos mais sensíveis e nas rodovias
do Estado de Minas Gerais. O comandante da Rocca, major Cinério Gomes, está
otimista: “O Comando da Instituição autorizou a ampliação dos treinamentos dos
policiais militares e a melhoria das estruturas físicas das companhias. Isso
tudo traduz o aumento da eficiência desta modalidade de policiamento”. Dos
vários casos apurados este ano, alguns merecem destaque: - Cão localiza meio
milhão de reais em veículo apreendido - Uma picape foi apreendida durante a
prisão de uma quadrilha em abril deste ano e encaminhada ao pátio de apreensão
de veículos em Sabará. Dias depois, um funcionário do pátio recebeu uma
ligação anônima. Uma pessoa oferecia dinheiro para ter acesso ao carro. A
polícia militar foi acionada e a revistou. Só depois da chegada dos cães
farejadores Athyla e Qnara o dinheiro foi localizado em um compartimento criado
no parachoque. “Os bandidos tinham manuseado drogas antes de pegarem nas notas.
Isso deixou cheiro no dinheiro e Athyla o encontrou. Sem ele, teríamos que
desmontar o carro e corríamos o risco de não achar nada, porque os bandidos
criaram um compartimento muito bem feito em vidro na estrutura veículo”
comemora o tenente Jadir Paula Rocha, que participou da ocorrência. Veja o
vídeo desta ocorrência feito pelo Tenente Jadir https://www.youtube.com/watch?v=epWq3gyUViU. Apartamento com drogas é identificado por cão
farejador - No mês passado, no bairro Silveira, em Belo Horizonte, militares do
16º Batalhão acionaram a Rocca para averiguar uma suspeita de grande quantidade
de drogas em um apartamento. O imóvel estava fechado e não havia ninguém.
O sinal do cachorro da PM na porta indicando a presença de drogas foi
fundamental para justificar a entrada dos policiais no local, onde
apreenderam 50 kg de maconha. Rastreamento nas estradas termina em apreensão de
crack em ônibus - Uma operação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal (PRF)
na saída de Betim, há dois meses, terminou com a apreensão de 3 kg de crack. A
droga estava nas bagagens de dois passageiros de um ônibus com destino a Belo
Horizonte. Os cachorros facilmente localizaram as substâncias e os
portadores da droga foram presos. Bandidos tentam driblar faro mas cão encontra
droga enterrada - Há um mês, a PM recebeu uma denúncia anônima sobre drogas que
estariam enterradas em um terreno baldio no bairro Novo São Lucas, em Belo
Horizonte. Segundo a polícia, infratores tentaram esconder as drogas em
diversos locais para driblar a ação da PM. A área estava toda queimada e isso
não atrapalhou o faro do animal, que localizou os entorpecentes pelo cheiro.
Depois duas horas de rastreamentos, foram encontrados 35 quilos de maconha. Sobre
a ROCCA - Os cães fazem parte da Polícia Militar de Minas Gerais desde
1957 As raças mais utilizadas são pastor alemão, pastor belga malinois e
labrador. Eles se reproduzem nos canis da corporação. A partir de quatro
semanas de vida, começa o treinamento básico para decidir em qual área ele
poderá atuar. Em seguida, aulas prática específicas. O trabalho está sempre
associado a cheiros específicos, para que na vida real os cães possam sentir o
cheiro da substância e pessoas que devem localizar. Cada policial é responsável
por seu próprio cachorro, embora os animais sejam preparados para trabalhar com
qualquer militar. Há uma equipe veterinária que fica por conta da saúde dos
cães, fazendo acompanhamento nutricional, exames periódicos e inspeções
sanitárias. Os animais mais velhos são usados na cinoterapia, utilizada como
tratamento auxiliar para crianças com necessidade especiais, problemas de
relacionamento social ou dificuldade de aprendizagem. - Secom
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