Um dos hot hatches
mais legais da história deu uma palinha no intervalo da 5ª etapa do Campeonato
Brasileiro de Marcas, que aconteceu no último final de semana em Curitiba. O
Renault Clio V6 na tradicional cor amarela da Renault Sport andou forte e
chamou a atenção do bom público presente. O foguete de bolso com tração
traseira e 255 cv ainda serviu como carro-madrinha da prova, que teve Rubens
Barrichello, da equipe Full Time, em quarto lugar a bordo do Fluence de
competição. O Clio V6 foi criado pela empresa inglesa Tom Walkinshaw Racing
(TWR) para um campeonato monomarca na Europa. A ideia não foi para frente e a
Renault decidiu vender o modelo, que curiosamente era preparado na Suécia, como
a versão topo de linha da segunda geração do Clio (1998-2005). Após alguns
aperfeiçoamentos, as vendas começaram em 2001 e o Clio V6 logo se tornou um dos
hot hatches mais desejados do mundo. O foguetinho, uma espécie de sucessor
espiritual do lendário Renault 5 Turbo, recebeu preparação profunda. A
carroceria feita pela Valmet é bem mais larga que a original e tem diversas entradas
de ar. Fora isso, há novos braços de suspensão, as bitolas são mais largas, os
amortecedores são mais firmes, o entre-eixos cresceu 5,4 cm e as rodas são de
18 polegadas. O interior é praticamente o mesmo do Clio “civil”, mudando apenas
o volante e a alavanca do câmbio. Já o modelo que acelerou forte em Curitiba
tem o interior preparado para competições. O motor 3.0 V6 herdado do Laguna é
instalado onde deveria ser o banco traseiro, deixando o Clio com espaço para
apenas duas pessoas e o habitáculo com um som inconfundível. À época do
lançamento, o motor tinha 230 cv. Mas alguns meses depois a equipe da Renault
Sport usou cabeçotes retrabalhados e um novo sistema de indução para atingir a
potência máxima de 255 cv. Os números são superlativos: o pequeno bólido vai de
0 a 100 km/h em 5,9 segundos e chega a 246 km/h. – Secom
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