sexta-feira, 6 de maio de 2016

AGU GARANTE AUMENTO DE 70% NOS VALORES RESSARCIDOS AO INSS POR ACIDENTES DE TRABALHO

O ressarcimento aos cofres da Previdência Social a partir de ações ajuizadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) contra empresas que foram negligentes em casos de acidentes de trabalho aumentou 70% em 2015 na comparação com o ano anterior. No ano passado, foram devolvidos ao Instituto Nacional do Seguro Social R$ 6 milhões que a autarquia havia gasto com o pagamento de benefícios para trabalhadores vítimas de acidentes e seus familiares. Em 2014, a quantia havia sido R$ 3,5 milhões. A quantia recuperada em 2015 também é seis vezes maior do que a registrada apenas quatro anos antes, em 2011, quando o ressarcimento atingiu R$ 1 milhão. O total devolvido desde 2010 já chega a R$ 17 milhões. O trabalho da AGU é parte das políticas públicas de combate ao acidente de trabalho e foi destacado nesta quinta-feira (28/4), Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho. Com o objetivo de ampliar a atuação, novas estratégias foram apresentadas pela Procuradoria-Geral Federal (PGF), órgão da Advocacia-Geral voltado à atuação previdenciária e de representação INSS. Ações coletivas - O foco, agora, serão as ações regressivas coletivas contra empresas onde são identificados diversos empregados recebendo benefícios previdenciários por acidente de trabalho. Uma equipe especializada e exclusiva para o ajuizamento destas ações iniciará os trabalhos em âmbito nacional no próximo dia 2 de maio. As inovações foram apresentadas durante participação do procurador-geral Federal, Renato Rodrigues Vieira, em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado que debateu, nesta quinta-feira, os acidentes de trabalho e suas formas de prevenção. O dirigente da AGU afirmou que o objetivo é frear o problema no Brasil, país que está na quarta pior posição no ranking mundial de acidentes de trabalho.Renato Vieira destacou que o trabalho ataca uma parte sensível do empregador: o bolso. "Vale muito mais preservar o ambiente, a saúde e a segurança do trabalhador do que ressarcir os cofres públicos em decorrência em sua negligência", advertiu o procurador-geral. A meta da PGF é dobrar a média de ajuizamento de ações regressivas por acidente de trabalho no ano, hoje em torno de 400 ações. "Em vez de ajuizar uma ação para cada benefício, vamos investir esforços para reunir os benefícios concedidos a trabalhadores de empresas onde mais ocorrem os acidentes e ajuizar ações coletivas para pedir que elas devolvam os valores em um só processo", explicou. O ajuizamento de ações regressivas coletivas já tem precedente. Em 2015, a AGU entrou na Justiça para reaver os valores pagos a 497 benefícios de trabalhadores de uma unidade da empresa Big Frango no Paraná, pertencente ao Grupo JBS. Uma força-tarefa com participação de procuradores federais identificou trabalhadores que tomavam remédios ou aplicavam emplastros em razão de fortes dores. A ação tem a parceria com o Ministério Público do Trabalho e pede ressarcimento de R$ 3,5 milhões. Trabalho em equipe - Foram selecionados, inicialmente, dez procuradores e procuradoras federais de seis estados e Distrito Federal que farão a instrução dos processos administrativos que antecedem o ajuizamento das ações. O procurador federal Fernando Maciel coordenará as atividades do grupo, inclusive com a construção de planos de trabalho com auditores do trabalho e procuradores do trabalho. Ele participou, também nesta quinta-feira, de seminário no Ministério do Trabalho e Previdência Social sobre o tema. De acordo com Maciel, as vantagens desse novo método são o ganho em produtividade, a referência que os procuradores serão para os órgãos parceiros, o melhor controle dos dados dos procedimentos de instrução e das ações regressivas, além da digitalização de todo o conteúdo dos processos e facilitação do intercâmbio de informações entre os integrantes do grupo. A equipe de trabalho é vinculada à Divisão de Gerenciamento de Ações Regressivas e Execução Fiscal Trabalhista da Coordenação-Geral de Cobrança e Recuperação de Créditos da Procuradoria-Geral Federal (PGF). A unidade é chefiada pelo procurador federal Nícolas Francesco Calheiros de Lima. –Secom

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